#tbt nem sei como vocês engajam comigo sendo que eu demoro cinquenta anos pra responder um comentário. Mas aqui estou eu, novamente, com uma historinha antiga pra dividir.
Eu comecei a tocar em bandas aos 13 anos com uns parças do meu bairro. Sempre gostei de rock e a primeira bandinha tinha um repertório bem misturado com as coisas que a gente gostava de ouvir, do grunge ao new metal. Éramos assíduos nos shows que costumavam ser frequentes, autorais e covers. Fui fangirl de várias bandas que fizeram história na cena rocker de Conquista (mais fã da Liatris que eu, só os próprios integrantes da banda, rs - eu tive até caderno personalizado). Nos palco da Concha Acústica do Centro de Cultura, comecei minha jornada como baixista das bandas Charlotte (new metal) e Pectus Maculosus, (gothic metal) esta última também conhecida como pesadelo dos técnicos de som, 8 a 16 pessoas num palco, era coisa de doido. Eu sempre estava feliz.
Eis que uns anos se passaram e meus caminhos me levaram até outros ritmos. O reggae passava ileso pelo crivo dos coleguinhas, mas o samba não. Me lembro que em um dos meus aniversários, dois ambientes distintos diziam muito sobre a dona da festa. Enquanto na área, bateria e som montados, músicos se revezando entre as melhores do Nirvana, no quintalzinho do fundo, uns gatos pingados montaram uma roda de samba e eu fiquei completamente encantada. Pouco tempo depois, comprei um pandeiro. Disseram que eu traí o movimento. Como eu poderia trair minha essência? O rock sempre me proporcionou uma catarse, uma experiência de liberdade tão incrível que não consigo expressar. Nunca entendi o preconceito do fã clube.
Bom, eu não uso preto atualmente, mas não preciso dele. Eu sou essa mistura de influências aí. Camisa do Iron Maiden & roda de samba. Meu movimento é boa música.
E se depender de mim, o rock não morrerá jamais.
Stay heavy! 🤘🏼
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Publicado originalmente por Isadora Oliveira em 13/01/2022, no Instagram.
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