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Toca Autoral! - Mazinho Jardim


Um dos principais objetivos do Memória Musical do Sudoeste da Bahia [@memoriasudoeste], projeto de pesquisa, fomento e preservação independente, para além do simples acumular material sobre a música da nossa região, como qualquer museu, é incentivar os artistas através da produção original de conteúdo: pensar não apenas o passado, mas o hoje, o agora.

No subprojeto TOCA AUTORAL! não há espaço para tributo: queremos mostrar que, em nossa região, há muita gente criando e se expressando através da arte. Apresentaremos diversos artistas, de variados gêneros musicais, mostrando suas próprias obras, muitas vezes ainda inéditas, e disponibilizando gratuitamente em plataformas de streaming, em formatos diversos. 

A segunda Temporada tem início com o pioneiro do blues baiano, Mazinho Jardim (Vitória da Conquista), revisitando sua obra desde os tempos da banda SS 433 até o Dragster, seu projeto mais recente, fundado em São Paulo. 

Música é arte. Arte é expressão. O que nossos artistas têm a dizer atualmente?


A PRODUÇÃO

A ideia do Toca Autoral! remonta a 2017, quando desenvolvemos uma experiência semelhante, no então interditado teatro do Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima, fechado para eventos com a presença de público, mas utilizado pelo Distintivo Blue como local de ensaio e gravações desde 2015. Utilizando a mesma pauta (duas manhãs por semana), convocamos artistas locais para gravar vídeos no formato voz-e-violão, executando cinco músicas, sendo que destas, três deveriam ser autorais. O @memoriasudoeste ainda não existia: tudo foi realizado sob o seu projeto ancestral, a BLUEZinada! [confira aqui uma playlist com esses vídeos antigos], mais direcionado ao blues e jazz, portanto, as CCCJL Sessions extrapolavam sua temática e anunciavam a necessidade de um trabalho voltado à musicalidade da região sudoeste da Bahia, que só nasceria em 2019.

Desta vez, pensando na enorme popularização dos chamados "shows-tributo", onde a nostalgia pelos chamados "clássicos" termina por, não raro, desestimular a execução da música autoral nos diversos palcos da região, decidimos radicalizar a antiga proposta, convidando apenas artistas que não se limitam unicamente a reproduzir o que já foi consagrado, mas também criam arte nova, provando que a música contemporânea ainda existe e continua expressando seu tempo e espaço, papel de todas as artes desde tempos remotos. Desta vez são seis músicas, todas autorais, além de pequenas falas explicativas e uma autobiográfica de até cerca de dez minutos. O formato ainda é minimalista, geralmente voz + instrumento, dada a nossa limitação em equipamentos, pessoal e tempo para a produção dos materiais.

O título do subprojeto é uma clara provocação ao universo dos "shows-tributo": ao invés do famoso, exaustivo e, muitas vezes, automático "toca Raul!", incentivamos o artista a mostrar suas próprias criações. O "Toca Autoral!" surge, pela primeira vez, no texto da matéria de capa da primeira edição da nossa zine, Memória Musical do Sudoeste da Bahia [Acesse aqui], nos inspirando a aprofundar o conceito que se materializa agora. Afinal, se o próprio Raul Seixas tivesse cedido e estacionado no confortável "tributo a Elvis" que marcou o início de sua carreira, não investindo em sua própria identidade artística, quem gritaria "toca Raul!" hoje?


O CONTEÚDO

O Toca Autoral! não se limita à produção de vídeos: o artista tem acesso a um sistema completo de produção original, que inclui a publicação de vídeos individuais de cada uma das faixas, além do vídeo completo, incluindo as falas explicativas e autobiográfica. Ainda, a uma sessão de fotos, que poderão ser utilizadas para a sua própria divulgação, como desejar. As músicas são mixadas e masterizadas para compor um EP de verdade e distribuído para as principais plataformas de música, como Spotify, Deezer, Apple Music, Amazon, etc. A gravação ainda será lançada no formato podcast e disponibilizada nos principais agregadores. Ao final da temporada, será lançada, ainda, uma edição especial da nossa zine, que será publicada tanto em formato digital (.pdf) quanto impresso e em áudio, enriquecendo o portfólio do artista e, mais amplamente, a musicalidade da região em geral, valorizando a produção autoral e incentivando outros artistas a tocar suas próprias músicas.

Todo esse material é entregue ao artista, gratuitamente, para que o utilize como julgar adequado para o desenvolvimento de sua própria carreira artística. Assim, durante o período de lançamentos, ainda  buscamos formas de acesso aos veículos de Imprensa, como emissoras de rádio, TV, jornais, revistas, blogs, etc., sempre com a preocupação de registrar toda e qualquer participação nesse sentido e publicar em seguida.

Ao artista é exigido, para a participação, certo nível de comprometimento: ensaiar suficientemente suas músicas para uma boa execução, ser pontual às participações e fornecer as letras cifradas de todas as canções, afinal, o "'Toca' Autoral!" também significa incentivar e permitir que o público conheça sua obra a ponto de também desejar/conseguir executá-la, de onde estiver. Trata-se de um projeto de fomento ao artista, mas, também, de formação de público. Demonstrar que o artista regional guarda, em si, tanto valor quanto o "consagrado" e divulgado em grandes proporções é uma das máximas mais caras do @memoriasudoeste

Foto: Plácido Oliveira

MAZINHO JARDIM, por ele mesmo

"Em 1982, quando voltei do Amazonas, encontrei uma figura aqui, o Pepino, o Luiz Alberto. Frequentava casa dele, ia com a minha gaita. E também um figura que mora em Salvador, o compositor de Jane Furacão, Arodir Assis. ele morava aqui, fez faculdade de Agronomia, acho... E a gente se encontrava, ele tinha uma viola de 12 cordas , e a gente se batia na casa de Arô, fazendo um rock n’ rollzinho, a gaita com craviola, etc., aí compus o Jeremias Rock, a primeira que fiz, e a gente tocava nos barzinhos. 
E aí o Pepino propôs: “Porque você não faz uma banda, cara? E se for fazer mesmo, bota o nome de SS43 que, segundo Nostradamus, é um cometa, um asteróide, que vai trazer destruição...” Isso é segundo Nostradamus e a história que Pepino contou pra gente, mas há outras versões sobre o SS43, falando de astros, mas não que viria destruir a terra, tanto que deu 2000 e a terra está se destruindo por outra forma, não por causa do SS43.
Então, um dia, fomos tocar, eu e Arô, violão e voz e gaita, lá no Teatro Carlos Jehovah. Aí eu falei: “gente, vamos fazer um som aqui, que pouca gente aqui de Conquista conhece: é um blues, não é muito difundido aqui em Vitória da Conquista, e acho que quase ninguém conhece, então, vamos fazer alguns blues aqui. Espero que vocês curtam”. E, de repente, uma voz lá no meio da plateia disse assim: “como não conhece? Eu conheço! Eu conheço blues”. Era o Caco Santana: Paulo Cezar Santana Andrade. Então, já surgiu o terceiro componente da banda SS 433. Super legal, né? 
Caco tinha umas canções muito massa, e a gente era meio que tachado de louco por aí. Caco já soltava voz daquele jeito dele, uma figura de conhecimento político muito grande, e ele gostava de fazer músicas de protesto e tudo o mais. A gente se deu bem. Depois disso, faltou um batera, e entrou Zeca Metal tal na banda, uma figura exotérica, assim como Pepino. Aos poucos, a gente foi solidificando a ideia, e assim surgiu o SS43.
A gente teve a ideia de ir para São Paulo gravar o nosso disco, o compacto simples, mas na ocasião já era um outro baterista. Tocamos no underground, no Bixiga, na rua 3 de Maio, No Personinha, que era um local muito famoso de lá, por quatro anos seguidos, todo sábado, só com música própria, já com um baterista de lá, porque o que foi daqui foi com a gente tinha outros trabalhos para fazer. Lá eu conhecia duas garotas: a Rita Killer e a Aline Joint, que entrou para fazer backing e tinha um conhecimento muito grande do circuito musical, de arte em geral. A Rita trabalhava no centro de cultura, figura maravilhosa, a Aline dava uma puta força pra gente e fizeram parte do nosso vinil.
Tocamos no Rádio Clube, tocamos com Marcelo Nova, a banda Zero nesse mesmo dia... Nós dividimos palcos com essas celebridades da época, inclusive quando a gente foi mostrar Jane Furacão, nós mandamos para algumas emissoras pra ver se conseguíamos uma gravadora, e houve um dia, no Colégio Objetivo, lá tinha alguns estúdios, e fomos para uma sala, e na ao lado, tinha os Titãs mostrando Sonífera Ilha, e foi legal pra caramba, porque Sonífera Ilha se deu bem, tirou primeiro lugar, e Jane Furacão bateu na trave, mas fez parte da nossa história e deu mais coragem ainda pra dar continuidade no trabalho. 
A SS continuou durante um período, acho que até 86, eu, Caco e Arô ficamos juntos, fizemos alguns shows por lá, com outro baterista, aí cada um terminou tomando o seu rumo. O Arô ainda ficou mais tempo lá comigo lá em São Paulo, assim como o Caco também, e já não tava quase rolando mais a SS 433. Cada um fez o seu trabalho, o Arô teve de ir para Salvador, Caco voltou para Conquista, eu fiquei lá sozinho, só que algumas pessoas que costumavam a curtir o som da gente nos bares, “e aí, o SS não vai rolar mais?” e eu falei: “não, os meninos estão voltando, eles têm outras coisas pra fazer, né, que tem a filha, tudo mais, aí o rolou o casamento, de um, Arô também se casou, e a partir daí, o SS não voltou mais.
Aí eu me reuni, por causa de um estúdio que a gente tocava no Brás, com Carlos Santee, Marcelo Grego e Sandro Moreira, e fizemos uma banda chamada On Jack Tall Back. Durante um bom período a gente tocou com esse nome. Entrou um tecladista sensacional, Marcelo Ataíde, e tocamos na feira da Vila Madalena, no Bixiga, em outros bares na feira da Pompeia, muitos lugares, e percebíamos que o público adorava o nosso trabalho, que a gente não consumava fazer cover. Eu não falo muito bem inglês, e preferia mesmo cantar em português e tentar passar uma mensagem nossa, canções da dona nossa vivência, tudo que a gente já passou desde Vitória da Conquista, Salvador, inclusive no Circo Troca de Segredos, que foi uma participação com bandas punk, e a gente entrou com o blues, uma loucura, porque na hora que a gente começou a tocar, os punks viraram de costas para a gente, rejeitando mesmo o blues, ninguém curtia mesmo. Depois de tudo isso, em 2003, é que montei o Dragster. A gente mudou o nome porque On Jack Tall Back, não estava legal, já existia outra banda com esse nome, e tinha uma coisa relacionada à droga, achavam que era apologia… O legal é porque a forma de escrever On Jack Tall Beck não tem tradução em inglês, porque é mais pela sonorização, pela fala que dá “onde é que tá o beck”. 
Só depois que montamos o Dragster que fizemos umas gravações das mesmas músicas e algumas canções novas. Carlos Santee ficou durante 20 anos comigo, Marcelo Grego, que veio a sair depois, e o Sandro Moreira continuou comigo até 2017, e aí o Roger Baccelli, um maestro, professor de música que tem na Vila Maria, eu morava ao lado da casa dele, sempre passava em frente, ouvia o trabalho dele e tudo mais, e aí a gente tinha esse trabalho feito, mas estava sem baixista. O Carlão, o Carlos Santee, falou: “a gente não pode deixar isso para lá. Eu tenho umas canções novas, e quero que você faça esse trabalho, Mazinho, então eu vou dar um jeito, eu vou pro estúdio”. Ele mesmo tocou baixo, depois a bateria foi o Sandro Moreira e, no fim, fui colocar a voz e as gaitas, ou seja, nós fizemos a gravação desse disco, Memória Seletiva, e não nos encontramos nenhuma vez durante a gravação. Só depois que tudo estava feito a gente se reuniu, já para ensaio, para fazer um show, e eu achei sensacional isso, eu acho que é dessa forma que ter acontecido, ultimamente. A gente não tem muito tempo, a vida é muito corrida, trabalha e tudo mais, então a gente não tem tempo de ficar encontrando para ensaiar todos os dias ou todo fim de semana, então foi feito dessa forma. 
Eu produzi esse disco assim, e eu tenho essa história toda, minha história, a história de 2003 até 2010, que me casei e vim para Conquista, uma história muito interessante, Me separei depois, e tive problemas de saúde, etc., e tudo isso conversava muito com o Carlos Santee, um cara espiritualista. A gente tem uma sintonia espiritual muito grande, e como não escrevo muito, eu escrevo uma canção ou outra, algumas com o Caco e com o Arô, mas esse caso é do Carlos Santee. Contei a minha história, ele passou tudo para o papel. É o caso de O que é preciso, Inexplicação. Dragster eu mesmo compus, mas a canção, os arranjos, são todos de Carlos Santee. 
Oito canções desse disco são do Carlos, o cara a quem eu dedico todo meu trabalho. A sintonia que a gente tem é muito grande. Eu mandei para alguns lugares, inclusive o CD depois de pronto, até para a Kiss FM, e quem estava trabalhando lá na ocasião era o Clemente, dos Inocentes, que eu tenho ouvido muito o trabalho deles, é inclusive o Filhos da Pátria. Ao meio-dia ele tinha esse programa lá na Kiss FM, e eu levei para se tocavam, mas a primeira coisa que ouvi lá dentro de algumas pessoas, foi: “tem um jabazinho aí?” Aí não tem condições, né? Tanto trabalho mal feito sendo tocado, e a gente traz uma obra até que, interessante, e a primeira coisa que as pessoas já perguntam é sobre jabá, pagar para tocar, então eu fui me virando eu mesmo. Produzi esse trabalho todo. Carlos Santee fazendo as composições, nós todos fomos ao estúdio para fazer o trabalho, mas a parte logística mesmo foi o que fiz, porque sempre senti prazer em fazer esse trabalho com eles. O Dragster vem disso aí, e vale a pena. Eu não vou deixar de lado, e eu não vou também tocar com outras pessoas dentro do Dragster, não. 
Esse projeto que eu trouxe aqui pra Vitória da Conquista, Rock Solidário, eu fiz porque o Carlos, por exemplo, se casou, e às vezes quando se casa, já tem outras obrigações. E filho, que nasce, o trabalho, ocupa muito tempo dele, o Marcelo Grego já teve outras coisas para fazer também. O Roger Baccelli ficou, porque ele é músico mesmo. Então deu certo, tocava no Nacionarquia, uma banda de metal pesado, em São Paulo, que fez muito sucesso também, inclusive tocou em rádio, tudo mais. O Nacionarquia é uma tremenda banda. Quem não conhece, procure saber, que é legal. E aí ele faz um trabalho comigo também, e qualquer hora que a gente chamar para fazer um show, eles estão junto. Não dá é para a gente se encontrar sempre, exatamente por essas obrigações. Eu me entreguei mais, pelo rock n’ roll, de corpo e alma, dedico o meu trabalho, a renda que tenho, se eu posso investir nesse trabalho, eu faço. 
Foi o que aconteceu agora (2023) com o Rock Solidário: Mazinho Jardim e 3 Homens Sem Conflito. Luciano PP, o Stanley Patez e o Camilo, músicos maravilhosos, eu não poderia ter tido maior sorte. Aliás, foi uma sugestão de Pedro Massinha. Ele falou: “Mazinho, por que que ficar trazendo gente para lá para cá? Aqui tem músicos maravilhosos”, e então falei: "Poxa, quem é que vai tocar aí comigo? É um trabalho um pouco complicado para se fazer, as músicas são meio complexas, e tudo mais”. “Bota o Luciano PP”. Eu falei: "Ah, mas Luciano é um profissional, não tocaria comigo, ele está muito ocupado, tem outros projetos, tem muita coisa que ele tá fazendo, acho que não vai ter tempo isso”. Mas eu mandei o trabalho, e o PP falou: "É na hora, estamos juntos." Eu falei "Então pronto, PP, vamos fazer esse trabalho juntos?" E aí, ele indicou o baterista, o Stanley, e indicou o Camilo, que quando eu saí daqui em 2010, ele era muito jovem, tinha menos de 20 anos, sobrinho de Diro Oliveira, que é outro parceiro maravilhoso que eu tenho. 
Então, foi aí, que surgiu esse projeto aí do rock solidário. E eu espero, o ano que vem (2024), fazer esse rock solidário novamente. 
Agradeço a oportunidade de fazer esse Toca Autoral!, agradecer ao Plácido, ao PP, que sentou aqui comigo, puta irmão, agora já parece que não tem mais jeito de eu falar que o cara não tocaria comigo, porque eu acho que ele gosta de mim. Ele é retado, viu? Então, eu agradeço muito, gente, e prometo, ano que vem, a gente vai estar junto novamente. Dá-lhe Toca Autoral!. Um abraço, gente. Muito obrigado."

Confira o Episódio completo abaixo:


🟠 Playlist completa no Youtube [episódios completos]

🟢 Playlist completa no Youtube [músicas separadas]


MÚSICAS

1) Bola Gigante (Mazinho Jardim)
BR7PI2400020

"Bola gigante é uma canção que fiz em 1983, na época do SS 433, e passamos a executá-la muito tempo depois. Quando formei o Dragster, fiz uma nova roupagem. Nela, falo da minha existência aqui no planeta Terra, porque acredito muito que a gente veio de outro lugar, que está aqui de passagem, lapidando o espírito, para depois voltar para a nossa terra de origem. E falo do que a gente vive neste mundo cheio de violência, discórdias e tudo mais, mas acredito num mundo melhor, fora daqui."

Vivo preso numa bola gigante
Rodeado de pessoas hostis
Tenho sede de lugares distantes
De uma terra que eu nunca vivi

Vivo preso numa bola gigante
Rodeado de pessoas hostis
Tenho sede de lugares distantes
De uma terra que eu nunca vivi

Olho por olho
Dente por dente
Mata ou morre
Deixa de existir

Seu espírito em outro planeta
Sua missão ele acabou de cumprir

Agora eu peço pros meus amjos de guarda
Noutro plano que eu vier assumir
Me protejam dessa raça desumana
Deem-me asas pra eu nunca cair

Vivo preso numa bola gigante
Rodeado de pessoas hostis
Tenho sede de lugares distantes
De uma terra que eu nunca vivi

Olho por olho
Dente por dente
Mata ou morre
Deixa de existir

Seu espírito em outro planeta
Sua missão ele acabou de cumprir


2) Blues Subterrâneo (Caco Santana)
BR7PI2400021

"Blues Subterrâneo fez parte do compacto que nós fizemos, o SS 433. Caco escreveu essa música e achei interessante. Vale a pena regravar desta forma, acústica. É um rhythm and blues. Normalmente a gente faz aqueles blues lentos, mas o rhythm and blues pega muito bem. Ela é o que diz mesmo, não há muito o que explicar: rodando o planeta, no hemisfério sul. Em todos os lugares desse planeta que a gente passa, e eu tenho viajado tanto, e ela me acompanha. É uma música atemporal. Foi feita em 1982 e está num formato bem diferente agora. Gosto muito dessa canção, por isso faz parte deste Toca Autoral!. Tomara que vocês gostem."

Rodo o planeta
No hemisfério sul
Vejo um milhão de estrelas
Para tocar meus blues

Persigo tua alma
Me encontro com você no azul

Como um subterrâneo
Mergulho no oceano atlêntico
Voando como um anjo
Me sinto um robô atômico

Persigo tua alma
Me encontro com você no azul


3) Blues de Ipiaú (José Américo Castro, Mazinho Jardim, Jaime Cobra)
BR7PI2400022

"O Blues de Ipiaú originalmente foi composta por José Américo, de Ipiaú. Em 1982, Caco me apresentou essa canção, mas não lembrava da letra, lembrava só da primeira parte. E eu gostei demais dessa canção, e a segunda parte foi escrita por mim. Ela lembra outras canções, como o Vapor Barato, de Jards Macalé, e falam que é uma cópia, mas não é não. Foi um sentimento muito bom que tivemos naquele momento. Gosto dessa parte da gaita, fica muito bonito. As pessoas adoram essa canção, na verdade. independentemente de se parecer com outra canção. Foi uma canção despretensiosa. Gosto e vou tocar sempre, sem dúvida."

Sentado aqui
Neste pedaço de estrada
Meus olhos vermelhos
De tanto chorar

Sentado aqui
Neste pedaço de estrada
Meus olhos vermelhos e cansados
Podem ver muito bem

A torre azul da igreja de Ipiaú
A torre blue da igreja de Ipiaú

Você aqui
Sentada ao meu lado
Lembrando o passado
Que eu também vivi

Lembranças que hoje
Eu trago no peito
Revolucionário
Este lindo blues

A torre azul da igreja de Ipiaú
A torre blue da igreja de Ipiaú


4) O Bem e o Mal (Caco Santana)
BR7PI2400023

"Esse blues é demais, eu adoro. Tem tudo a ver com a minha vida, com o underground, com a vida dos músicos de modo geral, para quem faz rock n roll, o underground de São Paulo, do Bixiga, aquilo tudo que a gente fazia. Caco compôs a letra. Estou com uma roupagem diferente, que fiz com o Dragster. O bem e o mal é uma mulher, aquelas mulheres que você se apaixona, se entrega de toda forma, e às vezes se entrega demais e se perde. São paixões assim que acontecem com todo homem, e às vezes a gente faz, como diz a letra, um pacto com mulheres como essas, que nos levam a fazer loucuras. Mas faz parte do amor, com pela música, pelo blues, pela bebida, pelas coisas loucas que a gente faz, as besteiras que a gente faz na vida. Mas vale a pena viver tudo isso, e gente tem de contar. Eu vi isso, nós vivemos isso, nós, músicos do underground, subways, da vida, né? Eu adoro. O bem e o mal é bem por aí: mulheres de cabelos longos, que nos fazem perder a cabeça, nos drogam de alguma forma… É o bem o mal, o demônio do mal."

Certo dia eu saí de casa
Pra curtir uma legal
Vejam só quem eu encontrei
Foi o bem e o mal
Foi o bem e o mal
Foi o bem e o mal
Foi o bem e o mal

Tinha os cabelos longos
Etecetra e tal
Chamavam-na de o bem
O demônio do mal
O demônio do mal
O demônio do mal
O demônio do mal

Me chamou pra uma esquina
E o meu pulso cortou
Fiz um pacto com ela
De virar seu amor
De virar seu amor
De virar seu amor
De virar seu amor

Foi o bem e o mal
Foi o bem e o mal
O demônio do mal
O demônio do mal
De virar seu amor
De virar seu amor


5) O Que É Preciso (Carlos Santee)
BR7PI2400024

"O que preciso é uma canção que fala de mim mesmo, de um amor que tive durante muito tempo e perdi, mas quando o amor é incondicional, a gente nunca perde. O importante é que essa pessoa esteja feliz, né? E contei essa história ao guitarrista da Dragster, o Carlos Santee. Ele tem uma ligação muito forte comigo, espiritual. E eu, como não escrevo muitas canções, ele passou todo o meu sentimento, meu pensamento, da história que contei para o papel. Um amor que eu tive aqui em Conquista, né? Começou em São Paulo, daí vim aqui para Conquista. O amor da minha vida. A mãe da Vida, entende o que eu estou querendo falar? Se fosse possível que ela voltasse um dia, se fosse preciso qualquer coisa, eu faria. Mas eu penso dessa forma às vezes, mas penso melhor ainda: se ela está feliz, cara, do jeito que ela está agora, isso é que é importante. Para mim, isso é a amor incondicional, não importa o que tem acontecido entre nós. Os anos que vivemos juntos foram os mais felizes da minha vida. Eu faria qualquer coisa para ela voltar, mas se ela está feliz como ela está agora, é isso é que vale. Esse é um amor verdadeiro, então “o que é preciso?” É preciso a gente compreender um ao outro, amar um ao outro e deixar a vida seguir, que daqui não se leva nada, se não as esperanças de coisas futuras no outro mundo, melhor que este. É isso aí."

Fechei meus olhos pra te libertar
Aceitei perder para você ganhar
Perdi meu rumo pra te orientar
Cortei minhas asas para você poder voar

Sangrei minha alma pra te imacular
Reprimi instintos pra te preservar
Mandei flores aos mortos que eu mesmo matei
Pra te saciar

Cerrei todas as cortinas para te blindar
Fingi gostar quando você fingiu prazer
Senti raiva e dor para seus risos arrancar
Cessei minhas dependências para você se entorpecer

Quebrei todas as regras para você jogar
Refiz meu repertório para nunca te ofender
Eu tentei
Juro que tentei
Mas não consegui

Me diz então, baby
O que é preciso
Pra fazer você voltar a respirar
Nos mesmos metros cúbicos que eu respiro
Me diz então, baby
O que é preciso
Pra você voltar a respirar
Comigo

Voltei no tempo para te acompanhar
Pausei as rotações do mundo para te esquecer
Marquei todos os limites para tentar te confinar
Mudei meus planos pra tentar te convencer

Vendi meus sonhos para a realidade se inventar
Superei meus medos pra te fortalecer
Comprei lotes no inferno ao preço do fim
Pra te dar o céu

Fechei, aceitei, perdi
Cortei, sangrei, reprimi
Cerrei, fingi, senti
Cessei, quebrei, refiz

Eu tentei
Juro que tentei
Mas não consegui

Me diz então, meu bem
O que é preciso
Pra fazer você voltar a respirar
Nos mesmos metros cúbicos que eu respiro
Me diz então, meu bem
O que é preciso
Pra você voltar a respirar
Comigo


6) Jane Furacão (Arodir Assis)
BR7PI2400025

"Jane Furacão é a primeira canção, do lado A, do vinil do SS 433. Gravamos em 1984. No lado A, Jane Furacão, do B, Blues Subterrâneo. Jane é uma menina que Arô conheceu nas praias de Salvador. É uma menina danada, vivia meio que fora da galera, porque era um outro ambiente que ela queria. Naquela época em Salvador, a coisa do carnaval, a coisa do axé, tudo mais, mas ela não curtia nada disso, ela curtia rock n’ roll. Puta figura, vale a pena falar dela, daquela época do radinho de pilha, do walkman, tudo o mais. Tudo isso é verdadeiro. Eu gosto muito de Jane. Se ela quisesse, eu namoraria com ela, sem dúvida, mas o guru já falou que não deveria: daria problemas de mais na minha vida. Valeu pela fase do rock n’ roll. Jane! Estamos juntos, minha querida!"

Jane era uma garota muito calada
Ficava sempre fora da rapaziada
Garota muito estranha naquela cidade
O seu rádio de pilha era a felicidade

Cresceu desde menina com a razão
De ser o rock n' roll a única saída
Mudou o visual, deu um jeito na vida
Tornou-se para todos Jane Furacão

Ela é Jane, ela é Jane
Amante do rock n' roll
É a garota que o guru me disse
Para não ter um caso de amor

Ela é punk, ela é punk
Amante do rock n' roll
É um motor de arranque
Que faz gerar pavor



🟠 Disponível nas principais plataformas de streaming.

FICHA TÉCNICA

Memória Musical do Sudoeste da Bahia apresenta: Toca Autoral! - II Temporada
Produção: Plácido Oliveira [http://linktr.ee/placidoliveira]
Agradecimentos: Luciano PP
Gravado em 28 de agosto de 2023, na Sala Angelina Timóteo de Oliveira - Distintivo Blue.
Vitória da Conquista, Bahia, Brasil.
Publicação: 31 de julho de 2024


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