CNPJ: 16.418.857/0001-66
Lei de Utilidade Pública Municipal nº 925/98
MAC – Movimento Artístico e Cultural de Vitória da Conquista
Nesse novo momento, estamos apreensivos e ao mesmo tempo esperançosos com a proposta do atual governo federal para a pasta da Cultura, que além de trazer de volta, a liberdade e às discussões dentro do processo Democrático, na medida em que o MinC, (Ministério da Cultura), foi reconstituído ou recriado, com várias propostas inclusive, algo tão previsível e real, de que a CULTURA, é fato gerador de emprego e renda e tem um percentual bastante representativo, sobre o PIB (Produto Interno Bruto) da Economia da Cultura e Indústrias Criativas (ECIC) no Brasil. O novo indicador aponta que o segmento respondeu por 3,11% das riquezas geradas no país em 2020, o que equivale a R$ 230,14 bilhões dos R$ 7,4 trilhões movimentados pela economia no período. Segundo os dados do relatório final do gabinete de transição (12/2022), houve uma perda de 85% no orçamento da administração direta para a cultura desde (2016/2022), e de 38% no da administração indireta. O Fundo Nacional de Cultura (FNC), principal mecanismo de financiamento governamental do setor, teve seu orçamento reduzido em 95% nesse período, representando uma tragédia imensurável para toda a classe artística do país, claro tudo isso, ainda mais potencializado com os efeitos da Pandemia da Covid, quando o Setor Artístico Cultural, foi o primeiro a paralisar as atividade e o último a voltar para a cena cultural/artística, assim, às diversas áreas do chamado show business brasileiro. Esse período de pandemia que atravessamos e ainda vivemos de certa maneira nos deu ao menos uma grande certeza: a arte, a cultura e o entretenimento nos ajudaram a atravessar os momentos mais difíceis do “isolamento social”, ao mesmo tempo, mostrou e reforçou a importância da arte na vida das pessoas...Trazendo a reflexão para a nossa aldeia Vitória da Conquista, como está o processo cultural, a quantas anda a discussão sobre as Artes e a Cultura na nossa Cidade...? A velha e contemporânea discussão sobre Políticas Públicas Culturais para as diversas áreas da Cultura...? Temos Políticas Públicas...? Ou tratamos as Artes e a Cultura da Cidade, com desdém, descaso e ou sem importância...? E como se fossem/pudessem ser restritas e reduzidas a apenas dois eventos por ano...? A saber: o Natal na Praça e o São João...? Será isso mesmo, que são Políticas Públicas para as Artes e a Cultura...? Vamos além, mas afinal, como estão sendo conduzidos os nossos equipamentos públicos...? Tais como, Teatro Carlos Jeovah, ou mesmo o Cine Madrigal, espaços importantes e imprescindíveis para a Cidade, mas, especialmente, para a classe Artística da Cidade, que carece de ampliação de Espaços, para a apresentação dos Espetáculos Musicais, de Teatro, Dança, Artes Plásticas, Literatura, Cinema, Folclore popular, etc, etc... Em especial do Teatro Carlos Jeovah, temos tantas boas lembranças daquele espaço, mesmo antes do surgimento do MAC – Movimento Artístico e Cultural de Vitória da Conquista, que foi fundado no Ano de 1986, na Escadaria daquele Teatro... Quanta coisa importante que lá acontecera... Uma outra pergunta, a gestão pública, tem um registro da memória daquele Espaço Cultural...??? Assim como do Cine Madrigal...??? Que providências estão sendo tomadas, para a reforma ou reconstrução desses espaços...? Temos algumas informações sobre possíveis recursos que poderão vir, para a Reforma dos mesmos, será verdade...? Bem como, sobre as Conferências e os Seminários de Cultura, espaços democráticos, para a discussão livre aberta e fundamental para buscar reunir a classe Artística e Cultural, todos os Coletivos, os Artistas Independentes, das diversas áreas e quem sabe pensar a Cultura da cidade de forma grande, ampla geral e irrestrita...? Temos tantos grandes Debates pela frente, por exemplo: As leis Paulo Gustavo (Lei Complementar 195/2022) e Aldir Blanc 2 (Lei 14.399/2022) serão temas centrais do seminário “Novos Caminhos para as Artes e a Cultura”, do município do estado e do país. É no mínimo, muito estranho e limitativo, governos que não se colocam publicamente para às grandes discussões e debates sobre os diversos temas que envolvem a sociedade, mas, neste caso, os Grandes Temas que envolvem as Artes e a Cultura do Município, ou quando se colocam, de forma pouca compreensiva, omissa, atabalhoada e sem a divulgação necessária. É válido ressaltar, que temos diversas associações e instituições artísticas e culturais na Cidade, além de todos os Coletivos voltados para as Artes e a Cultura, os Artistas Independentes, enfim, estamos a manifestar uma grande preocupação com a realização desta Conferência Municipal de Cultura, da forma pouco discutida, ou não discutida, na sua integralidade com a classe artística, ou mesmo com a sociedade civil, até mesmo como referência reversa e contraditória, a um dos eixos temáticos da Conferência, o eixo – 2 : (Democratização do acesso à Cultura e Participação Social), a se questionar, o que se entende por eixo temático...??? Assim, nos colocamos para oferecer algumas contribuições, propostas e sugestões dentro da discussão do processo cultural da nossa cidade.
MAC – Movimento Artístico e Cultural de Vitória da Conquista
Em, 10/09/2023*
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Nota do Editor: o texto acima, disponibilizado espontaneamente pelo autor, foi publicado neste site para fins de preservação histórica das movimentações artísticas, especificamente musicais, existentes em nossa região (Fase 2 do Projeto), não representando, em qualquer nível, a opinião/posicionamento do Memória Musical do Sudoeste da Bahia. O espaço, reiteramos, é disponibilizado a todos, desde que guardando relação com o nosso objeto de pesquisa - a musicalidade da região sudoeste da Bahia.
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