Há algumas semanas publicamos
aqui a matéria do site da UESB sobre a nossa pesquisa sobre o rock autoral conquistense. A entrevista que serviu de base se deu por e-mail, com perguntas bem definidas. Obviamente, houve uma edição para que fosse apresentada ao leitor uma narrativa compatível com uma matéria jornalística, o que é comum. Apesar disso, acaba-se perdendo um pouco do sentido original das respostas, afinal, ninguém melhor que o próprio entrevistado para expressar exatamente o que acontece em seu contexto. Pensando nisso, disponibilizamos para vocês a íntegra das respostas, exatamente como foram enviadas à jornalista Joana Rocha. Assim, colaboramos com mais esse registro sobre as movimentações musicais da nossa época. Confira.
Plácido O. Mendes (I. Malförea / Joe Malfs)
1. Porque a escolha do tema
e como ele se deu? Qual o objetivo da pesquisa?
A escolha do tema se deu de forma
bastante natural: desde a parte inicial do recorte, que eu denomino ascensão da cena rock conquistense (primeira
metade da década de 2000), quando eu ainda era um jovem estudante de História e
começava a frequentar os shows, ensaios e a participar de bandas como
vocalista, já havia uma consciência de que algo especial acontecia. Então,
sempre que possível, guardava cartazes de shows, salvava reportagens de sites,
fotografava bastante, sem saber direito o que fazer com tudo aquilo, mas certo
de que, mais cedo ou mais tarde, trabalharia naquele material. Me inspirava na
cena do rock de Brasília da década de 80, que gerou nomes como Legião Urbana,
Capital Inicial, Plebe Rude, dentre outros. Percebia muitas semelhanças entre
as duas cenas, ainda que situadas em momentos diferentes. Outras pessoas
conhecidas também costumavam colecionar material como eu.
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A banda Distintivo Blue, em Sousa-PB, durante turnê em 2014. Crédito: Emerson Marvin |
para,
enfim, realizar esse projeto antigo de preservação da riquíssima musicalidade
da nossa região, de forma mais genérica, não focando apenas no rock, pouco a
pouco, publicando o material que tinha em casa, pesquisando em sites locais,
buscando gravações antigas de artistas que não as disponibilizaram em
plataformas digitais, etc. Já havia feito trabalho parecido de 2011 a 2017 com
uma zine/portal/podcast chamada BLUEZinada!, voltada especificamente para o
blues, sobretudo o nacional. Foi quando, num estalo, me lembrei do Programa de
Pós Graduação em Memória: Linguagem e Sociedade da UESB e de como ele seria
perfeito para o que eu já fazia. A ideia de transformar a minha despretensiosa
pesquisa com o site em algo mais sério, acadêmico, tornou-se rapidamente um
pré-projeto. Foi tudo muito dinâmico: tive a ideia, coincidentemente (ou não), em
pouco tempo saiu o edital de seleção do Programa, redigi meu projeto, passei
por todo o processo de seleção e, surpreendentemente, em poucos meses eu estava
matriculado no Programa e me tornando discente da UESB pela terceira vez.
Um
elemento importante para o desenvolvimento da minha pesquisa é: sempre fui
entusiasta da música autoral. A música autoral, em minha opinião, é um retrato
importante do local, das pessoas e do tempo em que foi composta. Logo, me
preocupa/incomoda quando percebo, em pleno Estado de Direito, pessoas se
calando, abrindo mão da sua tão valiosa liberdade de expressão. O rock é, antes
de tudo, um grito por liberdade. Foi ao som do rock que importantes e positivas
transformações sociais aconteceram no século passado. Para ficar num só
exemplo, foi em shows de artistas como Chuck Berry que jovens brancos e negros literalmente
derrubaram as barreiras que as separavam para celebrar a música. Então, costumo
dizer: se quiser entender a mentalidade
de um país e seu tempo, ouça seu rock: ele diz muito! Nosso próprio país
ilustra muito bem isso. Assim, ao perceber, ao início do período que denomino declínio da cena conquistense (a partir
de 2013, aproximadamente), um encolhimento da música autoral e um crescimento
dos chamados shows-tributo, senti a necessidade
de me debruçar sobre esse fenômeno, para compreendê-lo, bem como para mostrar
que o rock conquistense (e neste ponto já não me refiro apenas ao autoral) merece
ser estudado e devidamente posicionado à história cultural local como um
movimento legítimo e digno, ainda que ancorado num gênero musical estrangeiro.
Como disse, o rock diz muito, e possivelmente seja o gênero com maior
capacidade de se moldar aos inúmeros contextos mundo afora, por isso, seu
silêncio pode significar um ensurdecedor conjunto de fatores passando
despercebidos. Para mim, é um grande
equívoco ignorar a cena rock de uma cidade pelo simples fato de não se encaixar
no rótulo música regional.
2. Descrever a Metodologia
utilizada.
O que houve em Conquista entre
2000 e 2019, que é o meu recorte, foi de grande importância sociocultural, mas
não foi único: o mundo inteiro testemunhou cenários semelhantes, não por acaso.
Aconteceu, a partir do final da década de 1990, uma verdadeira revolução na indústria
musical: a novidade da música digital em CD e a popularização dos
microcomputadores, seguida pelo advento da
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Recorte do jornal independente Cultura Jovem (2003) distribuído gratuitamente nos shows de rock à época. Crédito: Plácido O. Mendes |
internet foi o terreno ideal para um
grande crescimento da pirataria, sobretudo no Brasil. Quando o formato MP3 se
consolidou, as grandes gravadoras entraram em verdadeiro parafuso, numa batalha
violenta para compreender seu lugar no novo mundo, onde a comunicação se tornou
rápida e barata. A troca de experiências musicais atingiu níveis inéditos de
abrangência e dinamismo. Assim, o fonograma, que correspondia a aproximadamente
2/3 da renda dos artistas, passou a valer quase nada. Dessa forma, a
apresentação ao vivo tornou-se o carro-chefe da indústria (perceba que,
atualmente, ao se ver um comercial de artista na TV, não se ouve mais disponível em CD, LP ou cassete, mas ouça agora em sua plataforma musical favorita. Não se compra mais o
fonograma, e sim o serviço de streaming)
e isso se refletiu nas cenas independentes locais. Com a nova realidade dos home studios, a comunicação facilitada,
inclusive em nível internacional, formas mais simples e baratas de se aprender
a tocar, como os sites de cifras, os jovens foram encorajados a montar bandas,
ocupar espaços e se autoafirmar como tribos
urbanas. A cena de Vitória da Conquista teve a mesma gênese das demais cenas
pelo Brasil. Por isso, a minha pesquisa se divide em duas partes, sendo a
primeira sobre entre esse estudo do macro para o micro, analisando as
transformações da indústria musical, intimamente ligadas ao advento da
internet. Revoluções aconteceram através de articulações em redes sociais. Não
seria diferente por aqui. Essa parte da pesquisa é basicamente bibliográfica.
Nesse meio tempo, me aproximando do local, há o interessantíssimo estudo do
professor Will Straw, canadense, que aperfeiçoou, nos anos 90, o conceito de cena, fundamental em minha pesquisa.
Na
segunda parte, evocamos Maurice Halbwachs, Pierre Nora, Michael Pollak e outros
pensadores da memória em um consistente trabalho de história oral. Realizei 14
entrevistas com diferentes personagens da cena do rock conquistense, de
diferentes categorias: músicos, produtores, técnicos de som, o público,
jornalistas, incluindo pessoas que também vivenciaram períodos anteriores ao
recorte. Isso foi muito importante para verificar se realmente a cena começou a
se desenvolver apenas no período em que delimitei ou se seria uma hipótese
equivocada. Um elemento determinante foi o fator pandemia. As entrevistas foram realizadas no ano passado, por isso,
me foi impossibilitado o contato presencial. A experiência de se trabalhar com
história oral por meio digital (escolhi a plataforma adotada pela UESB para as
aulas remotas: o Google Meet, por ser simples e eficaz) em si já seria (e está
sendo, pelo que percebo nas plataformas científicas) um belo objeto de estudo. Já
estou, inclusive, preparando um artigo sobre essa experiência em si. Os
desafios foram e estão sendo grandes, mas sigamos em frente!
3. Importância (impacto
sociocultural), seja para a comunidade pesquisada, mas também para as pessoas
da sociedade que tiveram e terão acesso à pesquisa de mestrado. (Se estiver
disponível em algum link, favor deixar registrado aqui).
Quando comecei a selecionar
pessoas para as entrevistas, usei as redes sociais para divulgar a minha busca,
não só para mostrar, através do @memoriasudoeste, que havia alguém pesquisando a música
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A banda Ladrões de Vinil em 2010, no Teatro Glauber Rocha (UESB). Crédito: Plácido O. Mendes |
local (isso
porque é algo ainda raro, sobretudo quando falamos em rock), mas para
incentivar as pessoas a participarem. Quando uma pessoa era entrevistada,
contava a outras e, surpreendentemente, me vi na dramática situação de recusar
propostas (inclusive levei até bronca por não convidar X ou Y) por ter um
cronograma a cumprir (que já fora suficientemente bagunçado pela pandemia e a
dramática adaptação à condição de confinamento) e por ser, o trabalho de
história oral, lento e, não raro, árduo, sobretudo na fase de transcrição. Isso
me trouxe um dado muito relevante: as pessoas, os membros da cena, se importam
com ela e têm interesse em preservar sua memória. De certa forma, é como se
aguardassem por alguém, um pesquisador, um jornalista, para documentar e
externar suas experiências. Isso me deixou verdadeiramente feliz por ocupar
esse papel neste momento. A minha pesquisa representa uma iniciativa concreta
em favor do merecido posicionamento desse grupo social e sua identidade junto à
história cultural da cidade. Temos Elomar e Xangai? Temos! Mas também temos
Ladrões de Vinil, Cama de Jornal, Liatris, Dona Iracema, ÑRÜ, Distintivo Blue,
Renegados, Garboso e uma lista que parece não ter fim. Tudo isso, somado aos
tradicionais ternos de reis, à genial geração que brilhava nos festivais de
música dos anos 80 e 90, a banda da Polícia Militar, as tão inclusivas
orquestras, a cena do hip-hop conquistense e os artistas de gêneros mais
popularescos (que também sofrem o preconceito da academia) formam a(s) identidade(s)
musical(is) daquela cidade que volta e meia é chamada de celeiro de grandes artistas. Mas quais são esses grandes artistas?
São muitos, e me encarreguei de tratar sobre alguns deles, pertencentes a um
grupo, um nicho específico. Encorajo e convido a você, leitor(a), a escolher
mais um nicho (ou até mesmo o que eu escolhi, porque cada pesquisa terá seu próprio
ângulo de visão) e contribuir com esse importante trabalho de preservação da
nossa memória e, consequentemente, nossa identidade enquanto conquistenses,
baianos, brasileiros.
4. Quais fatos importantes e/ou curiosidades a pesquisa te revelou?
Como disse, há pouquíssima bibliografia sobre o rock
conquistense (na verdade, apenas dois livros: A Conquista do Rock, um panorama geral de Raquel Dantas e a
autobiografia Vagando Por aí, de
Emanuel Nem Moraes, vocalista e
compositor da banda Cama de Jornal), então me preocupei bastante com a
verificação das minhas hipóteses, que se mostraram consistentes. Minha
principal fonte foi a oral, através das entrevistas. Uma curiosidade foi a
receptividade e a boa disposição em colaborar que obtive pelas pessoas. Elas
realmente me mostraram que os grupos sociais aos quais Halbwachs se refere como
indispensáveis à manutenção da memória coletiva ainda existem. Não detectei
contradições entre um relato e outro, me inspirando uma certa segurança. Essa
boa intenção, somada à disposição de outras pessoas à experiência da entrevista
me trouxe a ideia de, posteriormente à apresentação da minha dissertação, no
primeiro trimestre de 2022, produzir um livro de entrevistas, incluindo as 14
já realizadas e, possivelmente, acrescentando mais 6, aí sim, inserindo também
o meu relato pessoal. É um tema bastante prazeroso de se estudar.
5. Como a pesquisa constrói esse processo de ascensão e declínio
do Rock Autoral de Conquista?
Essa divisão em fases foi bastante simples e, aos
que pertenceram à cena, mostra-se, até mesmo, um tanto óbvia. Tivemos, a partir
de 2000, um boom de eventos de rock e
bandas, que, para muitos, pareceu até mesmo repentino. Nesse período, os shows
eram organizados, em sua maioria, por pessoas comuns, sem formação ou histórico
de produção ou algo parecido. A cena era muito espontânea: a garotada queria
ouvir, cantar e tocar rock, então criava seus eventos e suas bandas. O som
predominante era o cover (quando uma
banda toca músicas de outras bandas, geralmente consagradas pelo mercado),
havendo poucas bandas autorais. De festas em residências, a cena chegou aos
lendários festivais ao
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O radialista Miguel Côrtes, em 2009, no estúdio dO Som da Tribo. Crédito: Plácido O. Mendes |
estilo Woodstock,
como o Agosto de Rock, Rock Vertente, ACRock e os palcos do rock nas micaretas.
Esses eventos contribuíram consistentemente à firmação de uma identidade e à
sensação de pertencimento a um grupo social movido pela música (mas não
qualquer música: o rock e gêneros próximos), que atua pela sua manutenção, que
chamamos aqui, grosso modo, de cena
musical. Esta foi a fase de ascensão,
onde todos criaram as bases do movimento, aprendendo suas funções na prática.
Já a partir de 2009, o contexto era diferente: a comunicação online evoluíra
com a presença dos smartphones, a internet móvel, a banda larga e plataformas
de música independente, como o MySpace e o brasileiro Palco MP3, além de
iniciativas importantes como o Circuito Fora do Eixo, que transformou a América
Latina numa gigantesca cena independente. Aqui, a música autoral, somada ao
empreendedorismo musical, tornaram-se a máxima, rumo ao tão sonhado viver de música. Foi quando apareceu o streaming (modelo predominante até hoje,
mostrando que as grandes gravadoras fizeram o dever de casa e encontraram seu
caminho). O videoclipe ganhou protagonismo e muitas bandas passaram a fazer
turnês nacionais. Foi o momento da profissionalização incentivada. Cursos
online e ciclos de palestras, oficinas, cursos do chamado negócio da música tornaram-se comum. Nesse sentido, o papel do
curso de Comunicação Social da UESB foi fundamental, uma vez que seus alunos
participaram ativamente desse processo, através de matérias em sites, programas
de rádio, assessorias e comunicação visual, além do grande termômetro da cena
conquistense, presente desde o início do recorte: o programa
O Som da Tribo, produzido e
apresentado pelo saudoso Miguel Côrtes, cujo falecimento em 2012 causou grande
impacto na cena. Esta fase que classifico como auge mostra sinais de cansaço a partir de 2013, por uma série de
fatores que ainda me debruço para compreender. As bandas passaram a se
desfazer. Muitos músicos desistiram da carreira para se dedicar a outras
atividades. Não podemos ignorar o fato de que teve início neste ponto uma séria
crise econômica que destruiu sonhos. O ano de 2016 foi difícil para todo o mercado
musical, e todos os envolvidos na cadeia produtiva sofreram: músicos,
contratantes, proprietários de espaços, e o próprio público... Em tempos
difíceis, como sentimos na pele neste momento, o primeiro setor a ser
guilhotinado é o do entretenimento, o cultural. Não dá pra gastar dinheiro em
shows se falta dinheiro para pagar o supermercado. À fase de declínio havia a necessidade de se gerar
renda de forma rápida: não era possível trabalhar numa lenta formação de
público autoral. Os jovens do ano 2000 tornaram-se adultos com família e
responsabilidades. Foi a época do surgimento
das feiras gastronômicas e encontros de moto clubes, a maior presença das
cervejarias artesanais, e tudo isso demandava uma trilha sonora: os clássicos
do rock. Num evento como esse, uma banda autoral pode não ser tão bem-vinda
quanto uma banda-tributo. O público deve sentir-se acolhido pelo evento e
permanecer ao máximo em seu espaço, e nada melhor que um bom clássico para essa
missão. O mesmo se aplica aos bares. Aqui já não temos a predominância das
festas independentes: a maioria dos shows de rock acontecem em feiras
gastronômicas e bares com suas próprias regras e estratégias de captação de
clientela. Esse foi o cenário até chegarmos em 2020, que selou violentamente o
fim de uma era.
6. De que
maneira, a pesquisa aborda a discussão dos riscos de esquecimento em nome
da nostalgia? Como músico, como foi tratar essa questão?
Quando apresentei o projeto à seleção de mestrado do
Programa, utilizei essa expressão no subtítulo do trabalho: o risco do esquecimento em nome da nostalgia,
me referindo a um fenômeno interessante, que se tornou comum na fase de declínio: os contratantes passaram a
exigir das bandas que abrissem mão das suas músicas autorais, substituindo-as
pelos chamados clássicos do rock:
Guns n’ Roses, Led Zeppelin, Black Sabbath, Dire Straits, Deep Purple, Raul
Seixas, Legião Urbana... Ou seja: aquela mesma geração do rock conquistense que
produziu tanto material original e se inseriu no circuito independente nacional
(fato que foi aclamado e incentivado na fase do auge) deixava, gradativamente, de se expressar através das suas
músicas para atender a uma crescente carência nostálgica de um público e
contratantes que demonstravam não se importar com a cena local. Assim, as
bandas-tributo tornaram-se cada vez mais numerosas e esforçadas em reproduzir fielmente
os timbres e repertórios de décadas passadas, em especial as de 60 a 80. Como
músico, senti na pele essa pressão para tocar
músicas que o povo conhece (frase que ouvi inúmeras vezes) e provavelmente
este foi um dos grandes motivos que culminaram no desânimo dos meus
companheiros, que desistiram da música como profissão, e no desmembramento da
minha banda, a Distintivo Blue, em 2017. A cena deu lugar a um mercado, movido
pela nostalgia e, consequentemente, o dinheiro fácil e rápido que essa
nostalgia proporciona. Importante destacar que não me posiciono contrário à música
cover (afinal, cada músico traz em si
a liberdade de tocar o que quiser e o público a de escutar o que quiser), mas à
substituição da autoral por ela. Esse é o risco do esquecimento a qual me
refiro e, sinceramente, não faço ideia do que virá para o rock conquistense
pós-pandemia. Me resta apenas torcer para que uma nova cena se forme, mais
consciente e forte. Tenho de manter a esperança nos mais jovens. Espero,
também, que a minha pesquisa, que ficará disponível a todos, contribua um pouco
para isso.
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