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O projeto resgata a história dos antigos carnavais de Vitória da Conquista.
Comemorações do Carnaval de 1986, em Vitória da Conquista. Foto: Acervo Municipal

Na próxima segunda-feira (7), será lançado nas plataformas digitais o podcast “Muitos Carnavais”, realizado pelo Algazarra - O Bloquinho, manifestação cultural liderada pelos jornalistas Ana Paula Marques e Rafael Flores, e pela Vagalume Press, com apoio da Lei Paulo Gustavo. O podcast celebra e resgata a história do carnaval local por meio de um olhar documental sobre personagens que ajudaram a construir a identidade festiva da cidade.

A história é narrada a partir da segunda metade do século XX, quando uma efervescência cultural tomou conta do Brasil, refletindo-se também no interior da Bahia. Em Vitória da Conquista, diversas manifestações afro-brasileiras — como batucadas, blocos afro e escolas de samba — surgiram. 

É nesse contexto que o podcast se propõe a contar a história, a partir de quatro figuras centrais: Vó Dôla, Zé Baticabo, Pai Celi e Dona Dió. Cada um dos quatro episódios mergulha na vida e legado desses personagens, trazendo à tona suas contribuições para a cultura carnavalesca de Conquista.

O projeto do podcast surgiu com o propósito de resgatar e preservar as tradições carnavalescas da cidade, que se perderam ao longo dos anos. Segundo Ana Paula e Rafael, a intenção é manter viva a memória e a influência cultural desse movimento, apresentando-o às gerações atuais e futuras. “Queremos homenagear essas figuras, evidenciando a importância de cada um deles para a memória e o patrimônio cultural da cidade e, acima de tudo, fortalecer o sentimento de pertencimento e identidade conquistense”, afirma Ana Paula Marques.

O Podcast Muitos Carnavais é uma realização do Algazarra - O Bloquinho e Vagalume Press com apoio do Governo Federal, Ministério da Cultura, Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista, Secretaria Municipal de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer, através da Lei Paulo Gustavo.

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Publicado originalmente em 01/10/2024, em Mega Rádio VCA.

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Os quatro cantores e compositores retomam o antológico show “Cantoria” para apenas duas apresentações, em Brasília e Goiânia, nos dias 12 e 13 de agosto, respectivamente



Trinta anos depois do lançamento do disco que virou um clássico, “Cantoria”, e seis desde a última vez que os quatro amigos se apresentaram no mesmo palco (na Virada Cultural, em São Paulo), Elomar, Xangai, Vital Farias e Geraldo Azevedo voltam a se reunir para duas únicas apresentações do show que deu nome ao disco — em Brasília e em Goiânia.

Na capital, o quarteto se apresenta no dia 12 de agosto, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães — os ingressos já estão à venda no site Bilheteria Digital. Em Goiânia, o show acontece no dia seguinte, 13 de agosto, no Teatro Rio Vermelho.

O reencontro foi uma proeza da goiana Asa Produções, que negociou e contratou com os artistas um a um para as apresentações. Sandro Guimarães, da Asa, diz que a missão foi difícil. Ela lembra, por exemplo, que Elomar, sequer viaja de avião. Tem que vir de carro do sertão baiano, onde mora.

Play Video
O projeto “Cantoria” começou durante uma visita de Geraldo Azevedo a Elomar, em Conquista (BA), ouviu a dele a sugestão de reunir os amigos (“malungos”, no dizer dele) para uma apresentação.

O show acabou virando dois discos, gravados ao vivo no Teatro Castro Alves, em Salvador, e lançados pela Kuarup, em 1984. O sucesso foi tanto que em 1995 Elomar retomou o título do projeto em um disco solo, “Cantoria 3 — Canto e Solo”.

Dia 12/8 (sexta), ás 21h. No Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Ingressos de R$ 100 a R$ 400. À venda no site Bilheteria Digital.

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Publicado originalmente em 03/06/2016, em Metrópoles.

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Um dos principais objetivos do Memória Musical do Sudoeste da Bahia [@memoriasudoeste], projeto de pesquisa, fomento e preservação independente, para além do simples acumular material sobre a música da nossa região, como qualquer museu, é incentivar os artistas através da produção original de conteúdo: pensar não apenas o passado, mas o hoje, o agora.

No subprojeto TOCA AUTORAL! não há espaço para tributo: queremos mostrar que, em nossa região, há muita gente criando e se expressando através da arte. Apresentaremos diversos artistas, de variados gêneros musicais, mostrando suas próprias obras, muitas vezes ainda inéditas, e disponibilizando gratuitamente em plataformas de streaming, em formatos diversos. 

Continuando os trabalhos, que se estenderão até o final de 2024, a banda Old Stove[ @old.stove ] traz seu stoner rock com ricas letras em inglês experimentando um formato até então não explorado, apenas com voz e guitarra, executado por seu fundador, Gabriel Freitas.

🏡 Nesta etapa, o cenário é a Casa Memorial Governador Régis Pacheco, museu municipal situado na Praça Tancredo Neves, centro de Vitória da Conquista e contém diversas obras de importantes artistas locais, além de contar a história política da cidade. 

Música é arte. Arte é expressão. O que nossos artistas têm a dizer atualmente?


A PRODUÇÃO

A ideia do Toca Autoral! remonta a 2017, quando desenvolvemos uma experiência semelhante, no então interditado teatro do Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima, fechado para eventos com a presença de público, mas utilizado pelo Distintivo Blue como local de ensaio e gravações desde 2015. Utilizando a mesma pauta (duas manhãs por semana), convocamos artistas locais para gravar vídeos no formato voz-e-violão, executando cinco músicas, sendo que destas, três deveriam ser autorais. O @memoriasudoeste ainda não existia: tudo foi realizado sob o seu projeto ancestral, a BLUEZinada! [confira aqui uma playlist com esses vídeos antigos], mais direcionado ao blues e jazz, portanto, as CCCJL Sessions extrapolavam sua temática e anunciavam a necessidade de um trabalho voltado à musicalidade da região sudoeste da Bahia, que só nasceria em 2019.

Desta vez, pensando na enorme popularização dos chamados "shows-tributo", onde a nostalgia pelos chamados "clássicos" termina por, não raro, desestimular a execução da música autoral nos diversos palcos da região, decidimos radicalizar a antiga proposta, convidando apenas artistas que não se limitam unicamente a reproduzir o que já foi consagrado, mas também criam arte nova, provando que a música contemporânea ainda existe e continua expressando seu tempo e espaço, papel de todas as artes desde tempos remotos. Desta vez são seis músicas, todas autorais, além de pequenas falas explicativas e uma autobiográfica de até cerca de dez minutos. O formato ainda é minimalista, geralmente voz + instrumento, dada a nossa limitação em equipamentos, pessoal e tempo para a produção dos materiais.

O título do subprojeto é uma clara provocação ao universo dos "shows-tributo": ao invés do famoso, exaustivo e, muitas vezes, automático "toca Raul!", incentivamos o artista a mostrar suas próprias criações. O "Toca Autoral!" surge, pela primeira vez, no texto da matéria de capa da primeira edição da nossa zine, Memória Musical do Sudoeste da Bahia [Acesse aqui], nos inspirando a aprofundar o conceito que se materializa agora. Afinal, se o próprio Raul Seixas tivesse cedido e estacionado no confortável "tributo a Elvis" que marcou o início de sua carreira, não investindo em sua própria identidade artística, quem gritaria "toca Raul!" hoje?


O CONTEÚDO

O Toca Autoral! não se limita à produção de vídeos: o artista tem acesso a um sistema completo de produção original, que inclui a publicação de vídeos individuais de cada uma das faixas, além do vídeo completo, incluindo as falas explicativas e autobiográfica. Ainda, a uma sessão de fotos, que poderão ser utilizadas para a sua própria divulgação, como desejar. As músicas são mixadas e masterizadas para compor um EP de verdade e distribuído para as principais plataformas de música, como Spotify, Deezer, Apple Music, Amazon, etc. A gravação ainda será lançada no formato podcast e disponibilizada nos principais agregadores. Ao final da temporada, será lançada, ainda, uma edição especial da nossa zine, que será publicada tanto em formato digital (.pdf) quanto impresso e em áudio, enriquecendo o portfólio do artista e, mais amplamente, a musicalidade da região em geral, valorizando a produção autoral e incentivando outros artistas a tocar suas próprias músicas.

Todo esse material é entregue ao artista, gratuitamente, para que o utilize como julgar adequado para o desenvolvimento de sua própria carreira artística. Assim, durante o período de lançamentos, ainda  buscamos formas de acesso aos veículos de Imprensa, como emissoras de rádio, TV, jornais, revistas, blogs, etc., sempre com a preocupação de registrar toda e qualquer participação nesse sentido e publicar em seguida.

Ao artista é exigido, para a participação, certo nível de comprometimento: ensaiar suficientemente suas músicas para uma boa execução, ser pontual às participações e fornecer as letras cifradas de todas as canções, afinal, o "'Toca' Autoral!" também significa incentivar e permitir que o público conheça sua obra a ponto de também desejar/conseguir executá-la, de onde estiver. Trata-se de um projeto de fomento ao artista, mas, também, de formação de público. Demonstrar que o artista regional guarda, em si, tanto valor quanto o "consagrado" e divulgado em grandes proporções é uma das máximas mais caras do @memoriasudoeste

Foto: Plácido Oliveira

OLD STOVE, por ela mesma

"Sobre a Old Stove... Começou na verdade em meados de 2005, 2006. O nome era Moldy Pulp. A formação era eu, Ralph (Rocha), Kleber (Lima) e Júnior (Damaceno), que veio a falecer. E a gente tocou muito cover, a época era disso mesmo, até na cidade, e pra gente que não tinha aquela veia mesmo de compor... Não tinha um entrosamento necessário pra tratar de composições. A gente chegou a tentar compor uma música, mas foi bem na fase que a gente precisou seguir caminhos diferentes. E daí a banda, com essa formação acabou. Dentre os nomes de escolhas da banda, tinha Moldy Pulp, entre outros, e tinha Old Stove. Então, fui pra Aracaju em 2008, fiquei um tempo sem tocar, mas a necessidade é gritante. Realmente, não consigo ficar sem tocar. E eu consegui dois amigos lá, fizemos uma nova formação, e decidi colocar o nome Old Stove, que era o nome que eu queria antes na Moldy Pulp. E a partir disso, em 2010, a gente fechou mesmo e começou a ensaiar. 

Na época a gente chegou a compor umas três músicas, que estão no primeiro disco, foram Days and Hours, Gloria e Consider This. Eram tocadas de uma forma um pouco diferente. E a gente junto tocou até 2015, que foi quando eu retornei pra Conquista. Aí quando eu cheguei aqui, eu tinha mais algumas músicas engavetadas, sem produzir, só a ideia mesmo. Quando voltei, não tinha intenção de montar banda. Foi quando eu conheci a mãe de minha filha. Ela ouviu as gravações caseiras. A gente tentou produzir, e a partir disso, uma amiga minha também, Lara, que produziu o disco, a gravação, masterizou e tudo.

Elas me incentivaram: "tem que gravar, pelo menos grava isso aí, mesmo que não dê em nada". Produzi as outras músicas que faltavam, e esse foi o primeiro disco, em 2015, que é o #1. A partir disso, a gente começou a ensaiar de fato, Marcela pegar as músicas... Na época a gente experimentou uns três bateristas. Um nem chegou a ensaiar, um a gente ainda fez duas viagens, para Salvador, Camaçari, Alagoinhas, e depois pra BH e São Paulo, em 2015. Na volta eu já voltei tão empolgado que comecei a fazer as músicas pro segundo disco, que é o Parallel Linesjá não compondo totalmente sozinho, a música Passage, inclusive, foi baseada totalmente em uma linha de baixo que Marcela tinha feito.

E aí, Charles Ribeiro, o Querino, poeta já conhecido em Conquista. A gente tem uma parceria de infância. Aprendi a tocar com ele. Lembro que cheguei na casa dele uma vez com o violão, aprendendo, arranhando mesmo no violão, e tinha tirado uma música ou outra de uma banda que gostava. Ele disse: "vamos compor, velho". "Eu não sei tocar". "Não, mas vamos compor". E a partir disso surgiu esse processo criativo: você compõe, aquilo tá bom, e você escuta. Ele nunca foi instrumentista, mas sempre foi um excelente escritor. Ele sempre escreveu as letras da banda, poesias tiradas diretamente de publicações dele, e outras conversas, vivências. "Vamos nos encontrar hoje, conversar..." A partir disso a gente já tá ali compondo, escrevendo. Sempre flui, até hoje, dessa forma. 

Então, o disco saiu. Eu tava numa fase meio turbulenta na vida, sem trabalho, nada. Me tranquei no quarto e produzi o disco, eu e Marcela. A gente tava sem baterista na época, então acabei gravando as baterias também. A gente conheceu o Oscar, da Dona Iracema. Ele pegou as músicas, a Marcela trabalha com produção, organiza shows... Ela organizou toda uma turnê pra gente. Foram 17 dias de viagem, 13 shows. A gente começou no Rio de Janeiro e foi até o Rio Grande do Sul. A última cidade, se não me engano, foi Sobradinho. O Oscar tem um trabalho com a Dona Iracema, então a gente não podia exigir muito dele. Então, ela engravidou da nossa filha. Engravidamos, né? Tivemos que mudar o foco um pouco, cuidar de nossa filha. Nesse período de hiato, a gente acabou se separando. Temos uma relação tranquila hoje, mas nos separamos.

A banda, realmente, pra mim, já tinha acabado mesmo, porque era muita correria, trabalho, sem tempo, tentando estudar também, e para conciliar com banda realmente é complicado. Na pandemia, estávamos eu, Lucas, na época Léo (Soares), que toca tocava na Simple Jeans, e tá tocando com a nova formação da Social Freak, e Diego, que tocou na Detrás do Muro, tocou na Rhizoma também, com o Oscar. E eles: "velho, a gente tá aqui, todo mundo isolado, vamos nos reunir para tocar alguma coisa, no máximo que a gente puder fazer com os cuidados relacionados à pandemia". E aí, a gente começou a tocar por diversão mesmo, músicas que a gente gosta de ouvir. Então, Léo e Diego falaram: "por que a gente não toca as músicas da Old Stove?" Falei: "ué, vocês querem tocar a Old Stove?" Até achei assim, né? 

Faltava o baixista, e Lucas já tava brincando ali, então ele topou fazer o som e tá aí somando absurdamente. Nessa fase ficou eu, Léo, aí tinha outra guitarra. Foi um experimento mesmo, eu tinha falado com o Diego: "vamos experimentar outra guitarra, eu tenho curiosidade pra ver como fica". Aí ficou nós quatro: eu, Léo, Lucas e Diego. A gente ensaiou um tempo, e vimos que a outra guitarra tava só embolando mesmo, porque o som é fuzz, com distorção já "embolada" por si só, e o som acabou não ficando tão interessante. Foi quando Léo precisou sair da banda, se ausentar por um tempo e nesse período, Lucas já tocava com o Murilo há muito tempo. Eles tinham uma banda de metal, Venomous Diamond. O entrosamento desses dois é fora de série. A "cozinha" é fora de série. E aí Murilo entrou pra somar na banda. E aí, tá nós três. 

A gente sabe que viver de música, de rock, no Brasil, no Nordeste, a probabilidade é quase zero. Mas é algo que a gente gosta muito de fazer. É algo que faz parte da nossa vida. Nos primeiros ensaios a gente já percebeu: "cara, mesmo que não dê em nada, a gente tem que fazer isso aqui. A gente não pode parar de fazer isso aqui". E então, tem dois anos já, né? A gente fez alguns shows aqui mesmo, não chegamos a tocar fora, até por causa de tempo, trabalho, tem que conciliar férias, esse tipo de coisa. E nesse período, a gente ensaiou muito as músicas, bastante, até que eu falei: "galera, vamos compor?" "Vamos". Eu tinha uma ideia, inclusive meio bem simples. Chal (Charles Querino) ouviu, falou: "velho, eu já tenho algo pra isso aqui". Trabalhamos aquela escrita e mandei pra eles. E um detalhe que gosto de falar, de comentar é que eles sempre foram estilo metal mesmo, som pesado. E quando eles vieram pra banda, eu ouvia até isso: "ah, os caras são do metal, será assim". E sim, não são do metal: são músicos, artistas, compositores.

O que surgiu foi assim: "a música tá pedindo isso aqui, vamos fazer isso aqui". Tanto de minha parte, que não é a mesma coisa que eu fazia, mas também não é tão diferente porque são as minhas influências, são as minhas vivências, e somou com a vivência e influência deles. A gente vai entrar no estúdio pra gravar agora em junho, lançar um single com clipe, e é como a estamos hoje, independentemente se vamos fazer show ou se não, toda semana é sagrada, a gente já vive uma vida turbulenta, então aquele momento ali é pra gente, é o momento nosso. Nosso ensaio é sagrado. Compromisso fiel mesmo. Às vezes a gente se diverte até mais ensaiando do que tocando (fazendo shows). Fazer um show, geralmente, é aquela correria, né? Ensaio é sagrado. Fechou a porta do estúdio, já era. Só termina quando acaba, literalmente. 

A expectativa agora é com gravação pra gente poder passar a frente, produzindo. A gente ensaiou bastante as músicas que já existiam, desses dois discos, fizemos alguns shows, ensaiou até muito relacionado a outras bandas, pra qualquer detalhe a gente consertar ali. E sobre soma deles (Murilo e Lucas)... Eles não (apenas) tiraram as músicas: eles colocaram a alma deles, sem tirar nada da característica. Então isso realmente é algo raro de ver hoje: conseguir montar uma banda e ter esse entrosamento, essa essência. Agora, mais uma vez, independentemente de qualquer coisa, produzir. Fase de composição mesmo. Vamos lançar esse single e, a partir dele, o restante das ideias, que a gente ainda está produzindo. E aí é isso."


Confira o Episódio completo abaixo:


🟠 Playlist completa no Youtube [episódios completos]

🟢 Playlist completa no Youtube [músicas separadas]


MÚSICAS

AMPHETAMINE BLUE SKY
BR7PI2400035
Música: Gabriel Freitas
Letras: Querino

"Uma letra aleatória mesmo, que Chal escreveu. Era outro escrito, na verdade, e a partir disso, a gente foi desenvolvendo, conforme a música, o andamento, questão de encaixar sílabas, esse tipo de coisa. E ela fala sobre aquela necessidade, até inconsciente, que a gente tem, de liberdade. O céu azul anfetaminado. A anfetamina é um estimulante, né? Então, aquele céu azul que te estimula a fazer algo pra si, se divertir, algo relacionado à liberdade mesmo. E não tem muito mais além disso. Em resumo, se trata dessa necessidade que a gente tem, às vezes até inconscientemente."

minor chords of each song
my hand, the law
under the bridge
the water - Hi!
she said
every word hammer down

the sun, amphetamine blue sky
silver coastline, paralyzed

the wall, she cuts the rope I fall
big city, what a joke! roulette
a preacher without a beard
he says
he sells
my future, an overwhelming
lullaby


LOVE AND NOISE
BR7PI2400036
Música: Gabriel Freitas
Letras: Querino

"Love and Noise era a letra anterior de Amphetamine, Só que não encaixou nada. Não teve nem como a gente mudar nada. Gerou a letra de Amphetamine, e ela fala assim: "amor e ruído". Relações. Tanto relação amorosa quanto relação de amizade, com os altos e baixos, às vezes com uma discussão ou alguma coisa, mas o amor acaba prevalecendo de certa forma."

two colours, three
painting
because the night
the scene

those eyes in ecstasy
love and noise (love and noise)

where the river
becomes a road
with no break on this roll

these eyes in ecstasy
love and noise (love and noise)


CONSIDER THIS
BR7PI2400037
Música: Gabriel Freitas
Letras: Querino

"Essa música já tem uma letra um pouco mais forte, porque ela foi bem numa época em que, em um intervalo de mais ou menos um mês, eu perdi um tio meu e um amigo, ambos assassinados. Então foi algo muito forte. Eu morava em Aracaju, Chal aqui, mas, a gente conversando, via internet, sobre isso, e foi desenvolvendo ali. A melodia já existia já há muito tempo, acho que desde o início da banda em Aracaju, em 2010. Ela retrata essa cena, não explícita, mas de forma que a gente consiga expressar aquele sentimento naquele momento."

consider this
the seascape, look...
a ship by the shore!
there is a man, he sinks

into a swirl
in these guilty days
consider this
In all of the ways


TO COME
BR7PI2400038
Música: Gabriel Freitas
Letras: Querino

"To Come é uma letra, de certa forma, política. É uma letra relacionada à revolução mesmo, sobre a gente se indignar com a realidade. Tentamos expressar, ao máximo, tanto na melodia quanto na letra, essa indignação. Então ela retrata mais essa questão social mesmo. O refrão, as estrofes, a parte que a música fica mais quente, tudo é como se fosse um desabafo."

new is the sun risin'
right on the downtown
now, the future is a comin'

held on a prayer to unkown god
this is not a illusion

time, time is not a question to roll by
life is a movement
bloom, a flag, the rage
time is on fire

new is the sun risin'
right on the downtown
now, the future is a comin'

"There, there are our enemies!”
time is on fire


INCENSE
BR7PI2400039
Música: Gabriel Freitas
Letras: Querino

"Incense foi mais relacionado à relação que tive com a mãe da minha filha. Era a baixista da banda. Então, como todas as relações, tinha uma certa turbulência. Incense trata os detalhes, a pureza das coisas numa relação. Ela vai tratando daqueles detalhes mais íntimos mesmo e, meio que nas entrelinhas, a gente vai colocando certos momentos relacionados a essa relação."

hand to hand, electric
this body... oh
fever
whispering dreams
is it true? go on
I’m on the way
I see my face changes
mirrored

a skin too few
the edge, a bridge.. a crack
it flows, it flows,
it flows
some words, these rules
footsteps
lights

whispering dreams
is it true? go on
I’m on the way
I see my face changes
in the maze


GLORIA
BR7PI2400040
Música: Gabriel Freitas
Letras: Querino

"Glória foi a primeira música definitiva da Old Stove. Ela tinha um nome anterior, The Cigarette Remains. Se trata de uma cena de uma mulher num cotidiano, nada de mais, coisas que até não relacionam. Às vezes a gente, em algum momento, acha coisas meio turbulentas acontecendo, mas na verdade são coisas simples que nossa própria mente transforma num turbilhão de coisas. São só pequenos detalhes que não precisavam ser desse jeito. É um resumo assim, mais direto."

all through the door
yet she stares the windowpane
a cigarette still remains
it lasts an old song

it's not because he's gone
it's just the same old thing
the drama of the queen
is to keep the night flowing



Ouça agora o EP Toca Autoral! - Old Stove em sua plataforma de música favorita.




🟠 Disponível nas principais plataformas de streaming | Bandcamp | Demais plataformas

FICHA TÉCNICA

Memória Musical do Sudoeste da Bahia apresenta: Toca Autoral! - II Temporada
Produção: Plácido Oliveira [http://linktr.ee/placidoliveira]
Agradecimentos: Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista - Secretaria de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer.
Gravado em 18 de maio de 2024, na Casa Memorial Governador Régis Pacheco.
Vitória da Conquista, Bahia, Brasil.
Publicação: 30 de setembro de 2024


DIVULGAÇÃO



AGUARDE MAIS UM POUCO...

Podcast | Memória Musical do Sudoeste da Bahia [zine] Edição Especial |


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O reencontro dos músicos será no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em 4 de agosto. Os ingressos já estão à venda e custam a partir de R$ 90

Xangai. Foto: Asa Produções/Divulgação

Há sete anos o Centro de Convenções Ulysses Guimarães foi palco de um dos maiores encontros da música repentista do nordeste, com quatro dos principais cantores e compositores do gênero: Geraldo Azevedo, Xangai, Elomar e Vital Farias.

Aquele dia 12 de agosto de 2016, também marcou o reencontro histórico do quarteto após seis anos longe dos palcos, além da celebração dos 32 anos do disco Cantoria (1984) – grande responsável pelo sucesso do grupo.

Dada essa grande lembrança, os responsáveis por unir os músicos, a produtora goiana Asa Produções decidiu promover mais um encontro, novamente em Brasília, e no mesmo espaço, na sala master do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em 4 de agosto.

Para este show, sobem ao palco Xangai, Elomar e Vital Farias – o cantor Geraldo Azevedo não poderá estar presente por motivos de agenda. Contudo, será homenageado pelos grandes amigos. Na formação, ambos dividem o palco simultaneamente, tocam músicas, contam causos e relembram histórias e suas vivências. Passeando por diversos gêneros como o literário, clássico e o erudito.

“Em 2016, quando trouxemos eles para Brasília, foi uma emoção muito grande do público que estava na plateia. Muitos dos que estavam ali conseguiram matar um pouco da saudade da sua infância e suas raízes do interior do norte e nordeste, onde as cantorias são típicas da região”, explicam os produtores Sandro Guimarães e André Moura.

Os ingressos estão à venda pela Bilheteria Digital e custam a partir de R$ 90.

Sobre o disco Cantoria
O primeiro disco foi gravado em 1984 e é considerado um dos primeiros álbuns ao vivo gravados em sistema digital. A apresentação foi registrada no Teatro Castro Alves, em Salvador. O disco é considerado referência e uma das principais obras da música de viola de repente.

O trabalho tem 13 músicas. Entre as faixas estão Ai, que saudade d’ocê, de Vital Farias, Desafio do auto da catingueira, de Elomar, e “O ABC do preguiçoso” (Ai d’eu Sodade), de Xangai.

Serviço
Cantoria com Xangai, Elomar e Vital Farias
Quando: sexta-feira, 4 de agosto, às 20h
Onde: Centro de Convenções Ulysses Guimarães (Eixo Monumental)
Ingressos a partir de R$ 90 na Bilheteria Digital
Para mais informações: (62) 9 9210-7441 e @asaproducoes

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Publicado originalmente em 30/05/2023, em Jornal de Brasília.

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RELEASE

O TOCA AUTORAL! é um projeto multilinguagem em essência. Agora chegou o momento de você escutar a participação de Mazinho Jardim no Spotify, Deezer, Apple Music, Amazon Music, YouTube Music, Bandcamp e outras, em seis faixas gravadas ao vivo especialmente para o Projeto.

SETLIST:

1) Amphetamine Blue Sky (Querino, Gabriel Freitas) - BR7PI2400035
2) Love and Noise (Querino, Gabriel Freitas) - BR7PI2400036
3) Consider This (Querino, Gabriel Freitas) - BR7PI2400037
4) To Come (Querino, Gabriel Freitas) - BR7PI2400038
5) Incence (Querino, Gabriel Freitas) - BR7PI2400039
6) Gloria (Querino, Gabriel Freitas) - 40

ESCUTE AGORA:



Escute nas plataformas de streaming: Bandcamp | Demais plataformas de música

FICHA TÉCNICA

Memória Musical do Sudoeste da Bahia apresenta: Toca Autoral! - II Temporada
Produção: Plácido Oliveira [http://linktr.ee/placidoliveira]
Agradecimentos: Naiane Nunes, Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista - Secretaria de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer, EuLá (Observadora).
Gravado em 18 de maio de 2024, na Casa Memorial Governador Régis Pacheco, Vitória da Conquista, Bahia, Brasil.
Publicação: 25 de setembro de 2024.

🟠 Disponível nas principais plataformas de streaming.



O subprojeto Toca Autoral! prevê, dentre seu leque de "produtos", a realização de uma sessão de fotos no próprio local e ocasião da gravação dos vídeos, com o duplo objetivo de se registrar imagens do artista àquele momento e fornecer, gratuitamente, um material de qualidade satisfatória para uso livre, em especial para fins de divulgação, uma vez que, sabemos, muitos músicos não possuem fotos promocionais para cartazes, editais, dentre outros.

Cumprindo com nossos objetivos fundamentais, o projeto Memória Musical do Sudoeste da Bahia extrapola o nível da simples documentação/disponibilização de material preexistente, fomentando e produzindo material inédito e original, colaborando ativamente para o fortalecimento do cenário musical na região sudoeste da Bahia. 

Toca Autoral! - Old Stove [página completa] - Aguarde.


FICHA TÉCNICA

Fotografias por Plácido Oliveira
Data da captura: 18/05/2024


Para acessar as fotografias, utilize o carrossel abaixo ou clique no link de acesso para abrir em outra página. 


Mazinho Jardim no palco do Agosto. Imagem: William Soares

Em sua participação na segunda temporada do projeto Toca Autoral!, o cantor, gaitista e compositor Mazinho Jardim, atualmente residindo na pequena cidade de Vizela, em Portugal, prometeu retornar a Conquista em 2024 para mais um show. Sua sessão foi gravada quatro dias após a apresentação do Rock Solidário, no Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima, com uma banda apelidada de 3 Homens Sem Conflito, e repertório composto por canções antigas, dos tempos de SS-433, e mais recentes, do seu projeto atual, Dragster. A vinda anual ao Brasil coincide com suas férias, e o tempo é dividido entre o reencontro com parentes, amigos e alguma iniciativa musical, portanto, agosto é o mês para aproveitar uma possível chance de conferir o pioneiro do blues baiano em ação, no palco.

A intenção inicial do artista era a de repetir o show do ano passado, no mesmo espaço. Porém, 2024 ainda nos traria o surpreendente anúncio de retorno do Agosto de Rock, icônico festival independente que marcou a primeira metade da década de 2000, deixando um forte legado para os eventos que vieram em seguida. A data dos dois eventos coincidiu, e o artista decidiu participar da seleção aberta publicada para compor a disputadíssima grade que contou com 81 bandas inscritas. 

Com a divulgação do resultado, Mazinho optou por convidar o guitarrista e amigo de longa data, Caco Santana, com quem fundou, em 1982, a SS-433, para apresentar um repertório composto essencialmente por canções da lendária banda, aproveitando para comemorar os 40 anos de lançamento do compacto homônimo, que acumula, até o momento, os títulos de primeiro vinil de uma banda de blues baiana e de primeiro da cena rock conquistense.

Assim, na semana anterior ao evento, Mazinho pegou a estrada rumo a Ipiaú (a cidade da igreja de torre blue), onde vive Caco, que convocou o baixista Roque Fischer e o veterano baterista Zé Tenaz para comporem a banda de apoio, e fizeram alguns ensaios. O show Mazinho Jardim & Caco Santana: SS-433 40 Anos despertou a curiosidade e animação de muitos: a presença dos pioneiros no tão sonhado retorno do mais importante festival da história da cena rock conquistense era uma garantia de boas experiências, unindo várias gerações de roqueiros. "Mazinho foi o primeiro roqueiro verdadeiro de Conquista. Quando eu era moleque, bem antes de começar a tocar, costumava assistir à SS-433 no antigo Jardim das Borboletas (atual Praça Tancredo Neves), na Praça da Normal...", disse o músico Gil Barros, membro do também lendário Grupo Barros, enquanto aguardava o início do show, na Mansão Lost, um enorme espaço rural situado à beira do Anel Viário, onde aconteceu o evento.

O rol de canções disponíveis para o show, pelo próprio Mazinho.

A segunda noite de shows do festival (31/08) começou com a apresentação da MC conquistense Lívia Ellen (também participante desta temporada do Toca Autoral!), seguida pela cantora jequieense Iracema Miller, que apresentou um tributo à Rita Lee, homenageada da edição, estampando as tradicionais camisetas pretas do evento. No camarim, Mazinho, Caco, Roque e Zé Tenaz se concentravam para subir ao palco logo em seguida, recebendo visitas de amigos e admiradores, incluindo diversos músicos.

Chegado o momento, a apresentação tem início com a participação do gaitista Diro Oliveira (Café com Blues) no palco, em um duo de gaitas, culminando em Bola Gigante, primeira canção da noite. "Este show é totalmente autoral, falou, gente?", disse Mazinho antes de iniciar O Lado Escuro da Cidade. Após Diamante, Caco apresenta a si mesmo e ao restante dos companheiros, enfatizando a presença do baterista Zé Tenaz: "Tocou com Luiz Caldas!". O peso do momento parece ter sido demais para a estrutura do evento, já que ouviu-se uma explosão, seguida de um grande blackout, que durou cerca de duas horas, até que um gerador de energia fosse providenciado e instalado.
A esta altura, a grade, já atrasada, sofreu baixas: devido a questões contratuais, o evento anunciou, nos bastidores, que a banda paulistana Korzus subiria ao palco quando a energia fosse retomada, e que as demais bandas se limitariam a tocar apenas cinco músicas, com Mazinho & Caco retornando logo após a headliner, sendo seguida pela banda conquistense Dona Iracema. Os veteranos, que previam um repertório de 18 faixas, escolheram algumas das mais animadas e retomaram a apresentação algumas horas depois do apagão. 

REPERTÓRIO

(Pré-apagão)
1) Bola Gigante (com Diro Oliveira)
2) O Lado Escuro da Cidade
3) Diamante

(Pós-apagão)
1) Rock da Palestina
2) Eles Pensam Que Me Enganam (Velhos Blues)
3) O Bem e o Mal
4) Sem Vacilo
5) Você Não Vê
6) Jane Furacão
7) Bola Gigante
8) Walking By Myself (Caco cantando)


O palco, às 2:30h de 1º de setembro. Foto: Plácido Oliveira

Em diversos festivais famosos sempre ocorreram problemas técnicos que entraram para a história e até mesmo adquiriram, com o tempo, certo romantismo. Muitos sonham, ao ler os inúmeros livros sobre o primeiro Woodstock ou o Rock in Rio, em como teria sido fantástico viver tudo aquilo de perto. Os que de fato viveram contam sobre suas experiências aos demais com nostalgia. Porém, no calor do momento e sem essa consciência histórica, a frustração parece ser o sentimento dominante no público, organização (que inevitavelmente também é tomada por um justificado desespero, por motivos óbvios) e artistas, em especial os que ocupavam o palco no momento do problema. Nos bastidores, muitas dúvidas sobre quando e se seria possível retomar a apresentação, em meio às tradicionais disputas de ego entre as bandas, para garantir melhores posições na nova configuração. 

Madrugada adentro, Mazinho e Caco retomam sua apresentação com a responsabilidade de conduzir um público já cansado e recém-saído de um show pesado, alto e longo da Korzus, com suas canções autorais que há muito não eram tocadas por aqui: um momento de redescoberta e reencontro entre artistas, público, a cidade e a obra. 

De cabeça erguida, os pioneiros tocaram mais oito músicas, sendo sete autorais, conhecidas pelo público underground conquistense "das antigas", encerrando sua histórica apresentação no esperado retorno do Agosto de Rock, protagonizando o momento do apagão, que já se tornou sinônimo de boas histórias. Mazinho, com 65 anos recém-completados (20/08) retorna a Portugal, Caco (61 anos) e o restante da banda a Ipiaú e aos fãs fica a esperança de vê-los juntos novamente cantando e tocando seus blues e rocks de letras críticas e divertidas, que resistiram muito bem ao passar das décadas. Quem sabe, no próximo ano?

Assista, abaixo, a trechos da apresentação, por William Soares:
 


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