Cerca de 400 pessoas, entre artistas do movimento hip hop, rappers e grafiteiros da cidade e região Sudoeste e população em geral, estiveram presentes no Centro de Cultura
Ana Paula Santana, Bruno Bronze, Louise Melo, Matheus Guimarães, Nicole Prado
Vitória da Conquista foi sede do VDC Hip Hop GT Festival, que aconteceu entre os dias 10 e 11 de novembro, no Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima. Cerca de mil pessoas marcaram presença nos dois dias de evento. Eram artistas do movimento hip hop, rappers e grafiteiros da cidade e região Sudoeste e população em geral.
O evento, que é o primeiro festival desse tipo, comemorou o Dia Municipal do Hip Hop, que é dia 12 de novembro, conforme a Lei nº 2.653/2022, proposta pelo vereador Alexandre Xandó (PT). Segundo o vereador, a data celebra a cultura urbana. “Essa Lei foi consequência de discussões com militantes do Hip Hop, e é uma forma de reconhecer e valorizar a cultura da periferia de Conquista. A turma já vinha realizando muitos eventos, como a Batalha Chapa Halls77, o Hip Hop pela Paz, Conquistart e a Batalha da 6. Agora, a realização desse evento que ocupou todos os espaços do Centro de Cultura é a materialização de um sonho que foi pensado muito tempo antes,” destacou o parlamentar.
A programação estava diversificada. Na sexta-feira (10/11), a mesa de abertura contou com vereador Xandó; doutor em Estudos Étnicos e Africanos pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), o professor doutor Jorge Hilton; o secretário Estadual de Cultura, Bruno Monteiro; secretário Municipal de Cultura, Xangai; o arte educador visual, o professor Lee Mendes, e . Cada um fez uma fala em defesa da cultura periférica. Segundo Jorge Hilton, Conquista e região Sudoeste são fundamentais no cenário da cultura hip hop baiano. Foram realizados também shows com os M’cs baianos, Break Dance, b-boys, b-girls e estúdios de dança. O destaque foi para a rapper Evelyn Black Pink, cantora de apenas 9 anos, que usa os versos para denunciar sua vivência na escola enquanto menina negra.
No sábado (11/11), as atividades iniciaram, às 9 horas, com pinturas de painéis de graffiti. Das 9h às 12h, foram oferecidas oficinas de grafitti, com Lee Mendes, break com Jeff Dee, MC com Uh! Neto, DJ com DJ Dhy, e o curso Conhecimento com o professor Jorge Hilton. Às 12h, DJ Thigaz animou o evento, seguido pela DJ Afrolatina.
À tarde, ma Concha Acústica, do Centro de Cultura, das 14h às 16h, foi realizada a Batalha de MC’s. Simultaneamente, no Palco B – Teatro, das 14h às 17h, aconteceu a Batalha de break. Durante a noite, Pagodrop e Zara Draga se apresentaram, seguidos pelo rapper de Barra do Choça, Sidy Loko.
Para Sidy Loko, rapper de Barra do Choça, participar do VDC Hip Hop GT Festival foi um marco na cultura baiana. “É mais do que fazer um show, é ver a voz da periferia ecoando na celebração da nossa cultura”.
O evento, que recebeu a presença de diversos representantes da comunidade surda da região, contou com intérpretes de libras em todas as apresentações. Também arrecadou cerca de 300 quilos de alimentos que foram destinados ao Programa Bahia Sem Fome, do Governo do Estado.
Ravi Lobo, rapper de Salvador, foi a principal atração do sábado e finalizou o evento. Foto: Nicole Prado
Batalha de Mcs agita palco principal. Dezenas de crianças acompanharam as batalhas e oficinas. Arte passada de geração pra geração. Foto: Nicole Prado
Professor Dr. Jorge Hilton durante a cerimônia de abertura do Festival fala sobre a importância do momento para Conquista e região. Foto: Nicole Prado
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Publicado Originalmente em 19/11/2023, em Avoador.
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