Um dos principais objetivos do projeto de pesquisa independente Memória Musical do Sudoeste da Bahia [@memoriasudoeste], para além do simples acumular material sobre a música da nossa região, como qualquer museu, é incentivar os artistas através da produção original de conteúdo: pensar não apenas o passado, mas o hoje, o agora.
No subprojeto TOCA AUTORAL! não há espaço para tributo: queremos mostrar que, em nossa região, há muita gente criando e se expressando através da arte. Apresentaremos diversos artistas, de variados gêneros musicais, mostrando suas próprias obras, muitas vezes ainda inéditas, e disponibilizando gratuitamente em plataformas de streaming, em formatos diversos.
A primeira temporada, contendo três talentosos (e diferentes entre si) músicos locais encerra-se em seu terceiro Ato, com o cantor, guitarrista e compositor iguaiense-conquistense Weldon França, conhecido músico local, atuante desde o final da década de 1980.
Música é arte. Arte é expressão. O que nossos artistas têm a dizer atualmente?
A PRODUÇÃO
A ideia do subprojeto remonta a 2017, quando desenvolvemos uma experiência semelhante, no então interditado teatro do Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima, fechado para eventos com a presença de público, mas utilizado pela Distintivo Blue como local de ensaio e gravações desde 2015. Utilizando a mesma pauta (duas manhãs por semana), convocamos artistas locais para gravar vídeos no formato voz-e-violão, executando cinco músicas, sendo que destas, três deveriam ser autorais. O @memoriasudoeste ainda não existia: tudo foi realizado sob o seu projeto ancestral, a BLUEZinada! [confira aqui uma playlist com esses vídeos antigos], mais direcionado ao blues e jazz, portanto, as CCCJL Sessions extrapolavam sua temática e anunciavam a necessidade de um trabalho voltado à musicalidade da região sudoeste da Bahia, que só nasceria em 2019.
Desta vez, pensando na enorme popularização dos chamados "shows-tributo", onde a nostalgia pelos chamados "clássicos" termina por, não raro, desestimular a execução da música autoral nos diversos palcos da região, decidimos radicalizar a antiga proposta, convidando apenas artistas que não se limitam unicamente a reproduzir o que já foi consagrado, mas também criam arte nova, provando que a música contemporânea ainda existe e continua expressando seu tempo e espaço, papel de todas as artes desde tempos remotos. Desta vez são seis músicas, todas autorais, além de pequenas falas explicativas e uma autobiográfica de até cerca de dez minutos. O formato ainda é minimalista, geralmente voz-e-violão, dada a nossa limitação em equipamentos, pessoal e tempo para a produção dos materiais.
O título do subprojeto é uma clara provocação ao universo dos "shows-tributo": ao invés do famoso, exaustivo e, muitas vezes, automático "toca Raul!", incentivamos o artista a mostrar suas próprias criações. O "Toca Autoral!" surge, pela primeira vez, no texto da matéria de capa da primeiríssima edição da nossa zine, Memória Musical do Sudoeste da Bahia [Acesse aqui], nos inspirando a aprofundar o conceito que se materializa agora. Afinal, se o próprio Raul Seixas tivesse cedido e estacionado no confortável "tributo a Elvis" que marcou o início de sua carreira, não investindo em sua própria identidade artística, quem gritaria "toca Raul!" hoje?
O CONTEÚDO
O Toca Autoral! não se limita à produção de vídeos: o artista tem acesso a um sistema completo de produção original, que inclui a publicação de vídeos individuais de cada uma das faixas, além do vídeo completo, incluindo as falas explicativas e autobiográfica. Ainda, a uma sessão de fotos, que poderão ser utilizadas para a sua própria divulgação, como desejar. As músicas são mixadas e masterizadas para compor um EP de verdade e distribuído para as principais plataformas de música, como Spotify, Deezer, Apple Music, Amazon, etc. A gravação ainda será lançada no formato podcast e disponibilizada nos principais agregadores. Ao final da temporada, será lançada, ainda, uma edição especial da nossa zine, que será publicada tanto em formato digital (.pdf) quanto impresso, enriquecendo o portfólio do artista e, mais amplamente, a musicalidade da região em geral, valorizando a produção autoral e incentivando outros artistas a tocar suas próprias músicas.
Todo esse material é entregue ao artista, gratuitamente, para que o utilize como julgar adequado para o desenvolvimento de sua própria carreira artística. Assim, durante o período de lançamentos, ainda buscamos formas de acesso aos veículos de Imprensa, como emissoras de rádio, TV, jornais, revistas, blogs, etc., sempre com a preocupação de registrar toda e qualquer participação nesse sentido e publicar em seguida.
Ao artista é exigido, para a participação, certo nível de comprometimento: ensaiar suficientemente suas músicas para uma boa execução, ser pontual às participações e fornecer as letras cifradas de todas as canções, afinal, o "'Toca' Autoral!" também significa incentivar e permitir que o público conheça sua obra a ponto de também desejar/conseguir executá-la, de onde estiver. Trata-se de um projeto de fomento ao artista, mas, também, de formação de público. Demonstrar que o artista regional guarda, em si, tanto valor quanto o "consagrado" e divulgado em grandes proporções é uma das máximas mais caras do @memoriasudoeste.
"Eu me chamo Weldon França. Sou músico, compositor, instrumentista. Minha carreira musical e artística começou em Vitória da Conquista, na década de 1980 (1989). Participo ativamente da vida cultural da cidade, e tenho tocado com grandes artistas aqui e fora. Representei meu país na Europa, onde eu toquei na Cia. do Brasil, em uma banda chamada Stan Groove, na França, e venho desempenhando esse trabalho de uma maneira positiva, porque eu acho que a música tem o poder de nos transportar, de levar a mensagem para as pessoas.
A música que eu faço é numa linguagem simples e direta, aquela fácil de se assimilar de uma maneira mais simples, mais rápida. Então, eu uso três, quatro acordes em algumas canções. Eu acho que a beleza está na simplicidade, então, a música tem essas vertentes, nuances, onde a gente expressa os sentimentos de uma maneira positiva.
Atuei aqui em Vitória da Conquista em algumas bandas, em trios elétricos, acompanhei Papalo Monteiro, nas décadas de 90, 2000. Morei em belo Horizonte, Natal, Brasília, Rio Grande do Norte, estive um tempo na Europa também, representando meu país, em Grenoble, sudeste da França, onde toquei na banda Companhia do Brasil. Para mim, é uma honra levar o nome de Vitória da Conquista nos lugares por onde passo, atuando como músico, como artista.
A arte tem esse poder de nos levar a lugares, nos transportar, mas viver dela em nosso país é um pouco difícil, e a gente tem uma força muito grande para isso. A gente vive e sobrevive, porque é muito difícil ser artista. O poeta já dizia: “ser artista no nosso convívio, pelo inferno e céu de cada dia”. Isso já diz a própria letra do nosso querido Cazuza. Mas a música tem esse poder, realmente, de abrir um leque muito grande de informação, de passar a informação, porque, na realidade, ela vai no próprio contexto da poesia. Como eu digo em uma das minhas músicas, O Verso, porque o verso ninguém explica, né? Então, a música tem essa grandiosidade e potência na vida da gente. Eu me sinto, nessa passagem na vida, privilegiado de ter me tornado um artista.
E é com muita honra que represento meu país, minha cidade, por onde passo, sendo músico, artista. Porque ser artista em nosso convívio, não quer dizer que sou melhor ou pior que ninguém, muito pelo contrário: acho que um país sem cultura, sem educação, é muito difícil de se encontrar uma saída, então, acho que a música ainda é um meio em que as pessoas possam levar esse conhecimento através da própria poesia para uma infinidade de pessoas, porque a música não tem fim. Acho que a música é a linguagem da alma, a expressão dos sentimentos."
Confira a íntegra do vídeo:
🟠 Playlist completa no Youtube [vídeos completos]
🟢 Playlist completa no Youtube [músicas separadas]
MÚSICAS
1) PLANALTO DA CONQUISTA (QZNJW2301367)
"Eu considero que essa música, Planalto da Conquista, não chega a ser um frenesi, mas uma música mais dançante, com uma pegada de soul, onde o fato de eu morar aqui em Vitória da Conquista, uma cidade que é a “princesa do sertão baiano” [sic], fica ali no Planalto da Conquista mesmo, então, fiz essa música que fala de amor também, porque quando eu falo “há muito tempo faz que eu não te vejo; Mas aumenta a minha saudade, o meu desejo; Diga onde você mora ou se esconde, ou se é além da ponte; Nem a distância vai tirar você de mim; É pra você que eu fiz esta canção, meu amor, meu amor”. Eu tô falando de uma segunda pessoa. Na realidade, também tem um refrão que fala que 'dali do alto do Planalto da Conquista a vista é muito mais bonita pro lado da Chapada Diamantina'. Como a gente já pega ali um pedaço, um pouco da Chapada Diamantina, em Vitória da Conquista, pro lado de Lençóis, Mucugê, etc, eu coloquei esse refrão, '[…] O visual me alucina', é porque são visuais maravilhosos ali. Quem conhece Mucugê, Lençóis, a Chapada Diamantina, pode perceber que são visuais maravilhosos, então encaixei justamente também pensando nessa hipótese de que a distância do olhar, aquela coisa de 'perdidos na paisagem', né? Então, essa música fala de amor e também cita um pouco da cidade onde participo ativamente da vida cultural e artística, que é Vitória da Conquista."
Há muito tempo faz que eu não te vejo
Mas aumenta a minha saudade o meu desejo
Diga onde você mora ou se esconde ou se é além da ponte
Nem a distância vai tirar você de mim
E pra você que fiz essa canção que sai de dentro do meu
É pra você que fiz essa canção
Meu amor, meu amor
Daí do alto do Planalto da conquista
A vista é muito mais bonita
Pro lado da chapada Diamantina
O visual me alucina
E pra você que fiz essa canção que sai de dentro do meu
É pra você que fiz essa canção
Meu amor, meu amor
2) DESERTO TROPICAL (BR7PI2300014)
"Deserto Tropical também é uma música com uma linguagem simples e direta. A gente vive num país tropical, de uma cultura bem diversificada. É uma miscigenação linda que nós temos. Deserto Tropical relata na própria letra lugares, cidades… Quando eu falo 'quando o sol se por em Salvador, pisar no chão do Maranhão' é muito bonito. Essa música já é uma composição minha, de Paulo Sérgio Oliveira junto do pessoal da Banda L-Lás. Não deixa de ser também uma música autoral, não posso deixar de citar, da banda L-Lás, que foi um projeto que eu tive na década de 80, então essa música é nossa: minha, de Paulo Sérgio e da Banda L-Lás. Uma música simples, direta, que retrata nosso país, quando eu falo “no meu deserto tudo é tropical” estou falando do nosso país, de Salvador: 'o sol de por em Salvador, pisar no chão do Maranhão, o chimarrão, Rio Grande do Sul, tão lindo é o céu azul', então é uma música que retrata vários cotidianos, de cidades diversificadas, aqui dentro do nosso país que é o Brasil, imenso, com essa miscigenação imensa de cultura, etc. Acho bonito a gente salientar esse poder que nosso país tem com essa diversificação cultural, artística. É muito bonito."
Saudade vem matando a gente
Consigo avistar a brisa do mar
Meu violão tangente nas estrelas
No meu deserto tudo é tropical
A noite vira sono a noite vira o dia
Se te faço uma canção a minha mão te acaricia
Te pego em casa te levo pra escola
Te conto uma história e lhe encho de amor
Não vou ficar nem mais um segundo
Ajoelhado no mundo e pedindo perdão
Baby vem comigo
Baby vem
O sol se pôr em Salvador
Dia raiar no Paraná
Pisar no chão do Maranhão
Chimarão Rio Grande do Sul
Tão lindo é o céu azul
3) O VERSO (BR7PI2300015)
"Essa música eu fiz também pensando numa segunda pessoa. Na realidade, as músicas, quando falam de amor, você pode ouvir e dedicar à sua namorada, porque eu falo: 'é da minha autoria', mas a música é nossa. A música é pras pessoas. O compositor faz a música e só tem o papel de escrever, mas a música é do povo, é das pessoas. Então a música é pra vocês, então vocês dedicam essa música pra quem vocês quiserem, né? O Verso também era pra uma pessoa que eu amava, e que amo na qualidade de ser humano, porque a gente nunca deixa de amar as pessoas. Ela também é uma poesia numa linguagem simples e direta. 'Bateu o amor, bateu você, a porta entrou', olha que coisa linda… 'E fez morada em mim, meu bem-querer. Um verso meu em cada canto é seu. Você é a canção em mim no toque do tempo, no contratempo, no descompasso do amor, no verso que não se explica, na poesia que ainda rima e que em você ficou'. Isso é lindo demais, cara! Quando eu falo 'no toque do tempo, no contratempo do amor', é como Camões dizia lá, porque Renato Russo tem uma passagem da música dele que fala: 'o amor é o fogo que arde sem se ver', isso é de Camões. Então, eu quis dizer que nesse descompasso, o amor também dói, arde sem se ver, como Camões disse na poesia dele. A gente que já passou por vários tipos de leitura, eu já li vários livros.
O artista, o músico, compositor, os artistas de uma maneira em geral, temos esse hábito de ler, procurar se informar, procurar estar dentro desses padrões culturais e artísticos, que envolvem a leitura, a literatura, a poesia, então isso é de uma grandiosidade imensa… Eu não sei como em um país de uma miscigenação muito grande, de uma cultura vasta, ainda há pessoas com vergonha de uma pessoa porque é artista. Então, não é porque a gente tem uma dificuldade de expor os trabalhos… Hoje tá até mais fácil, por conta das redes sociais, das plataformas, então eu tenho orgulho de ser artista no nosso convívio, e ser artista no nosso país, porque como eu morei na Europa, a gente quando diz que é artista, eles te recebem até de uma maneira agradável. Perguntam: 'ah, você é músico'; 'Ah, sim, sou músico, sou brasileiro'. 'Sim, sim, bem-vindo'. Quer dizer, a nossa arte é muito mais benquista no exterior, em outros lugares da Europa, talvez do que até aqui dentro do nosso país, né?
Eu sou de uma cidade que é um celeiro de artistas. Vitória da Conquista nós temos grandes músicos tocando com os artistas renomados. Temos Léo Brasileiro, Luisinho, Vários… Plácido mesmo, que vem desenvolvendo um trabalho maravilhoso em Vitória da Conquista, com o programa dele de memória musical do sudoeste, que é de uma grandiosidade imensa. Então, essas pessoas são maravilhosas. Só contribuem para o desenvolvimento e o crescimento de um país, porque um país sem cultura e sem arte, acaba a história do país. E como as pessoas têm vergonha de dizer: 'ah, o cara é artista!', quer dizer: falam num sentido pejorativo.
Cara, eu escolhi a melhor profissão do mundo. Eu tenho orgulho de ser artista. Não me sinto nem melhor nem pior que ninguém, muito pelo contrário. Eu acho que o artista tem esse poder de elevar o nome do nosso país, do lugar, da cidade, seja lá onde quer que ele esteja. Porque, sem cultura e sem educação, jamais um país vai ter a sua história. Então, a arte, a música, a cultura têm esse poder de desenvolvimento e representatividade como um todo, em qualquer lugar do mundo. Um país sem sua história, sua cultura não é nada. Então, fica a minha fala pra vocês, porque eu acho que vai servir, um dia, para as pessoas que não acreditam no poder da arte, que têm vergonha de ter um namorado ou alguém que seja artista. Então, continuem sendo artistas, porque é uma bênção. É muito bacana, muito gostoso."
Ah, bateu amor
Bateu você a porta e entrou
E fez morada em mim
Meu bem querer
Um verso meu em cada canto é seu
Você é a canção em mim
No toque do tempo
No contratempo
No descompasso do amor
No verso que não se explica
Na poesia que ainda rima
E que em você ficou
4) UM XOTE DO BOM (BR7PI2300016)
"Essa música eu fiz mesmo pensando no São João, naquela coisa do São João, porque eu, como rock n’ roll, um cara que gosta de blues, na realidade, passei por várias vertentes da música. Eu gosto do blues, do jazz, do pop-rock, do rock n’ roll, e como um bom roqueiro, descobri que sou também um ótimo forrozeiro. Eu canto forró de uma forma muito bacana, original, com uma identidade própria, que eu sempre tive. O artista tem de ter identidade própria. Um Xote do Bom eu fiz pensando em Targino Godim. Eu fui tocar num determinado local em Vitória da Conquista, na época do São João, e o repertório muito bacana, de forró pé-de-serra, então fiz essa música justamente para complementar o meu repertório de autorais nessa área. Então, Um Xote do Bom também é uma música gostosa de se ouvir, e uma música simples: é pensando no São João. 'Venha pra cá, venha dançar comigo, agarradinho até o dia amanhecer. Um xote do bom agarradinho, eu e você'. Essa é a história dessa música, uma música feita para tocar no São João, inclusive muitos forrozeiros já renomados, como Targino Godim, etc, ficaram de gravar essa música, mas ainda não mandaram nenhuma proposta, estou aguardando, que é uma música que pode explodir na voz desses caras, música simples e numa linguagem direta. Um Xote do Bom."
Amor tô precisando desse seu carinho
Não posso mais ficar aqui sozinho
Me dá uma vontade de te abraçar
Então venha prá cá
Venha dançar comigo
Agarradinho até o dia amanhecer
Um xote do bom agarradinho eu e você
5) UMA CANÇÃO DE AMOR (BR7PI2300017)
"Eu tava conversando com a minha filha, na casa dela, e de repente, essa música veio pronta. A música tem esse poder também. Às vezes ela já nasce pronta. Às vezes você tem que pensar um mês, dois, pra tirar uma frase ou criar outra, pra terminar um contexto, um refrão, e requer um tempo. Às vezes você muda a estrutura da música, a estrutura poética… E essa música eu fiz pra uma filha minha, ou pra minhas filhas. Maria Teresa, Fernanda Caroline… Mas na verdade pensando em Ivete Sangalo ou Marisa Monte gravar essa música. Essa música nasceu assim, do nada. Tava tocando violão na casa da minha filha, de repente os versos foram se encaixando, rimando, e ficou linda, ao meu ver, porque é uma música, como eu disse, numa linguagem simples e direta, que é uma canção de amor. Então, essa música nasceu dessa maneira, quase que já pronta e tal… Eu tive que acertar alguns acordes e tudo, e acabou ficando sol, lá menor e dó menor, três acordes, e música ficou de uma maneira muito bacana, agradável aos ouvidos”.
Eu vou fazer uma canção pra ela
Uma canção singela
Uma canção de amor
Para tocar no disco voador
Pro mundo inteiro ouvir
O que eu sinto por ela
Ela é uma flor
Linda flor do meu jardim
É lindo de admirar
Quando ela passa seu sorriso brilha mais que a luz do sol
É lindo de admirar o seu sorriso, sua pele a sua cor
O jeito dela
Ela é uma flor
Linda flor do meu jardim
6) ABRIGO (BR7PI2300018)
"Essa música, fiz pra uma pessoa que me inspirou, que é uma ex-namorada. E na realidade, a gente tinha brigado nesse dia, eu tava muito pra baixo, meio triste, pensativo pra caramba, porque, do nada, as pessoas mudam de ideia, aí veio essa música em minha mente. Eu comecei a cantar, os versos começaram a surgir e foram rimando, porque, na realidade, a música, em cada artista, se manifesta de uma maneira Às vezes você procura se excitar pra fazer uma música, pra descobrir alguns versos que se encaixam, que rimam… E geralmente, comigo a música parece que já vem pronta, na maior parte das vezes. Foi o caso de Abrigo. Ela pintou de um amor que tava dentro de mim e que tava prestes a acabar. Então eu disse: 'anda, vem ficar comigo. Meu peito é teu abrigo. Um novo amanhecer'. Isso é lindo demais. 'Vem, vem ficar comigo. Você é meu paraíso. É tudo natural'. Então, isso é muito bonito, quando você expressa de uma maneira positiva um amor perdido através da música ou as desilusões da vida também contribuem muito quando você tá numa fase dessa, porque, na realidade, a música é feita de silêncio também. Às vezes você na sua solidão, você compõe… O artista aproveita esses momentos para expressar os sentimentos através da escrita. Então, a escrita tem esse poder na vida de qualquer artista, qualquer escritor, compositor. Então essa música, Abrigo, nasceu dessa forma, e praticamente veio pronta, através de um amor perdido."
Anda
Vem ficar comigo
Meu peito é seu abrigo
Um novo amanhecer
Vem
Vem ficar comigo
Você é meu paraíso
É tudo natural
Anda
Que a estrada é longa
E nos leva a algum lugar
E nos leva s algum lugar
Amor você é um encanto
Em cada canto da cidade
Eu amo você
DIVULGAÇÃO
FICHA TÉCNICA
Memória Musical do Sudoeste da Bahia e Museu do Rock Conquistense apresentam: Toca Autoral!
Produção: Plácido Oliveira Mendes [http://linktr.ee/placidomendes]
Agradecimentos: Leonardo Gois e Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima
Gravado em 07 de novembro de 2022, na sala principal do Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima. Vitória da Conquista, Bahia, Brasil.
Todas as músicas por Weldon França, exceto Deserto Tropical, por Weldon França e Paulo Sérgio Oliveira.
Publicação: 29 de maio de 2023
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Podcast | Memória Musical do Sudoeste da Bahia [zine] Edição Especial | Letras cifradas
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