[2020] Carlos Porto: que será do Conservatório Municipal?

Também quero saber!

Nossa pergunta!

Boa pergunta!

Boa!

Mestre, uma pergunta muito acertada e necessária...

O 

Conservatório Municipal

 ja é um espaço sagrado da música de Vitória da Conquista, já que dele saíram tantos talentos que hoje representam nossa cidade em todos os cantos do mundo. Não pode ser tratado simplesmente como uma escola de música, mas é um espaço de esperança para jovens e adolescentes que queiram que a música seja parte do seu universo como indivíduos e cidadãos. Em 2013, como secretário de Educação eu sugeri ao prefeito Guilherme e executei o I Festival Internacional de Violão de Conquista. Para além do evento em si, foi um exercício de buscar a essência da música como elemento de transformação social. Nessa caminhada como candidato a vereador, me comprometo em, não só defender o conservatório, mas também fazer com que nossa cidade desenvolva o seu potencial como uma terra das artes, da cultura e da cidadania.

O PSB tem um projeto pra o conservatório muito bacana ! pena que esse polarização não dá espaço pra o novo.

Pois é.Eu também quero saber

Meu amigo caro amigo Carlos, falou do conservatório é lógico que eu viria aqui me expressar, pois estou no papel de coordenador administrativo do conservatório municipal de Música - CMM atualmente. o CMM é referência e sempre será na nossa cidade, isso não muda a essência musical que de la vem em todo esse tempo de existência. No Momento estamos passando uma grande dificuldade enfrentando essa doença e dificultou muito o andamento das coisas, não só para o CMM, mas para todas as escolas , o conservatório não esta morto, estamos trabalhando em ( Home office ), todos os professores estão dando aula através de zoom, meet, youtube e tudo mais, O Conservatório Municipal de Música sabe do agravo do ( COVID -19 ) e esta trabalhando para o melhor funcionamento da escola , estamos cada dia tentando desenvolvendo aparatos tecnológicos para facilitar cada vez mais a comunicação entre docente e discente e tentar seguir online o funcionamento de todas as atividades musicais. Lembrando que deixei bem claro que ninguém vai perder sua vaga, a vaga de todos os alunos esta garantida. Vocês me conhecem como músico e sabe da minha pessoal , obviamente devem saber que onde estou tento levantar , melhorar, nunca piorar. Agora respondendo sua pergunta, o conservatório esta vivo mais vivo que do nunca e se depender de me vai muito mais longe. Grande abraço meu amigo, qualquer dúvida entre contato comigo, estou sempre a disposição .

Como o que será ? Ninguém aparece lá prá ver como está. Inclusive eu tento falar via mensagens, telefonemas, com alguns artistas que poderiam contribuir e não consigo. A pessoa não atende é muito menos responde às minhas mensagens. Por isso, antes de fazer comentários indevidos, vá lá. Muito infeliz sua indagação.

Importante questão levantada por Carlos Porto. Quantas pessoas que fazem através da música, a vida ficar mais leve e bela já passaram pelo 

Conservatório

Municipal como aprendiz ou Mestre? O debate sobre esse espaço é a nossa política cultural é salutar.

Dificilmente alguém que não conhece a preocupação de quem pensa as Artes, a Cultura, e sobretudo vive em um universo de insegurança e constante inoperância politica em relação a essas questões, pode dimensionar a preocupação do Maestro, e que também povoa a cabeça de diversos Artistas de nossa cidade. Inexiste um projeto que contemple a produção e expressão cultural na cidade. É legitimo que se questione, que se estimule o questionamento e até que mesmo que se discorde dos posicionamentos dos atuais gestores´. Mesmo que vivêssemos um IDEARIO de ações governamentais com Editais, Festivais, Concertos e apresentações, que se tornaram raríssimos ou simplesmente jamais aconteceram, deveriam essas pessoas que estão a frente de um movimento que não informa, não convida nem permite críticas, tentar construir esse espaço de voz e vez para os artistas...Do contrário se incomodam dolorosamente, detestam sugestões, pois pressupõem, como todos os ignorantes e inoperantes, que se quer "Conspurcar ou Macular" seus desígnios e desejos que jamais se cumprem. A Conquista que valoriza a Cultura Morreu com os FIB´s, com as ações privadas e com os movimentos do Teatro e das Artes Plásticas totalmente particulares...Quando as administrações publicas ousaram ousar e pensar projetos, a nossa cidade passou a ver eventos vultosos em custos e raros eventos de fomento as Bels Artes...Por ultimo estamos no lugar que chegamos, o de Cultura ZERO! Afinal, como sempre diz meu velho e Culto Pai, "Quem não conhece, Não RECONHECE"!

O 

Conservatório Municipal

 de Vitória da Conquista teve um papel fundamental na minha formação enquanto músico. Através dele tive contato com músicas de altíssima qualidade e um ensino que me deu a base que eu precisava para ingressar na faculdade de música da UFBA. O quadro de professores é de altíssimo nível e os que tive foram muito inspiradores pra mim. Foi Através do conservatório que comecei de fato a me apresentar publicamente na cena musical da cidade. Eventos como Ensaios de palco promovido pela CMM, Primavera de museus, Tons da Terça, É por isso que eu canto, Natal da Cidade e Forró pé de Serra do Peri peri fizeram parte do meu repertório e nada disso teria acontecido se não fosse o apoio e incentivo dos professores, diretores e coordenadores do CMM. Viva o conservatório municipal! Gratidão eterna!

Olá 

Carlos

! Tudo bem?

Por enquanto a Cultura for adestrada para viver das migalhas do governo sempre ficara nesse estado. Só vai receber a sua pequena fração de alimento quando for conveniente em plataforma política. A Cultura tem que ser auto sustentável e desvinculada do interesse político.

A cultura é um meio de crescimento intelectual e do questionamento. Os políticos não têm interesse de fomenta-la isso seria dar um tiro no pé. Estamos na era da informação e podemos trabalhar como uma pequena semente, se organizando e aproveitando todos os meios que a tecnologias disponíveis hoje como ferramentas para tornar isso possível.

Devemos então descartar os recursos parcos fornecidos pelos governos? Não, devemos na realidade maximiza-los com nossa organização e esforços para reverter o quadro de hoje e usar esses recursos para tornar a cultura auto suficiente necessitando cada vez menos do governo. A cultura pode ter uma força tão grande que pode até definir a política. Vimos isso começar a acontecer nos anos 70 e início dos anos 80, só que os grandes poderes perceberam isso e aos poucos criaram meios de sufocar esse movimento, uma das artimanhas foi vincula-la ao governo para coloca-la em um ambiente controlado não a deixando crescer. Se alimentar demais pode engoli-lo e se alimentar pouco ela pode morrer dentro desse ambiente de controlado e ressurgir novamente em outro meio fora do seu controle.

O Conservatório foi muito importante isso é fato, mas só foi pela qualidade dos profissionais ali reunidos. Penso que exaltar o Conservatório ou coloca-lo como único vetor cultural é uma maneira de fazer as pessoas acreditarem que a Cultura só será possível através dele e abrir espaço para que políticos venham aqui fazer plataforma eleitoral.

Abraços!!!

O que será, Carlos? Será que o Conservatório será tratado como a CULTURA CONQUISTENSE merece? Como Ricardo disse" O conservatório não pode ser tratado simplismente como uma escola de música". Coaduno com ele no restante de sua fala e saliento que o espaço do conservatório deve fortalecer a nossa arte, os professores que fazem e que fizeram história no conservatório e não segregar.

Eu fui aluna do Conservatório Municipal, e digo com clareza, que ele me fez tomar o gosto pelo canto, pelos instrumentos, pela arte em si. Nós respirávamos música, e houve um tempo que, apresentávamos em festas da cidade, em espaços públicos... era uma mistura muito boa e com professores maravilhosos, não que os atuais não sejam, mas estou falando de minha época de aluna. Você, 

Carlos Porto

, inspirava muito os adolescentes, a sua didática, metodologia,até o modo como tratava o instrumento era inspirador até mesmo, para quem não tinha aula de violão .

Depois, vi o Conquista Criança, a percussão fazendo apresentações lindas juntamente com a galera do Conservatório... era lindo de se vê.

Espero que, o próximo governo, tenha um olhar mais carinhoso para com os professores que já passaram pelo conservatório e que, com os atuais eles continuem a fazer esse trabalho supracitado que me enchia os olhos e muito me orgulhava. A Filarmônica, então? Incrível trabalho divulgado por toda Bahia, com lindas apresentações... sou saudosista do tempo que passava em frente a Catedral e ouvia os acordes dos instrumentos, pois o Conservatório era ali ao lado, central, para que todos tivessem acesso.

Carlos Porto, qualquer instituição teria muito orgulho de ter um profissional qualificado como você, o seu papel de incluir dentro das universidade músicos e formando verdadeiros gênios por meio do seu ensinamento...

Parabéns, nobre amigo, você será sempre referência na arte de ensinar música e em especial, o violão clássico ...

Sigamos, a história não dá salto!!!

Abraço fraterno e eterno do seu amigo da vida toda...

Amigo 

Carlos Porto

, parabéns pelo questionamento, realmente muito oportuno. Vamos aguardar que sejam mesmo apresentadas pautas voltadas para esse importante equipamento cultural da cidade. Forte abraço!

Carlos Porto é um gênio da música brasileira. Não só conquistense. E um mestre querido que já elevou a níveis altíssimos os seus alunos

Carlos Porto uma referência musical, uma referência de ser humano grande mestre.

O 

Conservatório Municipal

 assim como toda a gestão funciona perfeitamente nesse governo, sem as panelas ideológicas típicas do PT que tanto mal fazia aqueles que, por alguma demanda, buscavam algum serviço almejando tão somente a isonomia e a justiça também no funcionamento da administração pública.

Os arte-educadores do CMM/Vitória da Conquista, são profissionais competentes. A prova é o reconhecimento dos educandos que passaram ou que ainda estão por lá. A outra prova é o reconhecimento da comunidade, não só de V/Conquista como de outras cidades da Região Sudoeste, bem como de algumas de outros Estados.

Posto que educadores e demais partícipes do corpo de funcionários sempre trabalharam e trabalham em regime de colaboração, de cooperação. E esse aspecto de adjutório, fez e faz com que tudo funcione sob constante proposta de otimização.

A plataforma interacionista promove também legado, cuja projeção do trabalho traz reflexo do esforço e das pesquisas dos educadores, mas também do avanço dos alunos. Isso permitiu e permite produção de material didático que facilita tanto o acesso, como o desenvolvimento de educadores e educandos.

Além da produção de material, os educadores (sempre em conjunto com os demais profissionais), pensaram, discutiram, projetaram e realizaram eventos com características de mostras de arte, para que fossem apresentados os resultados dos métodos aplicados ao longo dos períodos letivos.

Os projetos paralelos e de alcance continuado, a exemplo do Movimento Violão Clássico retornaram e retornam à cidade, ações que vão para além do espaço físico do Conservatório, visto que são estruturadas apresentações a partir do nível que cada estudante/consertista se encontra; mas, sob perspectiva do estudante. Ou seja, as apresentações são projetadas a partir de uma construção coletiva. Docente e discente estruturam todo projeto, desde a escolha de repertório, passando por aspectos de produção do evento, até a realização do mesmo. Estabelecendo aprendizado sobre pré e pós produção.

Ainda que não seja, a rigor, a estrutura complexa de um evento, as construções coletivas propõem compreensão dos passos para realização dos eventos.

As vezes em que o Movimento Violão Clássico se apresentou, trouxe à sociedade conquistense a idéia de que os estudantes de música, junto aos professores podem e devem difundir o que já está consagrado como uma escola que promove o acesso e a construção do conhecimento sobre música.

Toda essa estrutura requer manutenção, requer apoio, requer que a sociedade se importe com o alcance que arte pode dar à cidadania.

Visto que está na Constituição Federal que o Estado tem obrigação de incentivar e manter as manifestações artísticas, cumpre então cobrarmos dos políticos conquistenses, tratamento cuidadoso sobre o assunto arte-educaçao. Sobre as pautas que preconizam o acesso ao aprendizado de arte.

Por Isso a provocação direcionada a todas as bandeiras ideológicas, que o amigo e colega professor Carlos Porto faz, sobre o que haverá de ser do Conservatório, é mais que pertinente. É necessária. É urgente.

Reitero a pergunta, sublinhando que Conservatório, bem como os demais projetos e profissionais de arte-educação que a nossa cidade tem (e que foram ampliados a partir do primeiro governo do Dr. Guilherme Menezes), devem figurar em todas os planos de governo dos candidatos e candidatas a prefeito/a e vereador/a.

E figurar em primeiro plano.

Muitíssimo importante esse questionamento caro amigo 

Carlos Porto

!

Maestro Carlos Porto, obrigado pela mensagem privada que me incentivou a comentar sua postagem. Sou candidato sim e muito atento a todas as questões de nossa cidade. Além do esporte, também já militei na Cultura Conquistense ao lado dos saudosos Jorge Melquisedeque, Jorginho e Paulo Mascena. No IV Projeto Universitário contracenei para uma multidão e percebi dois detalhes que hoje norteiam meus projetos para a Cultura Conquistense. 1: o autor do Projeto(Chico Luz) priorizou o "COLETIVO", proporcionando a participação de vários artistas. 2: A visão de extrapolar e propor uma nova vertente ao falar em Ecologia quando, à época, ninguém citava esse tema, algo tipo "BandAIDS" do Léo Jaime, abriu um leque como este post seu sobre o CMM. Houve "partilha". Todos os cursos da até então desconhecida UESB foram envolvidos na Gincana Cultural e Esportiva. E no encerramento, o Plantio de 3 mil mudas de diversas árvores na Serra do Periperi e UESB ao canto coletivo de "Cio da Terra" mostrou que a Cultura de um povo é sua raiz, caule, flor e fruto. No cartaz do evento, idealizado pelo mesmo autor, com Pintura de Romeu Ferreira, a paráfrase "Titãs": "O Pulso ainda assusta, mas o verde ainda pulsa", onde por uma mão cravejada com um galho de árvore escorria uma gota verde no pulso, ficaram instigadas novas leituras. O resgate cultural da cidade nas tarefas sobre Cafezinho, Lilita , meu famoso "nude", encenando com a atriz Valéria Valério "O Magassapo", atingiu a insensibilidade do radialista e hoje prefeito Herzem que sequer percebeu a nuance da grandeza cultural a que a peça sobre o "Cabaré de Lousa" se reportava. Insensibilidade esta que ele tem praticado não só com o CMM mas com toda a classe artística conquistense, oferecendo migalhas no valor dos cachês para O Natal da Cidade e São João. A minha inspiração no famoso quadro do "Homem que corre nu" denota hoje que a nossa cultura está com seu corpo a descoberto e abandonada. Não acho que o Poder Público deve ser o único fomento da Cultura mas cabe ao executivo municipal tomar as rédeas desse processo. Meu projeto perpassa por balizas como : Mapeamento e Resgate da Memória Cultural com sua consequente Preservação, União da Classe Artística em torno de um projeto amplo que atenda a todas as vertentes e, nestas , incluído o CMM, através da Estruturação e Manutenção de uma Política Cultural Conquistense mantida por Legislação Rígida e permanente para que Leis como o Decreto 6.344/91, assinado por Murilo Mármore, não virem letra morta. O meu mandato na câmara estará também à disposição da Classe Artística e da nossa cultura. Proponho desde já ampliarmos este debate tanto aqui neste espaço quanto com a possível realização de um novo Seminário de Cultura para que não só o CMM mas todos os artistas e entidades culturais possam debater propostas para trabalharmos, UNIDOS, junto ao novo Executivo e Parlamento desta cidade. Quanto ao seu trabalho, não há que se negar a importância do mesmo e os frutos produzidos, assim como o da Professora Arlane e sua equipe que tão bem administraram o CMM e corroboro todos os comentários positivos e elogios aqui já postados por nomes como Dr. Dirlei Bonfim, Nagib, Daniel e demais, além dos que virão. E salve o Maestro Vasconcelos e Maestro Alvinho!

Ótimo questionamento meu eterno professor e mestre Carlos Porto. O Conservatório Municipal tem uma enorme importância para a cidade e para os artistas locais, e com isso merece uma atenção especial; mas ampliaria o seu questionamento e perguntaria: O que será dos espaços culturais da cidade. Quais os projetos existente para estes espaços. Fui Secretário Municipal de Cultura, Esporte, Lazer e Juventude de Governador Valadares - MG e o que observei foi que a maioria dos gestores só se preocupavam em construir e inaugurar novos espaços. Já tem mais de 3 anos que retornei para Conquista e pelo que tenho observado, me parece que aqui não está diferente. Precisamos de projetos de conservação e manutenção, incluindo o funcionamento, dos espaços culturais existentes. E o Conservatório Municipal, pela sua relevância não pode ser esquecido e deve ter posição de destaque. Mais uma vez afirmo: ótimo questionamento. Aguardemos as respostas.

Um músico e professor que dispensa comentários. 

Nagib Pereira Barroso

 o definiu muito bem e aponta que ele pariu, via Projeto Violão Clássico, talentos que brilham mundo afora. Lauro atenta para o "Poder X Cultura". 

Chico Estrella

, único candidato com proposta concreta para a Cultura até agora, e o Dr. Prof. 

Dirlêi Bonfim

 ampliaram a visão desse post de 

Carlos Porto

 para um debate amplo. Agradeço aos dois e a Carlos a deferência, tentando dar uma mínima contribuição mesmo tão distante porém sempre presente. Carlos defender o Conservatório Municipal é redundante porque seu nome já está cravado nas estruturas dessa "Casa de Artistas", casa de Alvinho, Vasconcelos, Dino Gandra, Dilton Rocha e, agora, seu, de 

Daniel Novaes

l, 

Cláudia Rizo

, 

Lane Bonfim

 e tantos nomes que são os recentes sustentáculo desse espaço cultural. É preciso, antes de tudo, um pouco de história e memória cultural de nossa cidade pois como bem disse Estrela, sem esta a sociedade é morta e nua. Nos países europeus, no Japão, China e Índia, não é raro se encontrar um pequeno pedaço de madeira, uma pedra, uma coluna no meio do nada com turistas em seu entorno. Esses "escombros" falam, cantam e dançam. Carregam a história e raíz de diversas civilizações. Perpetuam-nas. Do alto do Periperi, nosso Rei, o Poço Escuro, viu o nascer sangrento de nossa "Civilização", expulsando e trucidando tribos indígenas, grilando suas terras para nos perpetuarmos como posseiros do Planalto; viu pestes nos assolarem, salvo pelos cuidados do Dr. Pacheco; ouviu o acordeon dolorido de Dozinho; viu a loucura poética de Sabina do Ouro e Lilita, o rádio se curvar à Rainha Maria da Glória Menezes; leu Camillo e Ana Isabel; se deliciou com a dramaturgia de Jehovah; aplaudiu Antônio Roberto nos primeiros Festivais de Música; contemplou obras de Adelson, Celino e Cajaíba; ouviu os primeiros acordes do gênio Elomar; viu a força da mulher conquistense transpor as grades das prisões com Heleusa Câmara; o surgir da geração Papalo Monteiro, Evandro Correia, Edilson Dhio e Zélio Passos no Festival da Civub; se aconchegou na Rinha de Galo e nos pingos da inauguração "torrencial" do Centro de Cultura com o show "Mares, Estrelas e Estradas"; ouviu os hits Saudade, Coliseus e Menino da Vida no FIB(em que pese as polêmicas, mantido seu brilho); leu os "Novos Poetas" Jean e Marcísio; contemplou traços de Altino, Romeu e Jessé; sofreu no sufoco dos pássaros na gaiola de Geraldo Sol; viu os incontestes Festivais Massicas, a nova geração Dirlei, Nagib, Paulo Macedo, Geslanei, Grupo Barros e Gutemberg, juntos no primeiro álbum coletivo (vinil) do Troféu Conquistense de Música, oriundo do Projeto Universitário, o carisma de Heron Galvão com Ilha de Itamaracá no Canta Bahia da TV Sudoeste, o ressurgir dos Ternos de Reis via trabalhos do Curso de Jornalismo da UESB, o resgate do Natal da Cidade(sem os beliscões do Presépio de Geraldino) em show (dissertação de pós em Jornalismo) com a "Babalu" Maria da Glória após 42 anos de silêncio, evento cuja sequência o poder público manteve, inclusive com o registro em CD dos Ternos de Reis e, espero, permaneça eternizado, assim como o modelo atual do nosso São João,ambos por serem raízes. O Olho do Poço Escuro e a Lente de Sabiá vigilantes como sempre! E foi o Festival de Música da Bahia-FMB, talvez, o último e importante marco de todos esses eventos da nossa história que trouxe mais uma geração inscrita agora no Festival Unimed, dirigido por 

Ana Claudite Pina Costa

 que compôs também o grupo de produção do FMB. Mas sobre este passo a palavra ao grande 

Carlos Moreno Mesquita

 que até abdicou da Amusb para se juntar nesta empreitada de 10 anos consecutivos, bem como pelo fato de Paulo Mascena não mais estar entre nós. Já com o Perdão pelos lapsos de Carlos Bocão, Latinha, Alcides, Corujão, Célia, Avanilton, Geane Marie, Pedrinho Melo, Edna Nolasco , Valéria Vidigal e outro tantão de gente. Pois bem, Cultura é um processo e o nosso é de qualidade "sui generis". Mas questiono: não seria sempre melhor a união de todos em torno de um projeto comum? O individual cedendo ao comunitário? O poder Público por mais bem intencionado que seja, deixar que a classe artística participe efetivamente do processo de elaboração e condução das políticas para o setor? Sabemos quem é Glauber Rocha e Elomar mas o que contaremos aos nossos filhos e netos sobre Cajaíba, Maestro Alvinho, Geraldino, Zéilo Passos, Canhoto e Canhotinho e tantos que se foram sem qualquer registro histórico? Seremos cobrados como Ruy Barbosa pelos "livros da história que foram queimados"? Cadê o nosso tributo devidamente registrado a nomes até bem recentes como Dão Barros, Jorginho Touché, Paulo Macena, Edilson Dhio e , Maria da Glória? Há toda uma "velha guarda" ai capitaneada por Mauré, Beto Batera, Teté, Paulinho Batera, Tatu Lemos, cuja ponte com a minha geração e os mais novos "De Kwai" a cada dia que passa. Os mourões e cordas se derretem. "Viva - A Vida é Uma Festa" não tem nada de infantil e, ao contrário, nos deixa uma lição de humanidade e valores culturais incrível. O Poder colide com a Cultura e tenta rompê-la ao meio. Não há perspectiva de políticas públicas decentes e respeitosas ao talento dos artistas porque a arte educa. Há desinteresse político. Precisamos enxergar o topo da montanha para sairmos do fundo do poço. Carlos Porto foi muito feliz ao abrir um debate que cabe a todos nós ampliá-lo, cobrando dos parlamentares propostas concretas para o nosso setor. Sem participação efetiva não podemos interferir e mudar as regras do jogo. Precisamos cobrar dos parlamentares os nossos direitos como artistas e cidadãos que pagam seus impostos. Sabemos que se não reagirmos, eles pisarão nossos jardins. Fica aí a reflexão para todos. Parabéns Carlos Porto! Salve o nosso Conservatório e nossa Cultura!

Será mais uma interrogação nas próximas eleições. Rss

Meus queridos amigos e parceiros de tantas lutas, estradas e caminhadas Culturais ao longo de todas essas décadas... Feliz demais com todo esse movimento que se constrói por aqui. Tive o cuidado de deixar o debate fluir e analisar de forma bem criteriosa e é claro, bastante cuidadosa e respeitosa cada manifestação aqui esboçada... Incrível essa iniciativa do nosso querido Maestro 

Carlos Porto

! Como foi feliz em seu questionamento inicial, visivelmente sem nenhuma direção politico partidária crítica e ideológica... Por sinal em muito me desagrada a alienação e imbecilidade que se instalou nesse nosso País ao definirem como subversiva qualquer tipo de IDEOLOGIA e se for de Gênero então... Ave Maria!!! E quem não depende de uma "Ideologia pra viver!" como bem diria o poeta Cazuza? Feliz por ver que um questionamento tão simples de ser respondido gerou tantas reações! O que o Maestro 

Carlos Porto

 provocou foi apenas aos nossos Postulantes ao Poder Municipal "O QUE SERÁ DO CONSERVATÓRIO MUNICIPAL DE MÚSICA? Aí foi bastante pra aparecer respostas em defesa das gestões, dos gestores, ex gestores, candidatos, postulantes... muitos dos quais até tiveram grandes oportunidades para ficar calados! Não irei citar nomes... visto que "Cada um sabe a Dor e a Delícia de ser o que é"... já tiveram suas oportunidades e comprovadamente nada fizeram e ou fazem verdadeiramente pela nossa sempre Cambaleante Cultura! Aos indignados eu recomendo que façam como o Professor 

Dirlêi Bonfim

 e elenque os feitos em prol da COLETIVIDADE... Sim, eu falo em coletividade porque foi exatamente isso que fizemos o tempo inteiro quando decidimos contribuir nessa luta. Não há interesse nenhum em destacar o que já fizemos (digo em nome de todos que aqui se manifestam e têm históricas contribuições registradas nos anais de Vitória da Conquista)... Mas sim endossando a pergunta do nosso Maestro: "O QUE SERÁ DO NOSSO CONSERVATÓRIO DE MÚSICA? " e reforçando: O QUE SERÁ DA NOSSA CULTURA? que sempre se destacou em todas as suas vertentes nos quatro cantos do mundo! Nessas tres decadas de militancia Cultural em VDC eu pude ver e abraçar muitas causas... Não serei repetitivo até porque 

Dirlêi Bonfim

, 

Chico Luz

 e outros parceiros já anteciparam e falaram tudo o que era preciso ser falado e que cabe uma boa releitura e reflexão... Movimentos, Lutas históricas, MAC, AMUSB, ARTECON, CMC, FMB, FIBs, entre tantos outros... Agora aparece um monte de Criaturas Criadoras... se auto promovendo como se fossem a solução para todos os problemas crônicos da Cultura! Cuidado companheiros! Reforço e Abono a feliz iniciativa e ideia de uma boa RODA DE CONVERSAS com os postulantes e ficarmos bem atentos ao que eles irão nos garantir e se comprometer! Esse debate é muito oportuno e de extrema importância para as gerações atuais e futuras... Muita gente aqui não tinha a minima idéia e dimensão das lutas que travamos durante esse tempo todo! Pra mim a Luta não para nunca! Fiquemos atentos então... Contem comigo sempre! Juntos somos imbatíveis!!! "Viva eu e Viva tu..." (Vila Lobos). Parabens Maestro 

Carlos Porto

!!! Parabéns à todos aqueles que aqui se dispõem a lutar em prol do coletivo e sem interesses outros... Vamos que vamos!!!