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Entrevista: Geslaney Brito

Geslaney Brito e Iara Assessú, artistas do interior da Bahia, da cidade de Vitória da Conquista, Sudoeste baiano.

Propõem no repertório musical, além das canções autorais, as parcerias que retratam o colorido que já existe na música que pensam como diversa. Música brasileira e universal, cheia de imagens tanto do lugar que moram como dos lugares que passaram.

Participaram de alguns Festivais de Música pelo Brasil, com premiações diversas, que foram desde melhor instrumentista (Violão Geslaney Brito), melhor arranjo, melhor música em pódios também diversos. Destaque para participação nos últimos festivais das cidades de Ibotirama, Ba., Bertópolis, MG, Ilha Solteira, SP., Avaré, SP., Três Pontas, MG, Paracatú, MG.

As cirandas, os folgues e demais tradições habitam em suas percepções. Bem como as relações das músicas urbanas e rurais, particulares e ao mesmo tempo, interdependentes, sinestésicas, convergentes com a musicalidade brasileira. Estas, contribuíram para suas produções solo ou em parceria. Exemplo da coprodução e participação em dois CDs e várias apresentações em shows, através de projetos idealizados por Geslaney Brito e Iara Assessú.

Marcam suas composições a africanidade, muito bem evidenciada na composição intitulada Mucunã. Mas também o universo brincante situado em Boi de Ciranda. Ambas, articuladas por vertentes rítmicas do Candomblé, do Bumba-meu-boi, do Maracatú, do Baião. O CD gerado por essas convergências, intitulado De Tambores e Sementes, foi premiado pelo edital Calendário das Artes no ano de 2011, pela Fundação Cultural do Estado da Bahia.

Geslaney Brito continua a trabalhar com música, compondo, estudando e ministrando aulas no Conservatório de Música Municipal de Vitória da Conquista, Bahia.

Além de atuar ainda como compositor e intérprete em muitos festivais de música pelo Brasil adentro. Oxalá também, pelos países da América e demais continentes.

Além de artistas, atuam também na arte-educação, no caso de Geslaney Brito e na advocacia, Iara Assessú. Ambos, servidores públicos municipais.

Segue abaixo a entrevista com Geslaney Brito para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 02.08.2023: 


01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?

Geslaney Brito: Nasci no dia 15 de março de 1967, em Vitória da Conquista, sudoeste da Bahia. 

02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.

Geslaney Brito: É difícil precisar. Minha família não tem músicos. Ouvia música cristã, canto coral da igreja, cantigas infantis, cirandas… Somente a partir dos 14/15 anos é que comecei prestar atenção na Música Popular Brasileira e em movimentos culturais como Tropicália, Clube da Esquina, Bossa Nova. Mas sobretudo, me chamou a atenção a produção musical dos artistas independentes, dos que são classificados como regionais.

03) RM: Qual sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?

Geslaney Brito: Foram cursos técnicos de música e participações em diversos minicursos e oficinas, até o contato com o curso livre de extensão promovido pela Universidade Federal da Bahia, onde tive a oportunidade de aproximar com temas relacionados à arte-educação. De lá pra cá, não parei de pesquisar sobre música, nos aspectos de educação.

Sou graduado em Geografia (licenciatura plena), especialista em Direitos Humanos e Contemporaneidade, especialista em Educação Musical, também especialista em Arte e Educação.

04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?

Geslaney Brito: Música brasileira e latino-americana – com todas as maravilhosas características das ancestralidades das matrizes africanas e indígenas. Sobretudo as que apresentam características próprias de cada Região, como as que tive contato aqui no Sudoeste baiano e Norte de Minas Gerais.

Mas as expressões de outras regiões, de outros Estados me chamam a atenção e recebem meu respeito profundo também. Acredito que todas as manifestações são importantes em suas particularidades e nenhuma delas deixaram de habitar meu inconsciente, minhas afetividades. 

05) RM: Quando, como e onde você começou sua carreira musical?

Geslaney Brito: Minha irmã mais velha, Lucyene (Cene) me presenteou com um violãozinho que o marido (Nilson – in memoriam) recebeu em dívida de um amigo. Violão da marca Tonante com braço empenado, cordas de aço. Foi em uma cidade baiana, beira-rio São Francisco, chamada Carinhanha.

A minha irmã me matriculou em um curso gratuito, oferecido pela paróquia local. A professora (que me perdoe não lembrar o nome da professora, qual agradeço todos os momentos quando eu pego no violão, mesmo que a dislexia não me deixe recordar o seu nome) passou com toda didática própria de grandes educadores (as), algumas cifras e algumas fórmulas para tocar Samba, Valsa, Guarânia, Canção. Na guarânia aplicou logo a música Para Não Dizer que Não Falei das Flores do Geraldo Vandré. Além de Manga Rosa do Alceu Valença e Trem das Onze do Adoniram Barbosa.

Como eu estava na cidade somente passando as férias, tive somente quatro aulas. De volta à Vitória da Conquista – BA, tive acesso a pequenos cursos e trocas de informações, revistas de cifras. Minha sorte é que na década de 80/90, tínhamos muita MPB para enriquecer nossos ouvidos e aprendizados: Milton Nascimento, Djavan, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Lulu Santos… além dos Festivais de Música que nos presentearam com expressões que até então eu não tinha ouvido, como Amelinha, Lucinha Lins, Eduardo Duzeck, Raimundo Sodré, Grupo Tarancón…

Daí para ouvir Elomar Figueira, Xangai, Geraldo Azevedo, entre outros tantos e chegar até o Dércio Marques, com a característica de música mais próxima das nossas realidades, ao mesmo tempo, músicas atemporais e universais, foi um pulo. Um excelente pulo, eu diria. 

06) RM: Quantos CDs lançados?

Geslaney Brito: Lancei dois álbuns. Ambos, artesanais, caseiros. O primeiro “Toré”, que contou com a participação de Iara Assessú, Gutemberg Vieira, Paulo Macedo, Andreia Sanches, Elder Oliveira, Júnior Damaceno (in memoriam), Alane Alves. E o segundo álbum “De Tambores e Sementes”, premiado no Edital da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (SECULT e FUNCEB), chamado Calendário das Artes, em 2011. Contou com a participação de Iara Assessú, Gutemberg Vieira, Achiles Neto – Guigga, Tereza Raquel, Pablo Pereira, Braguinha, Andreia Sanches, Date Sena, Diro Oliveira, Thomaz Oliveira.

07) RM: Como você define seu estilo musical?

Geslaney Brito: Sinceramente eu não saberia dizer. Sempre indico como música brasileira e aplico o termo Regional, por identificar como música do interior baiano. Mas não me prendo a rótulos. Cumpre destacar também que penso esse termo “estilo” como serventia da Indústria Fonográfica para reduzir à mercadoria, as categorias diversas da música brasileira. 

08) RM: Você estudou técnica vocal?

Geslaney Brito: Muito pouco, infelizmente. 

09) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?

Geslaney Brito: Eu classificaria esse estudo como vital; de extrema importância. Infelizmente não tínhamos esse tipo de informação no início dos trabalhos com a música. Ou se tínhamos, não dávamos a devida importância.

10) RM: Quais as cantoras (es) que você admira?

Geslaney Brito: Pra mais de um milhão (risos). Desde Bidú Sião, passando por Marinês, Dalva de Oliveira, Zizi Possi, Amelinha, Mônica Salmasso, Mercedes Sosa, Cássia Eller, Marina, Gal Costa, Sueli Costa, Elis Regina, Clara Nunes, Maria Rita, Alcione… Sá, Guarabira, Kleiton, Kledir, Milton Nascimento, Gilberto Gil, Caetano Velosos, Juraildes da Cruz, Paulinho Pedra Azul, Miltinho Edilberto, Dércio Marques, Lulu Santos, Djavan, Luiz Melodia. 

Além das pessoas artistas que tive o prazer de conhecer recentemente no grupo de WhatsApp Uma Terra Só, são inúmeras e cada uma com suas particularidades maravilhosas de composição, de interpretação, suas manifestações artísticas e criatividades. Sem falar nas pessoas com quem convivo, trabalho e encontro pelos festivais de música, Brasil adentro. Os festivais de música são dignos de pesquisas e teses. 

11) RM: Como é seu processo de compor?

Geslaney Brito: Muito variado. Por vezes, componho letra e música de uma vez só. Simplesmente vem saindo. Via de regra, por estar atrelado a algum tema que martela no período em que tento compor. Algumas vezes, vem o texto primeiro, a poesia.

12) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?

Geslaney Brito: Iara Assessú, Gutemberg Vieira, Paulo Macedo, Dorinho Chaves e ultimamente musiquei um texto de uma querida amiga poeta, Elta Mineiro, da cidade de Ibotirama, Bahia.

13) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?

Geslaney Brito: Até então só vivenciei os “contras”. Um dos fatores que é bem contra o desenvolvimento, está atrelado à falta de informação. Outro fator é o medo de sair da cidade, da zona de conforto. Não são todos que trazem a coragem de buscar trabalhos em outras cidades, em outros Estados. 

14) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?

Geslaney Brito: Como não tive informações suficientes para implementação e manutenção de carreira, sempre tive outras atividades laborais para sobreviver. Em função disso, mantive a projeção artística de forma bem limitada. 

15) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira musical?

Geslaney Brito: Como apontei acima, não tive tanta informação sobre estratégias de ação e empreendedorismo. Mas a perspectiva cooperativa sempre me atraiu. Em toda atividade que presume coletividade, faço questão de participar. Além disso, tenho meus arquivos de contatos sempre ativos e atualizados. Mantenho a agenda dos festivais (concursos) de música sempre em mãos e faço questão de me associar às plataformas que ajudam com a manutenção dos trabalhos independentes.

16) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira musical?

Geslaney Brito: A internet ajuda mais do que atrapalha. Após ter conhecido formas de difusão dos trabalhos independentes, em plataformas, na maioria gratuitas, minhas composições estão sendo ouvidas no Brasil, na América e em outros Continentes. Consigo trabalhar em quase todas ações em relação à música, pela net. Desde a organização das pastas com as músicas, cifras, partituras, áudios, letras, vídeos até processos de inscrição em plataformas e eventos culturais. Enfim, a net só aponta na direção de implementar e dinamizar as atividades relacionadas ao trabalho em arte. 

17) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?

Geslaney Brito: De quando conheci e tive acesso ao home estúdio, nunca vi nada que oferecesse desvantagem. Tudo é acessível. Desde equipamento até tutoriais de mixagem e masterização. Claro que a qualidade prescinde de custo também. Mas o benefício supera o custo em muitos aspectos. Mas deixo claro que uma gravação em um bom estúdio físico, com profissionais competentes, direção de estúdio etc, supera em muito as gravações caseiras. 

18) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?

Geslaney Brito: Vejo o disco como um cartão de visita e ao mesmo tempo um objeto de arte que todos deveriam ter em casa. Mas os custos do processo de prensagens, considerando todo aparato de produção de imagens, inserção de gráficos, ajustes, arte-finalização, até o produto final, para artistas independentes estão ainda muito altos.

Outro aspecto é que a saída do produto das prateleiras (que já não existem mais no formato físico, não existe mais a comercialização em lojas físicas), é mínima. Repito que para artistas que não transitam pela grande mídia, não há como investir em um produto que não há muita procura. As plataformas de streaming são as saídas mais democráticas. Algumas mais democráticas que outras, ressalto.

19) RM: Como você analisa o cenário da Música Popular Brasileiro. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas? Quais artistas permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?

Geslaney Brito: É uma questão digna de tese de doutorado. Acredito que a música, ela caminha, ela sobrevive, mesmo sob o fogo cerrado promovido pela indústria fonográfica. Mesmo sob as limitações de criatividade que os meios de comunicação promovem. E nem se trata da expressão “ressignificação”, por essa se tratar de uma relação de troca e de implementação que ocorre nas manifestações culturais, de forma bem natural.

A indústria está forçando a barra na produção de nomes e expressões, que promovem uma sistemática perda nos processos identitários. Desde aplicação de termos dos mais variados possíveis e impossíveis de se entender em expressões artísticas que não vinculam a qualquer povo ou lugar, ou ainda, que não nascem de povo ou de lugar nenhum, que não, dos laboratórios das fábricas de mercadoria de circulação rápida. Esquecimento rápido também.

Mas como afirmei antes, há no Brasil uma música persistente sendo produzida de forma independente das engrenagens da grande mídia. E é música que consegue transitar pelo globo terrestre (também por intermédio da infonet), sem que a mídia saiba.

Ao mesmo tempo, sem que o povo saiba. Ou seja, a grande maioria acaba por não acessar aos produtos musicais que são gestados fora dos meios de comunicação vinculados ao aparato consumista.

Mas a música, repito, consegue se manter em atividade. E a cooperação e colaboração, atrelado às emissoras independentes na maioria e às plataformas dispostas na internet ajudam com a manutenção e difusão dessa música que está sendo produzida desde sempre.

20) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado etc)?

Geslaney Brito: Os festivais de músicas, caracterizados por encontros sempre muito agradáveis, brincalhões, mas, de concorrências também. Por vezes éramos “presenteados” com operadores de som que não aceitavam esse ou aquele periférico, por achar que não cabia no evento. Uma vez, um operador de som contestou o meu pedal para violão. Um equalizer. Justificando que os outros concorrentes não usaram. Portanto eu não usaria também.

Outra vez, quando apresentei em dupla com um grande amigo e parceiro de composições, também em um festival, o operador de som perguntou quem era a “primeira voz” da dupla. Por mais que explicasse que tinha momentos em que eu cantava em solo e momentos que o colega cantava em solo, mais os momentos em que as vozes se encontravam, o moço não entendia, porque achava que tinha que ter um “primeiro artista” da dupla. Pensei em mil formas de explicar pra ele que não era aquela a configuração da apresentação, exemplifiquei com Sá & Guarabira e não teve jeito.

São várias as ocasiões inusitadas que causavam desconforto. Mas os benefícios sempre forma maiores que os custos. (risos).

21) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?

Geslaney Brito: O que mais me deixa feliz é o próprio contato com a arte e com pessoas belíssimas, gestos belíssimos, eventos inesquecíveis. O trabalho como arte-educador sempre me deixou muito feliz e com ar de contemplação. Sobretudo quando vejo resultados maravilhosos, a exemplo de estudantes que se tornam colegas professores ou artistas. 

22) RM: Existe o Dom musical? Como você define o Dom musical?

Geslaney Brito: Penso que existe o dom de estudar, de insistir, de buscar. 

23) RM: Qual é o seu conceito de Improvisação Musical?

Geslaney Brito: Sempre achei que improviso é fruto de muito estudo. 

24) RM: Existe improvisação musical de fato, ou é algo estudado antes e aplicado depois?

Geslaney Brito: Acredito que o músico que improvisa, o faz com a segurança de conhecer os caminhos a serem passados. Há também um elemento que considero crucial para o improviso. A sensibilidade, a poesia da entrega, o saber quando e como aplicar determinadas técnicas previamente estudadas, a vontade de experimentar na medida certa. 

25) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre Improvisação musical?

Geslaney Brito: Não os acessei. 

26) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre o Estudo de Harmonia musical? 

Geslaney Brito: Só há benefícios. Sobretudo quando vêm acompanhados de instrução em aula, seja presencial, seja on-line. 

27) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios? 

Geslaney Brito: Nas rádios convencionais, dificilmente minhas músicas tocarão sem pagar o jabá. 

28) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?

Geslaney Brito: Estudos, organização, muito trabalho, vivências, escolhas do próprio caminho, respeito ao trabalho, a si e ao outro. 

29) RM: Festival de Música revela novos talentos?

Geslaney Brito: Não só revela como transforma. Mas deixo claro que não são todos os festivais de música que traduzem a perspectiva de revelar novos talentos. 

30) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira?

Geslaney Brito: Como afirmei antes, a grande mídia poderia ser um caminho democrático e um elemento de afirmação do pluralismo, além de apontar na direção da celebração cultural nacional. Mas é só mais um braço do consumismo e das relações de poder, além de ser extremamente excludente. 

31) RM: Qual a sua opinião sobre o espaço aberto pelo SESC, SESI e Itaú Cultural para cena musical?

Geslaney Brito: Eu posso dizer que figuram como espaços que deveriam ter em todos os setores e em todas as cidades.  Pois traduzem exatamente o que penso ser como elementos de sustentação e fomento à cultura. Acredito que quanto mais espaços como esses, tanto mais possibilidades de agregar mais ações, eventos, manifestações, expressões artísticas. 

32) RM: Quais os seus projetos futuros?

Geslaney Brito: Por enquanto estou em processo de composição das canções para mais um CD a ser lançado somente em plataformas, por ser mais próximo ao que posso custear. 

33) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs? 

Geslaney Brito: (77) 9 8802.6430 | geslaney@gmail.com







Antonio Carlos da Fonseca Barbosa
Criador e Editor responsável pela revista digital RitmoMelodia desde 2001, jornalista, músico, poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa, propaga a diversidade musical brasileira através de entrevistas e artigos. Jornalista formado pela Universidade Estadual da Paraíba - UEPB (1996 a 2000) que lançou um livro de poesia em 1998 e seus poemas ganharam melodias gravadas em três álbuns concluindo a trilogia "reggae baseado em poesia" no seu projeto musical Reggaebelde. Unindo a sensibilidade do poeta, músico com o senso crítico do jornalista e pesquisador musical colocado em prática em uma revista que Canta o Brasil.


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Publicado originalmente em 02/08/2023, em Ritmo Melodia.

Plácido Oliveira

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