O show dos Titãs no último domingo em Conquista foi uma realização que merece destaque em especial. Aconteceu dois anos após a data programada, por efeito da Famigerada e triste pandemia.
O show, afinal, uma produção do Coletivo Suíça Baiana em parceria com Ricardo Marques, estava permeado, numa leitura estrita desse perfil, de algumas interrogações.
A organização neste processo ainda pandêmico, a acústica do espaço - que geralmente compromete as apresentações e o público quanto à lotação.
A organização dividiu em três categorias os ingressos. Ouro, prata e bronze e praticou uma valor de ingresso razoável. Na entrada, as recomendações sanitárias cumpridas rigorosamente, com uso de máscara e apresentação do cartão vacinal. Um acerto que até onde se sabe transcorreu tranquilamente. Lá dentro, tudo no lugar e a proibição de alimentos, muito embora havia a opção da praça de alimentação no foyer do Divaldo Franco. Enfim, tudo devidamente pronto. Quanto ao horário, um atraso tolerável, efeito inclusive da conferência dos cartões de vacinação. Normal e compreensível.
Começa o show ali por volta das 21:30, aproximadamente. Dos Titãs, agora formado por três, Branco Mello, Tony Bellotto e Sérgio Brito, apenas os últimos dois subiram ao palco, com com a banda de apoio. Brito de imediato justifica a ausência de Branco, lembrando que o Titã vem passando por uma reabilitação da saúde, daí sua não participação. Show intimista de fato. Um bate papo bom, conduzido por dois senhores de 62 anos em média, com uma vitalidade invejável. A boa surpresa, a boa performance vocal de Tony Bellotto, que inaugurou muito recentemente a condição de cantor. Tony, pode continuar. Aliás, muito provavelmente a voz mais melódica dos Titãs, incluindo os egressos. Repertório redondo, Interação com o público abasoluta e na medida. Resumindo, um ótimo show. Destaque para a participação do guitarrista Beto Lee, que mandou Televisão.
O som. O som estava na medida da perfeição, absolutamente. Duas plataformas sonoras com decibéis e mixagem em plena harmonia. Aos técnicos de som, parabéns!
O público, se havia alguma dúvida, lotou o espaço. Mas, mais que isso, a galera da suiça baiana deu um show à parte. Como solicitado pela organização, quase ninguém saiu do seu acento, quase todos mantiveram as máscaras e a harmonia com a banda foi memorável. Sim! rolou um sonoro e repetido Fora Bolsonaro durante a execução de Bichos Escrotos.
Enfim! Tava tentando um jeito de falar alguma coisa ruim do show, mas galera, de onde o Mega Rock viu, sem maiores.
P.S. FORA BOLSONARO!
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Publicado originalmente em 29/03/2022, no Instagram.
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