Conversamos com Miguel Cortes, locutor, idealizador e apresentador do programa O Som da Tribo na rádio 96 fm sobre o novo formato adotado para a micareta 2007. Miguel, que é bastante realista e não tem papas na língua no momento de criticar e buscar alternativas para a cultura conquistense, deu a seguinte opinião:
A novidade na festa foi a segregação social estabelecida esse ano, de um lado o poder público (pmvc) desesperadamente tentando a todo custo (e haja custo $$$) patrocinar e reinventar o que já havia acabado, pelo menos, há alguns anos atrás, a tão badalada “micareta de vitória da conquista”, que em tempos atrás era uma das melhores da Bahia.E do outro lado a micareta elitizada, fechada, discriminatória aonde deixava bem claro, que ali realmente só era pra quem tivesse um poder aquisitivo nos padrões que a festa exigia, ou seja, ficar afastado da galera de poder financeiro inferior, que é a grande maioria da sociedade que gostam e curtem esse tipo de cultura de nacionalidade fácil. E não vou entrar no mérito de comentar as coisas óbvias que acontecem tanto em um lado como no outro: violência em excesso, desequilíbrio emocional, tolerância zero, drogas, arrastão, clima desfavorável, ganância dos empresários (?) Do comércio, briga entre comércio e poder público… Ufa! A micareta antes de começar já era estressante.E para não encher e acho que todos já estão de saco cheio dessa micareta falida, acabada, inviável e que não agrega nada, nada financeiramente e principalmente culturalmente na nossa cidade.Então, a miconquista no bosque (out door) e a no parque (in door) ambas foram fracassadas em todos os sentidos.Então continuar com fracasso, com que está morto é burrice! E nessa batalha os dois lados da separação e segregação social saíram perdendo em todos os sentidos. E salve-se quem puder!
------
Publicado originalmente em 22/10/2007, em ArtCultura.
Nenhum comentário: