Músicos e bandas

Artigos

Entrevistas

Discografia

Memórias

[2017] Nem Tosco Todo: “Em Conquista você só tem duas opções: ir pro bar ou pra igreja”

Foto: Blog do Fábio Sena

"O Brasil é um país muito grande e diverso. Tem público para todos. O que acontece é que existe o poder midiático nas mãos de poucos empresários, que não tem interesse em um trabalho mais consistente."
Por Maurício Sena / Fábio Sena

Nem Tosco Todo, líder da Banda Cama de Jornal, é um clássico roqueiro: não admite assinar o Pacto da Mediocridade que, vai aos poucos, ganhando signatários Brasil e mundo afora, também não assume postura de condescendência com certa imbecilidade que teima em fazer residência na sociedade. Engajado e formidavelmente compenetrado na arte de fazer rock – para ele, ferramenta de conscientização, de revolução -, nesta entrevista ao jornalista Maurício Sena Nem Tosco Todo volta à carga com sua proverbial habilidade em difundir pensamentos originais, e uma filosofia de vida cuja principal premissa é a fuga das estéreis convenções sociais, marca predominante de um dos integrantes da banda mais repeitada do punk em Vitória da Conquista e região.

Na visão do roqueiro, é preciso construir ainda uma efetiva política cultural em Vitória da Conquista, vez que, em sua visão, não se pode admitir como “política cultural” a realização de dois grandes eventos por ano (São João e Natal da Cidade). “E é isso que a prefeitura tem feito, através da Secretaria de Cultura”. Em relação ao Governo do Estado, sua crítica vai em direção à burocracia que, muitas vezes, inviabiliza a realização de projetos de boa qualidade. No entanto, pouco afeito à institucionalidade, Nem manda um recado àqueles que pretendem desenvolver um projeto próprio: “Se as pessoas não demonstram interesse em seu trabalho, ou até mesmo não reconhece você como artista, organize você mesmo suas turnês e shows fora daqui. Enfim, se você quer, você pode! Faça você mesmo”.

Abaixo uma vigorosa manifestação de rebeldia, recheada de refinado senso de humor e uma profunda vontade de realização:

Quem é Nem?
Nem: Rapaz, até hoje ainda não descobri. Tô nessa busca de saber quem eu sou de fato. Talvez eu seja aquele cara simples, mas que não se enquadra nesse formato de sociedade, que não vislumbra a necessidade de ter algo para ser feliz, que está em constante conflito consigo mesmo e com o mundo ao seu redor.

Como começou a relação com o Rock?
Nem: Veio na minha adolescência. Acho que surgiu dessa minha inquietação. Dessa minha busca por uma identidade que não fosse óbvia e que não me levasse junto com a multidão. A partir daí, comecei ouvir algumas bandas de rock, que tinham letras que também refletiam os meus sentimentos e questionamentos.

Como nasceu a Cama de Jornal?
Nem: Eu já acompanhava a cena rock local, desde o final dos anos 80, com bandas como Atestado de Pobreza, NRU, Depressivos, dentre outras, rolava uns shows. Mas já os anos 90 foi sofrível pra cena rock de Conquista. Nada acontecia pra quem gostava do estilo. E foi já no ano 2000/2001 que eu vi o ressurgimento da cena com bandas como Renegados, que vinha com a proposta de fazer um punk hardcore, produzindo seus próprios eventos, pela periferia da cidade. E eu achei bacana essa proposta, e em um show em Poções, eu conheci Lázaro e Rose, e resolvemos então montar a Cama de Jornal. Isso foi em 2001. E de lá para cá, já gravamos 4 CDs de estúdio, uns 3 CDs ao vivo, vários DVDs, muitos shows rolaram, turnês por São Paulo, Nordeste, Goiânia, Brasilia, e muitos pela Bahia. Esse ano completamos 15 anos de banda, é muito tempo… Acessem nosso site e conheça mais sobre a banda: www.camadejornal.com.br.

Por que tosco todo?
Nem: Esse nome surgiu quando a gente tava pra lançar o nosso primeiro cd e não tínhamos nenhuma gravadora ou selo para lançá-lo. Aí eu criei esse “slogan” pra colocar impresso no CD. Depois eu criei um selo de divulgação de bandas, que tinha esse mesmo nome, depois virou site com resenhas de cds de bandas independentes; mas recentemente é um blog de divulgação de entrevistas e lançamentos do underground. E ainda com o selo de divulgação, eu apoio alguns lançamentos de bandas, como Horda Punk, Misantropia, Guerra Urbana, dentre outras. e também através do selo foi lançado todos os materiais da Cama de Jornal, e também do meu projeto paralelo “Nem Tosco do e as crianças sem futuro”. E já lancei também um DVD-R do Cólera, gravado aqui em Conquista. E algumas coletâneas também como: Autonomia é o caminho(CD) e Material Reciclado (CD), disponíveis em http://toscotodo.blogspot.com.br/.

Como você analisa o Rock em Vitoria da Conquista de ontem e de hoje?
Nem: Então, como eu falei, Conquista sempre rolou uma galera do rock, sempre teve banda. Em uma época teve mais, em outras menos, mas sempre teve essa movimentação. Quem conhece um pouco sobre a história do rock de conquista sabe que desde os primórdios, nos 60/70, aqui já tinha banda de rock, que imitava os Beatles, como “Os Imborés” e “Os Trepidantes”. Tinha o SS433 que chegou até a lançar um compacto, várias bandas vinham trabalhando com o rock na cidade há muito tempo. A diferença para a cena de hoje é que o número de bandas aumentou, o público de rock também. Mas Conquista sempre teve o rock rolando.

Quais as bandas que melhor representam esta história do rock de conquista?
Nem: Então, como falar de bandas históricas se você não citar essas antigas, dos primórdios? Não tem como. Faziam rock no interior da Bahia naquela época, sem nenhuma estrutura. Bandas como “Os Imborés”, Atestado de Pobreza, Renegados, pra mim, apesar de serem de épocas bem distintas, foram bem importantes pra tudo que ta rolando de rock hoje em Conquista. Se não fosse por eles, a cena local talvez nem existisse como vemos hoje.

O Rock de protesto é uma vertente que ainda vigora?
Nem: Eu não gosto muito dessa denominação “rock de protesto”. Eu acho que o rock pra mim é uma ferramenta de conscientização, de revolução mesmo. E infelizmente o rock tem perdido um pouco essa veia, e com isso sumiu da periferia, que hoje tem uma força muito grande com o hip hop como ferramenta de transformação da comunidade onde está inserido. O punk já teve esse papel no Brasil, no final dos anos 70, início dos anos 80, mas hoje em dia o protesto que vem da periferia é o Hip Hop.

Como você avalia o rock em nível nacional?
Nem: O rock brasileiro sempre teve e sempre terá grandes bandas. Se você pesquisar vai encontrar muita banda legal, de todos os estilos do rock, punk, metal, rock and roll. Agora se você estiver se referindo ao rock comercial, o que passa na TV ou toca no rádio, esse aí já tem muito tempo que morreu.

Quais são as grandes novidades locais, no estado e no país?
Nem: Eu não vejo muitas novidades, e na verdade quando vejo algum artista sendo rotulado como “novidade”, eu já fico com o pé atrás. Mas aqui em Conquista mesmo, tem uma galera fazendo um rock legal, que não é nenhuma novidade, como a Dost, Dona Iracema, Ladrões de Vinil, Signista, Social Freak, Handevu, e tem uma galera mais underground, como a Krathera, Assault, Thrashard e várias outras que se eu for citar aqui vira um livro. Bandas baianas, tem O Cisco, banda muito boa de Ribeira do Pombal, Os Jonsons, de Salvador, Pastel de Miolos de Lauro de Freitas, Vômitos de Barreiras. Tem muita coisa rolando por aí. No Brasil, eu acompanho as bandas independentes mais undergrounds, e posso citar algumas, como a Penúria Zero de Brasilia, Aorta de Recife, Protesto Suburbano do Rio de Janeiro, que não são bandas relativamente novas, mas que estão sempre tentando produzir shows e discos. Mas tem uma banda de rockabilly chamada Asteroides Trio, que gravou recentemente um DVD em que mistura releituras de músicas punks com rockabilly, e eu gostei bastante.

O roqueiro conseguiu manter sua imagem após tantas transformações de comportamento?
Nem: Qual a “imagem do roqueiro”? Aquele que veste uma camisa do Ramones que comprou no shopping, sem nem ao menos conhecer a banda? O rock já esteve ligado a imagem subversiva, suja, largada, em outras épocas foi mais estilizada, e infelizmente isso gerou os estereótipos de “roqueiro”. Eu vejo que ser rock and roll está mais vinculado com postura ideológica, não com visual. Agora se você fala de “imagem do roqueiro” num contexto mais subjetivo, eu acho que o roqueiro de hoje tá muito reacionário, veja dois exemplos: Lobão e Roger. Dois caras que vieram do meio do rock, e todo mundo sabe como eles pensam hoje, né? E até no meio underground, no meio punk também, hoje tem uma pá de babaca que fica idolatrando Bolsonaro, um cara escancaradamente fascista. Enfim, gente que muda de postura no rock, tem de monte, e gente que prega uma coisa e faz outra, também tá cheio, ou seja, idiota e burro, tem em todo lugar. Então as mudanças de comportamento na sociedade acontecem constantemente, e com isso, gera toda essa confusão ideológica por parte daqueles que não são do rock, na sua essência.

Como você analisa a política cultural em nossa cidade?
Nem: Eu diria que não existe ainda. E explico… gerir uma política cultural não é realizar 2 eventos no ano (São João e Natal da Cidade). E é isso que a prefeitura tem feito, através da Secretaria de Cultura. Já por parte do Governo do Estado, é uma burocratização tamanha que leva muitas vezes bons projetos a não serem aprovados nos editais. Mas recentemente surgiu uma luz no fim do túnel, foi instituído o Sistema Municipal de Cultura que dentre outras coisas visa a criação do plano e do fundo municipais de cultura. O que se espera é que com isso facilite bastante o acesso de artistas aos recursos para a realização de projetos mais elaborados, e isso vai ser muito bom para a cidade, não só para os artistas, mas principalmente para o público carente de opções de lazer, já que aqui em Conquista você só tem duas opções: ir pro bar ou pra igreja. Vamos ver se vão ocorrer ações efetivas para mudar esse cenário. Eu espero que sim.

Quais as principais dificuldades para se produzir eventos?
Nem: Se você não tem apoio do governo pra realizar seus eventos, a situação é ainda pior quando se fala em apoio privado. Então, o que a gente faz, reúne uns amigos, um ajuda aqui, outro ali, e fazemos. É assim que tem acontecido por aqui, e na maioria das vezes, o dinheiro arrecadado na bilheteria, não dá pra cobrir todos os custos do evento. Na verdade, eu quando faço algo, é por querer movimentar, e por acreditar no que faço.

Quais os caminhos para uma banda nova, qual seria seu conselho?
Nem: Eu acho que não sou o cara ideal pra dar conselhos, mas o que posso dizer é que se você tem uma banda, quer gravar um disco, ou quer viajar em turnê, a solução nesse momento (e desde muito tempo atrás) é “fazer você mesmo”. Se hoje a Cama de Jornal tem algum material gravado, é por conta desse lema que a gente adquiriu através do movimento punk. No final do ano passado a Cama de Jornal deu uma parada por conta que nosso baixista viajou a trabalho. E eu parei de fazer som? Não. Peguei um projeto paralelo que eu tinha gravado um CD, e organizei vários shows pra gente tocar e divulgar o material. E recentemente, já estamos em processo de composição de um novo CD totalmente inédito e autoral. Então, se você quer tocar e ninguém chama sua banda, organize você mesmo o seu show. Se você tem um disco mais nenhuma gravadora ou selo independente se interessa, grave e lance você mesmo. Se as pessoas de sua cidade não demonstram muito interesse em seu trabalho, ou até mesmo não reconhece você como artista, organize você mesmo suas turnês e shows fora daqui.
Enfim, se você quer, você pode! Faça você mesmo!!!

O que falta para termos mais mulheres no universo rock, especialmente protagonizando a cena?
Nem: Eu acho que as mulheres que tinham esse interesse de ser protagonista conseguiram ser. Conquista já teve várias bandas de rock formadas por mulheres, como a Mistaken, a Blas Femia e a Tomarock. Hoje em dia tem a Nobres Companios que é uma mulher no vocal, mas não sei se estão ativos no momento. Tem a Old Stove que tem Marcela como baixista. E tem Brenda, tocando baixo comigo no meu projeto “Nem Tosco Todo e as Crianças sem Futuro”. Brenda tocava na Blas Femia. As mulheres estão sempre presentes na cena, seja como público ou como integrantes de bandas.

A cultura de massa, o apelo comercial atrapalha a formação de consumidores de rock e gêneros afins?
Nem: Acho que não. O Brasil é um país muito grande e diverso. Tem público para todos. O que acontece é que existe o poder midiático nas mãos de poucos empresários, que não tem interesse em um trabalho mais consistente, eles querem uma coisa mais imediata, retorno imediato de investimento, e trabalham com esses “produtos” descartáveis, para poder tá sempre em constante “renovação de estoque”. Eles fazem como os fabricantes de roupas, todo ano renovam o estoque e sempre surgem “novidades”. E o rock não, eles até tentam fazer isso com o rock de vez em quando, criando “novos produtos” que logo as pessoas percebem que eram produtos “falsificados” ou de “baixa qualidade”, mas que não funcionam por muito tempo, porque o rock verdadeiro não tem prazo de validade, é atemporal.

Quem são as crianças sem futuro?
Nem: eu estava montando esse projeto e achei que se colocasse só meu nome Nem Tosco Todo ia ficar estranho e resolvi montar uma banda que eu chamei de “As crianças sem futuro”, uma forma de homenagear a banda Ratos de Porão que tem uma música com esse nome. Como o primeiro CD do projeto era uma homenagem a todas as bandas que me influenciaram de alguma forma no meio punk, ficou esse nome mesmo: “Nem Tosco Todo e as Crianças Sem Futuro”. E também, não deixa de ser uma crítica a forma como nós, sociedade, tratamos nossas crianças. E olhando de uma forma mais ampla, qual o futuro dos nossos filhos? São reflexões que o nome da banda pode trazer a tona. E a propria capa do nosso primeiro CD é a foto de crianças da fundação casa, em são paulo, em fila, todos com a mesma roupa, formando um padrão. Será que é esse o padrão que queremos para nossas crianças? O que temos a oferecer para elas? Estamos fazendo nossa parte para transformação desse quadro? São questionamentos que um simples nome pode trazer.

----

I. Malförea

O "Memória Musical do Sudoeste da Bahia" precisa da sua colaboração. Tem algum material guardado? Gostaria de publicar seu próprio texto aqui? Acrescentar ou retirar algo? Entre em contato através do "fale conosco". Vamos preservar juntos a nossa história!

Nenhum comentário:

Leave a Reply

Temas

@memoriasudoeste 1 1 em Pé 2 Alados 1973 1984 1986 1988 1990 1993 1994 1999 2000 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 5C1 96 FM A Conquista do Rock A Tarde A Voz do Muro A-Divert Acervo de Cartazes Acrock Adão Albuquerque Afonso Ribas Afonso Silvestre Agosto de Rock Alan Kardek Alex Baducha Alisson Menezes Almiralva Ferraz Gomes Ana Barroso Ana Gabriela Ana Palmira Bittencourt Santos Casimiro André Cairo Andréa Cleoni Antônio Carlos Fernandes Limongi Apache APAE Aquarius Blues Band Arlindo Polvinthai Arnaldo Antunes Arraiá da Conquista Artes plásticas Arthur Maia Artigos Assista! Autobox Axé Music Babá Ferreira Bad Boy Boogie's Balaio Band FM Banda de Música do 9º BPM Banda Firem banda Mixta Banda Sonora Bárbara Nascimento Bazé Benjamin Existe Bete Pires Beth Soul Biblioteca Comunitária Donaraça Biblioteca Municipal José de Sá Nunes Blas Fêmia Bloco Algazarra Blog Blue Jam Blues BLUEZinada! BNB Boom!!! Boulevard Shopping Brasil FM Brasília Bráulio Ferraz Brumado Bruno Caires Bruno Lima Bruno Portella Cacau com Leite Café com Blues Café Society Caiik Caique Santos Cama de Jornal Câmara Municipal de Vitória da Conquista Camarote Beer Camerata Acadêmica do Sertão Camerata Carlos Jehovah Camillo de Jesus Lima Canta Bahia Canto do Sabiá Cao Alves Captain Pepper Captain Peppers Carlos Albuquerque Carlos Moreno Carlos Porto Carnaval Carol Ivo Casa do Rock Casa dos Carneiros Casa Fora do Eixo Casa Memorial Régis Pacheco Caso à Parte Cassiane CazAzul CCCJL CCCJL Sessions CDL Centro de Convenções Divaldo Franco Chamadas Abertas Charges e cartoons Chefinho Som Chico Luz Chirlei Dutra chorinho Christian Bernardis Cidadania Cinco Contra Um Cine Glória Cine Madrigal Cinema Circo de Cultura Cláudia Rizzo Clipping CMVC Colégio Sacramentinas Coletâneas e Discos Especiais Coletivo Escritores Conquistenses Coletivo Iron Horse Coletivo Suíça Bahiana Conferência Municipal de Cultura Conquista Metal Fest Conquista Moto Rock Conquista Rock Festival Conselho Municipal de Cultura Conservatório Municipal De Música De Vitória Da Conquista Consulta Pública Coração de Jesus Corais Coral da UESB Crônicas Cultura curso de Cinema e Audiovisual da Uesb Cursos Dan Ribeiro Dani Lasalvia Daniel Drummond Danielle Rosa Dão Barros Davi Fernan De tudo na Band Dércio Marques Destaques Deus e as Águas Deus Segue Nossa Guia Deus Seja Louvado Dia do Músico Evangélico Dia Mundial do Rock Diego Dell Carmo Diego Oliveira Diglett Joes Dinho Oliveira Dire Straits Legacy Dirlêi Bonfim Diro Oliveira Discografia Dissertações Distintivo Blue Divino Espírito Santo Djavan documentários Documentos históricos Dona Iracema Dorinho Chaves Dost Downloads DP Dragster Dreadful Trace Dreams Produções Dú Nosso Jeito DUDU Dumblegore Durval Lelys Ed Goma Ed Motta Edigar Mão Branca Edilson Dhio Editais Educadora FM Élder Oliveira Elomar Elton Becker Elton Dias Em memória Emissoras Entrevistas EP Erasmo Carlos Erudito Erudito: Orquestras e Bandas Marciais Escravos da Merenda Espaço Cultural A Estrada Espaços Ester Barreto Estúdio Drakkar Estúdio Drummond Eulá Evandro Correia Eventos Excalibur Rock Band Expoconquista Exposições F. A. Q. Fabio Sena Fabrício Gama Facebook Fainor Fainor Garage Band Famus Feira de Flores de Holambra Felisquié Fenix Rock Bar Fernando Bernardino Festa do Divino Festas Populares Festeccon Festivais Festival Avuador Festival da Juventude Festival de Inverno Bahia Festival de Música da Bahia Festival Educadora FM Festival Internacional de Violão Festival Nacional da Canção Festival Nossa Arte Festival Pra Cantar Junto Festival Rádio Rock Festival Suíça Bahiana Festival União Brasileira do Blues Festival Unimed do Sudoeste de Música Festival Universitário Intercampi de Cultura e Arte - FUICA FestUesb Filarmônicas Fita Amarela Fliconquista Flor de Tangerina Folk FomeStop forró Forró Temperado Fotos Freebird Gafieira Brasil Gal Costa Garboso Gean Ramos Pankararu Geórgia Nunes Geral Geraldo Azevedo Geslaney Brito Geslaney Brito e Iara Assessú Gil Barros Gil Brito Gil Ferraz Gilberto Gil Gilmar Cardoso Gilmar Dantas Gilmara Baby Gimba Jardim Giorlando Lima Glauber Rocha Glória Groove gospel Graco Lima Jr Grito Rock Grupo Barros Grupo Roama Guanambi Guigga Guilherme Arantes Guilherme Barbosa Guilherme Menezes Gutemba Haeckel França Heavy Metal Heleno Ribeiro Hemoba Herberson Sonkha Herzem Gusmão Hiaguinho Hinos história oral Homens de Cabaré Humberto Pinheiro I. Malförea Ian Kelmer Iara Assessu Ice Drink Imagem Casa Som Imagem do Mês In Mundos In The Rocks Inércia Ingrid de Castro Brito Inside Hatred Iracema Miller Isadora Oliveira Ítalo Silva Itapetinga J.C. D'Almeida Jackson Alcântara Jacqueline Jack JayVee Jean Cláudio Jeanna Lopes Jequié Jeremias Macário Jingles João Donato João Omar João Paulo Pereira Joe Malfs Clan Jorge Luis Melquisedeque Josilene Pires Matias Jota Menezes Jota Quest Judson Almeida Juliana Brito Julio Caldas Junior Damasceno Juraildes da Cruz Kako Santana Karina Costa Kelly Prado Kessller La Pança Ladrões de Vinil Larissa Caldeira Larissa Luz Larissa Pereira Lei Paulo Gustavo Léo Lima Léo Santana Letras Letras & Prosa Liatris Lili Correia Live Solidária Lives Lívia Ellen Livros Locutores Lollapalooza Lomantão Loro Borges Lucas Arruda Lucas Gerbazi Lucas Índigo Lucas Lins Luciano PP Lúcio Ferraz Luiz Caldas Luiza Aldaz Luiza Portal MAC - Movimento Artístico e Cultural de Vitória da Conquista Máfia da Mortadela Magoo Malförea Mallu Magalhães Mandacaroots Manel Manno di Sousa Manual do Músico Marcelo Bonfá Marcelo Lopes March of Revenge Marcha do Orgulho LGBTQIAPN+ Marcha para Jesus Marcos Marinho Mari Fernandez Maria Bethânia Maria Elena Menezes Oliveira Mariana Kaoos Marisa Monte Marlua Marta Moreno Mary Ouro Massicas Massinha Mastruz com Leite Mauré Mauricio Sena Maurício Sena Max Santoli Mazinho Jardim Melhor Feijão do Mundo Memória do Rádio memórias Metal Mi do Carmo Miconquista Mictian MIDAS Miguel Côrtes Mina Mórficos MPB MPBlues Mulher no Samba Musaé Música Autoral Musicante Sudoeste Músicos e bandas Nagib Natal Conquista de Luz Natal da Cidade Natália Bueno Nathan Soares Nattan Náufrago Urbano Nelson Pereira Nunes Nem Tosco Todo Nem Tosco Todo e as Crianças Sem Futuro NEOJIBA Nephtali Bitencourt Neto Comander Nilton Junior No Canto do Choro No Palco Nós Vozes & Eles Notícias ÑRÜ Nuclearte O Piquete O Rebucetê OAB Oktober Rock Old Stove Onildo Barbosa Orion Music Company Orquestra Conquista Sinfônica Os Barcos Outra Conduta OutroEu p Pablo Fornasari Pablo Luz Palestras Pandemia Papalo Monteiro Paraki Parrázio Patagônia Paul & The Moondogs Paul Bergeron Paulo César de Araújo Paulo Gabiru Paulo Macedo Paulo Pires Pedro Sampaio Pesquisas Petrônio Joabe PH Pilot Wolf Pindaí Pipa Pipa Música Plácido Oliveira Playlists PMVC Poções Podcast do Moss do Som Podcasts Poesia Point do Rock Pop PPGMLS Praça Barão do Rio Branco Praça da Juventude Praça Tancredo neves Prêmio Suíça Bahiana de Música Princípio Ativo Priscila Correia de Sousa Carneiro Produtores Programa Positividade Programas de rádio Público Punk Rock QGRecords Quarentena Quarteto de Blues Quermesse de Santa Dulce Quintas de Maio Rádio Baixaria Rádio Câmara Rádio Clube Rádio FM 100 Rádio Shiga Rádio Up Rádio USP rádios Rafael Flores Raifran Raimundo Sodré Ramanaia Randômicos Rap Raquel Dantas Real Rock Fest Reason Reconquista Recrucifixion Rege de Anagé Reggae Regional Reis Reis do Crime Renato Russo Renegados Retilínea Revista Gambiarra Ricardo Castro Ricardo Marques Rita De Cássia Oliveira Lima Alves Roberto Carlos Roberto Sant’Ana Robson Falcão Rock Rock Cordel Rock em Prol Rock Vertente Romário Ronaldo do Sax Ronny Voxx Rony Barbosa Rubenildo Metal Salvador Samba Samba & Pagode São João Sarau Multiverso Sarau Somos Vozes SASB Schangay Selvagens à Procura de Lei Séries SESC Sheila Lima Shows Signista Simone da Silva Guerreiro Singing Along Sintoma de Cultura Social Freak Som da Tribo Sorrow's Embrace Spit Clown Sr. Pokan e os Tangerinas SS-433 Stratozero Suffocation of Soul Supercílio Tales Dourado Tambores & Cordas Tamires Dias dos Santos Tarcísio Santos Tarde UESB Taro Tarsis Valentim Társis Valentim Teatro Carlos Jehovah Terno de Reis Santa Bakhita Terno de Santo Reis teses Teu Soares Textos científicos Textos e reportagens de época Thais Macedo Lopes The Dug Trio The JackHammers The New Old Jam The Outsiders Thiaguinho Thomaz Oliveira Tiamat e os Garotos Perdidos Titãs Toca Autoral! Tomarock Tombstone Tonico Almeida Top Love Tosco Todo TR MC Trabalhos acadêmicos Três do Crime Tres Puntos Três Reis Magos Trio da Huanna TV Sudoeste TV UESB TVE Bahia UESB UESB FM UESC UFBA UFPB Uma Terra Só UMC UNIMUS Vadinho Barreto VDC Hip Hop GT Festival Vídeo do Mês Videoclipes Viela Sebo-Café Vinew Vinícius da Costa Januário Vital Farias Vitória da Conquista VOceve Weldon França Weldon Silva. Weldon França Weslei Gusmão Piau Santana WN$ Xangai Xuxa Yasmin Luene Zé Baticabo Zine

Acervo de Entrevistas

#museudorockvca

Doe sangue!