Aplaudamos de pé os verdadeiros guerreiros que se apresentaram na "Garagem do Rock" no FIB deste ano: o título do palco já diz muito sobre o que se pensa sobre o rock: algo feito de qualquer jeito e que não precisa de muito, já que é música "de garagem", música amadora e, por isso, indigna de maior atenção.
Grandes músicos (e grandes pessoas), por amor à música, alguns por necessidade do cachê, enfrentaram um cenário TERRÍVEL e hostil, onde o barulho dos outros estandes e do palco Coca-Cola tornou completamente inviável qualquer performance minimamente aceitável. A mesa de som ficava escondida, em outro espaço, impedindo qualquer ajuste durante as apresentações. Retorno? Impossível. O som, fraquíssimo, foi incapaz de competir com o barulho externo. O cachê foi insignificante (sendo que o contratante foi patrocinador premium do evento) e a proposta era meramente visual: passar pelo estande e ver uma banda de rock se mexendo. Claramente, o contratante não queria música nem se importa com música.
Esses caras, que também foram criticados gratuitamente aqui, exerceram o difícil papel de LEMBRAR a todos que passavam que o rock conquistense ainda existe e que continuará lutando por espaço, como sempre fizemos desde o final do século passado.
Foi difícil ver amigos/colegas passando por essa situação em pleno 2023, depois de tanta luta por espaço, respeito e dignidade e ver que continuamos na mesma marginalidade, recebendo migalhas e desdém dos que poderiam ser apoiadores, mas optaram por esse tipo de tratamento humilhante.
Aplausos à IN THE ROCKS, PAUL & THE MOONDOGS, AQUARIUS BLUES BAND e FREEBIRD, verdadeiros guerreiros da nossa música. Long live rock n' roll!!! 👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼
Plácido Oliveira, 27/08/2023
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