Boa noite, meus amigos cultos e ocultos! Fim de Semana Santa está aí… Páscoa e tudo mais… Felicidades a todos! Hoje eu nem queria postar nada, o desânimo é total, mas para não dizer que não falei de flores, deixa eu pegar mais um ‘disco de gaveta’. Mas não pode ser qualquer um. Vamos com alguma coisa bacana e que não se encontra dando sopa por aí…
Tenho para hoje o cantor, compositor e violeiro, Eugênio Avelino, ou, como é popularmente conhecido, Xangai. E aqui, em seu primeiro disco, lançado em 1976, pelo selo Epic, ele então tinha um outro nome artístico, ‘Schangay.’ Vejam vocês a criatividade dessa gente… Felizmente o tropeço foi só neste sentido, pois Xangai despontava como um grande artista cuja a obra é toda pautada no regionalismo, na música brasileira de raiz e isso foi ficando mais evidente a cada novo trabalho, a cada novo projeto. Sem dúvida, um grande artista da nossa música brasileira, reconhecido internacionalmente, sempre rodeado de bons parceiros. “Acontecivento” é um daqueles discos que só poderia ser mesmo daqueles anos 70, quando tudo era feito com muita qualidade e que um dia viraria um clássico ou disco para se rever os conceitos. E ele tem um pouco dos dois e mais, hoje em dia é um disco super raro. Traz um repertório com fortes influências nordestinas. Uma produção bacana e um time de músicos que dá a “Acontecivento” um brilho todo especial. Confiram no GTM..
acontecivento
asa branca
forró de surubin
boia fria
pronde tu vai luiz – verde caninha – esta noite serenou
jogo (peço e ela me dá)
cantiga de cego
tanto queima como atrasa
posso falar e cantar
na volta da pá
me diga se tá certo
marcha rancho
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Publicado originalmente em 11/04/2020, em Toque Musical.
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