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Vitória da Conquista, como é sabido por todos nós, é uma cidade que cultiva a diversidade musical. Aqui nós passeamos pelo forró, pelo axé, pelo samba, pela MPB, pelo sertanejo. A diversidade cultural da nossa terra é incrível, até porque temos aqui um dos maiores nomes da música mundial, conforme se expressam entendidos, críticos e público. Trata-se de Elomar Figueira de Melo, o nosso mestre. Mas o rock and roll, claro, nunca ficaria de fora da cena musical de uma cidade tão diversa como a nossa, a querida capital do sudoeste do estado.

Nos anos 80, o rock and roll em nossa cidade já despontava com bastante entusiasmo entre aqueles que admiravam o rock internacional, o rock baiano de Raul Seixas e tantos outros. Legião Urbana, banda que se tornou símbolo da juventude brasileira, também inspirava. E aqui, exatamente em Vitória da Conquista, surgiu o grupo SS433, que tinha como principal artífice Mazinho Jardim, sem dúvida alguma uma figura icônica. Sou suspeito em falar, mas trata-se de um artista que, com sua gaitinha pequenininha, quase invisível entre as mãos, fazia ecoar um som que transcendia os limites da cidade.

Hoje, Mazinho reside em Portugal, mas todo ano vem a Vitória da Conquista para brindar seus fãs daquela época e também a nova geração que não teve oportunidade de ouvir o SS433. Ele deixa Portugal, vem a Conquista, se junta a alguns remanescentes do antigo SS433 e realiza um show beneficente no Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima.

Hoje, portanto, 29 de agosto, tem rock solidário no anfiteatro do nosso Centro de Cultura. E o ingresso? Olha só que convite especial: basta levar 2 quilos de alimentos não perecíveis para curtir um genuíno rock. Você vai gostar, tenho certeza.

Parabéns, Mazinho, não só pelo grande artista que você é, mas também pela nobreza de presentear os jovens de Vitória da Conquista e também aqueles que fizeram parte da sua história, curtindo uma noite de rock and roll de forma solidária.

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Publicado originalmente em 29/08/2025, em Blog do Agito Geral.

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[ACERVO DE ENTREVISTAS] | [MEMÓRIA DO RÁDIO CONQUISTENSE]


Confira a entrevista com o radialista Rubem do Prado , no programa Conquista de Todos (Brasil FM) em 15/07/2025.

Apresentação: Elton Becker [⁠https://www.instagram.com/eltonbeckers.salgado]
Edição e publicação: Plácido Oliveira [⁠https://linktr.ee/placidoliveira⁠]

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TÓPICOS

00:00 - Abertura e a história da Rádio Bandeirantes FM
01:45 - Boas-vindas e a emoção do reencontro
03:10 - O início do interesse de Rubem do Prado pelo rádio
06:05 - A formação da primeira equipe da Bandeirantes FM em 1983
08:00 - O alcance regional e a popularidade da rádio
09:58 - A criação do programa "Nossa Terra" e a valorização de artistas locais
13:45 - A melhor época do rádio e da música brasileira nos anos 80
15:05 - A história do encontro com o artista Evandro Correia
19:48 - O processo de seleção musical e a programação "feita na cabeça"
21:20 - A interação com os ouvintes na montagem da programação
23:55 - Homenagens e mensagens de ouvintes
28:30 - A força que vem do carinho do público
31:40 - Rubem fala sobre sua recuperação após uma cirurgia delicada
33:20 - O legado e a importância dos artistas na trajetória de Rubem
39:30 - A possibilidade de um retorno ao rádio
42:30 - A emocionante mensagem da ouvinte Stephanie
47:15 - Agradecimentos finais e a próxima pauta

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Rubem do Prado - Instagram

Elton Becker e Rubem do Prado no estúdio da Brasil FM. Imagem cedida por Elton Becker

TRANSCRIÇÃO*

Elton Becker: Segundo o historiador Luís Carlos Fernandes de saudosa memória, que chegou até a rascunhar um projeto para escrever um livro sobre a história do rádio em conquista, no dia 20 de agosto de 1983, o senhor Renato Rebouças e outros associados instalaram a Bandeirantes FM em Vitória da Conquista. A ZC311 era a segunda emissora FM da cidade, na época com frequência 97,5 MHz. Hoje a rádio opera em 99,1. Aquela época, Rubem do Prado era uma das principais vozes da Bandeirantes e do Rádio de Vitória da Conquista. E o seu programa, o Nossa Terra, chegou a ser destaque nacional na TV Globo durante o programa Som Brasil, apresentado por nada mais nada menos que na época por Rolando Boldrin. Hoje nós abrimos um programa com a canção para não dizer que não falei do verso, música cantada pelo Beto Guedes, cantor, compositor, arranjador, produtor musical brasileiro de Guaranésia. E a música tem a letra de Hélio Matheus e dava nome ao disco de Beto Guedes no mesmo ano, o disco que foi lançado no mesmo ano em que a rádio entrou no ar 1983. Como você pode ouvir na abertura do programa, né, a letra fala sobre as dualidades, as contradições da vida e a música é muito apreciada pelo seu caráter reflexivo e sobretudo emocional. E eu fiz toda essa introdução para dizer que é com muita emoção que hoje aqui na Brasil FM, durante o programa Conquista de Todos, a gente recebe com muita alegria e com sentimento de gratidão enorme pela vida Rubem do Prado. Aí eu posso dizer assim: "Boa noite, Rubão, boa noite Rubeta, boa noite Ruba." Nossa, era tanto nome que a gente chamava. Rubão, boa noite, cara. Que alegria que a vida me deu dessa possibilidade de ter você aqui comigo na, quer dizer, na minha vida e agora nesse momento também. Boa noite.

Rubem do Prado: Que alegria, cara. Então, nós vamos ter que fazer aqui uma troca de emoções, porque para mim é um prazer muito grande também, um prazer enorme eh tá participando do seu programa. Eu que tô distante dos microfones há bastante tempo e é aquela coisa, né, que você sai do rádio, mas o rádio não sai de você, né? E aí você fica sempre naquela expectativa de que eh uma hora qualquer você vai ocupar um espaço por 1 minuto, 2 minutos, não importa o tempo. O importante é que você esteja comunicando com as pessoas e que você esteja fazendo aquilo que você fez durante tanto tempo e que foi muito, mas muito prazeroso. E essa essa recordação que você fez aí nessa sua inicial é é uma coisa assim que me deixa particularmente emocionado, porque eh retrata bem aquilo que eu fiz, não pelos os anos de rádio, mas o tempo o tempo do microfone foi espetacular, foi maravilhoso e eu tenho um prazer muito grande poder estar aqui com você e lembrar que eh começamos juntos, né? Eu não, não começamos juntos, não exatamente eh eh no microfone. Eu tinha certeza que você eh sairia para essa área. Quer dizer, você ainda garoto, um um menor aprendiz, mas estava lá na parte administrativa da da emissora. Mas eu tinha a certeza absoluta que você ia pro microfone, porque você era, além de ser um cara muito comunicativo, você mostrava ser ter uma inteligência diferenciada. E eu falo, eu sempre pensava, esse cara ah, vai fazer o que hoje eu faço e você tá fazendo e fazendo com maestria e graças a Deus tá fazendo muito bem e vai continuar fazendo muito bem porque você tem competência para isso.

Elton Becker: Eu tive escola, tive escola. Como é que é que nasce assim o garoto jovem Rubem do Prado começa a se interessar pelo rádio. Quantos anos você tinha?

Rubem do Prado: Eu eu já ouvi essa eu já já ouvi essa pergunta dezenas, centenas de vezes. Quantos anos? Eu costumo dizer, não, eu não me lembro quantos anos eu era um adolescente, eu era criança, né? Eu não me lembro exatamente. Quer dizer, eu comecei a fazer rádio ali na Praça Barão do Rio Branco, num auditório de um programa chamado Ciranda Cirandinha, que era apresentado por Gilson Moura. E eu fazia a participação com Gilson Moura e ele me incentivava muito, ele me dava muita força. Eu não me lembro exatamente quantos anos eu tinha, eu só sei que eu era criança e o rádio já estava em mim, né? Eu eu me lembro de uma vez que quando eu saí do programa, quando eu cheguei em casa, aí o meu pai virou para mim e disse: "Esse nasceu pro rádio."

Elton Becker: Seu pai?

Rubem do Prado: Meu pai. E eu era uma criança, né? Hoje eu já não sou mais criança, viu, gente? Eu já vivi um bocado.

Elton Becker: Aham. Você tá numa outra infância?

Rubem do Prado: É, tô tô num outro estágio da vida, né? E mas é isso, o rádio é uma coisa muito prazerosa. Eu acho que as pessoas eh que não nasceram pro pro rádio, eu costumo dizer que eu costumo muito comparar o rádio com o jogador de futebol, parece que nasce para aquilo. Não adianta o o cara, ele o o o jovem, ele entra na universidade sonhando. Quando eu sair de lá, eu vou ser um jornalista, eu vou ser um rádio jornalista, eu vou fazer isso. Se ele tem, se ele nasceu para aquilo, ele não precisa nem ir pra faculdade, ele vai fazer, né? Naturalmente que ele vai fazer, mas eh se não, não adianta. Ele ele não vai conseguir. Eu não seria jamais um jogador de futebol.

[Minuto 5]

Elton Becker: E quando começam ali as conversações sobre a Bandeirantes que vai entrar no ar, em 1983, agosto, ela entra no ar. Inicialmente, quem eram os seus pares? Como é que era o ambiente?

Rubem do Prado: Olha, nós nós entramos no ar no dia 20 de agosto. Uhum. Mas na realidade a preparação começou bem antes. Nós começamos em junho. Uhum. Né? Em junho, no começo de junho, final de maio, início de junho, nós, a equipe já foi montada, né, né? Então, éramos cinco, era eu, o Cláudio Macarra, o Marcelo, ã, Ma fazia freelance final de semana, ele e Roberão, né? E o Paulo Sérgio, ã, esse Marcelo era Marcelo Quadros. né? Então, tínhamos, a equipe foi montada eh logo nos primeiros dias da Rádio Bandeirante já entrou uma outra pessoa, uma mulher que precisava de uma voz feminina e aí entrou a Cidinha, né, que trabalhou um bom tempo também com a gente. Mas foi assim uma experiência incrível, porque nós tínhamos um cidadão chamado José Luiz Gouveia, né, que ele era que nos orientava e ele nos dava assim sempre uma responsabilidade muito grande porque tinha o nome da rádio, né? Então a gente não tava indo para uma rádio qualquer, a gente estava colocando no ar a rádio Bandeirantes de Vitória da Conquista, referência no Brasil. Uhum. Então, a responsabilidade era realmente muito grande e nós tínhamos que ter aquela preparação. E essa preparação foi feita sempre com muito entusiasmo. A gente tinha muita vontade, a gente sabe, planejava tudo, como é que seria, foi tudo muito, foi tudo muito bem estudado, tudo muito bem preparado. E quando a gente, enfim, ah, começou no dia 20 de agosto de 83, começamos de forma boa, né? Eu diria espetacular, porque espetacular é um um limite que a rádio foi se tornando cada vez mais popular, cada vez mais popular.

Elton Becker: Como é que era, em Conquista? Naquela época, os anos 80 tinha pouco mais de 170.000 habitantes, como é que era fazer parte de uma emissora tão popular numa cidade menor, bem menor do que a gente tem hoje?

Rubem do Prado: Mas a além da do público de Conquista tinha também a região, porque como nós tínhamos um alcance muito grande, nós tínhamos uma, e era e era novidade, quer dizer, novidade sim, porque já tinha outras emissoras de de rádio, já tinha a rádio clube, né, que já tava no há há bastante tempo, acho que era só a rádio clube, depois a segunda acho que foi a Bandeirantes, depois que veio a 100,1, que hoje é amp que hoje é AMP. Então, eh, mas aí a Bandeirantes, ela tinha uma uma ela tinha uma uma potência maior, portanto, o alcance maior, a nível de de outros municípios e e a gente tinha uma audiência muito boa em outras cidades, como Poções, Planalto, Barra do Choça, todas as cidades aqui no entorno, principalmente no sertão, partindo de Anagé, Aracatu, Brumado, Livramento, Dom Basílio, enfim, toda essa região aí, a audiência era era assim, era espetacular, né? E a gente tinha um propósito, né? Então, era tudo eh muito bem estudado, a programação musical para cada horário, o tipo de música em cada horário que você colocava. Quer dizer, tudo isso eh foi muito bem estudado e graças a Deus deu certo.

[Minuto 10]

Elton Becker: Você falou uma palavra aí propósito. Eu me lembro de muitos artistas, eles próprios, levando os seus trabalhos até você. E aí eu queria te perguntar uma coisa, duas coisas na verdade. Primeiro, como é que era a sua relação com os artistas considerados independentes e o que que te motivou a criar um programa dedicado somente à música brasileira, que era um programa que começava 5 da manhã, seguia até 7. E curioso, como eu anunciei que você vinha para cá, muita gente falou assim: "Esse programa faz parte da minha sensibilidade". Como é que como é que surgiu isso? Assim, você falou, você falou assim: "Olha, a partir de agora vou criar um programa dedicado à música brasileira e só vou tocar mais os artistas independentes, embora, evidentemente, que você tocasse, eh, o pessoal, o pessoal ali do Ceará também, né, Belchior, né, como eu falei aqui e tal, não é? E você trazia muita novidade. Como é que como é que surgiu isso, Rubem? Você tomou essa ideia.

Rubem do Prado: Veja bem, então vamos começar pelo programa das 5 da manhã, né, das 5 às 7 da manhã. Isso que era um programa assim bem regionalizado. Então, eh, exato. Eu eu gostava muito da da das músicas, dos artistas de conquista e eu ficava triste porque eles não tinham espaço no rádio. Você não ouvia Xangai no rádio, você não ouvia Elomar, você não ouvia os artistas da cidade, você não ouvia. E quando eu conheci Zé Luiz, nós conversamos a respeito disso, né? Então, falamos: "Rapaz, você, eu, eu fico triste quando eu chego no lugar que eu falo pro cara assim: "Pô, hoje vai ter um show de uma apresentação de Xangai lá na na Rinha de Galo." Aí o cara, onde é a Rinha de Galo? Ah, é ali no no bairro Recreio e tal, quem é Xangai? Aí eu ficava triste, né? né? E eu ficava triste porque eu considerava e considero o Xangai até hoje um dos melhores artistas do Brasil. Uhum. Sabe? A um ele tem um potencial de voz, uma interpretação assim que é uma coisa fantástica. Às vezes eu fico assim escutando o Xangai e eu fico pensando, caramba, parece que ele tem eco na garganta. Eu não sei como é que ele consegue fazer aquilo, sabe? Você escuta uma música como Cucurrucucú, você fala, ele transforma, você fala: "Pô, mas como é que esse cara consegue fazer isso?" Eu eu ficava encantado com Xangai. Eh, e ninguém conhecia Xangai, ou pouca gente conhecia Xangai. Elomar, a cabeça de Elomar é um espetáculo, rapaz. Eu eu costumo dizer que Elomar parece que ele tem um um HD no, ele não tem cérebro, ele tem um HD, ele ele memoriza as coisas, ele faz com tanta facilidade que parece simples o que ele faz. E o que ele faz é uma coisa tão fantástica que é estudado. Uhum. Né? Então isso precisa, precisava ser valorizado, sabe? E aí eu conversei com o Zé Luís a respeito disso e apresentei o projeto e ele topou na hora. disse: "Rapaz, nós vamos fazer". Uhum. Aí na eu eu costumo dizer que eu dei muita sorte no rádio. Acho que ninguém deu mais sorte no rádio do que eu, porque em 1983 foi quando a música popular brasileira e a música mundial tava numa explosão. As bandas de rock, a a o rock saindo de de Raul e e Rita Lee. E e aí agora explodiu para todo mundo. Você começaram a surgir Barão Vermelho. É Legião Urbana, Kid Abelha. Nossa, Blitz, rapaz, era uma coisa assim fantástica. Então eu peguei a melhor época do rádio, a melhor época da música brasileira e tive a sorte também de sair na melhor hora. Eu costumo dizer que eu dei muita sorte na hora de entrar e na hora de sair, porque no momento que eu saí foi um momento em que eh começaram a envelopar, né, a música.

Elton Becker: E o seu programa, como eu disse, né, esse Nossa Terra era de cinco a sete. Eu conheço muita gente, muita gente repercutiu antes de você entrar no ar. Então assim, você tem aí gerações de pessoas que acordaram para ouvir você, tanto para ir pro trabalho quanto para ir pra escola, né?

Rubem do Prado: Isso era coisa boa, né? Porque hoje eh ainda existe as pessoas, claro, né? Existem as pessoas que acordam para ouvir rádio, mas naquela época as pessoas o a a as pessoas realmente acordavam para ouvir. Uhum. Sabe, as pessoas começaram a gostar do da da música, do estilo e come e e não tinha como mudar, né? Não tinha. E foi uma época também em que outros tantos cantores, não só os cantores de conquista, na época também começaram surgir os festivais, né? E com os festivais foram muitos artistas que foram revelados. Evandro Correia foi um dos e você foi um dos primeiros a tocar Evandro.

Elton Becker: É interessante, né?

Rubem do Prado: Eu eu toquei, você tocou no assunto de Evandro, tem até uma história com Evandro, porque eu tocava muito Evandro, mas eu não o conhecia pessoalmente.

Elton Becker: Olha só.

Rubem do Prado: É, aí quando foi um dia, eu tava num estúdio, muito tempo depois eu tava num estúdio lá na Frei Benjamim, lá embaixo, rapaz, ali no cruzamento do aeroporto. E aí o a gente, eu tava batendo papo e tal e aí chegou Evandro Correia. Aí esse o dono do estúdio chegou para ele e disse: "Ah, quem é o cara aqui de conquista que toca a sua música?" Aí ele virou assim, ele disse: "Rapaz, felizmente a gente tem aqui um tal de Rubem do Prado. Esse cara, velho, é que é que faz o artista de conquista e tal e começou a falar maravilhas assim de mim e tal. E eu olhando para ele, aí ele o dono do estúdio virou ele tá ele sentado atrás de você aí. Aí foi aquele abraço, aquela coisa e tudo. Foi o dia que eu conheci Evandro Correia numa circunstância realmente maravilhosa, porque foi bom, não é? Porque eu conheci tantos artistas, tantos, tantos, tantos, mas dentro do estúdio. Evandro eu conheci no estúdio, mas de gravação, não foi no estúdio da rádio.

[Minuto 15]

Elton Becker: Uhum. E aí que menino da vida, por exemplo, em 1991, né? Você você me lembro você tocava e você tocava os discos do festival de inverno, né?

Rubem do Prado: Todos, todas as todas as músicas do do festival, do primeiro, do segundo, todas as músicas, né?

Elton Becker: Essa essa história de Evandro lembra um pouco a história de Xangai com Rolando Boldrin, né? Que o Rolando Boldrin pergunta para Xangai lá em Vitória da Conquista, alguém toca sua música? E aí o Xangai vai falando, né?

Rubem do Prado: É, não, eu tinha tinha artistas hoje famosos, né? que ligava e ligava até para agradecer, né? Porque eles tinham eh conhecimento de do quanto a gente divulgava a música deles. Então eles eles ligavam muitos deles, né? Mas foi uma outra época. Quer dizer, hoje o rádio é totalmente diferente, mas eu eu fico feliz. Aham. Pelo que foi feito.

Elton Becker: Rubem, é, eu queria te perguntar uma coisa também, que é o seguinte, assim, como você bem disse, né? Você tem um conhecimento musical, você viveu tudo aquilo. É no momento que que a gente tava tendo ali no Brasil uma efervescência da música pop, da música rock, era Rita Lee, Lulu Santos, Kid Abelha, Barão Vermelho, eh Paralamas do Sucesso, mas você entra numa outra linha. Então assim, você enfrentou, claro, você teve a a o acolhimento da direção, mas houve algum desafio de você colocar um programa no ar voltado para esse tipo de música independente? Hoje a gente fala mainstream mesmo, mas naquela época a gente falava jabá, né?

Rubem do Prado: É. Não, não, eu não tive nenhuma.

Elton Becker: A cidade acolheu?

Rubem do Prado: Não, nenhuma dificuldade. Pelo contrário, né? Eu acho que a a aceitação foi muito grande e foi fantástico, né? O o você falou aí do Ritchie, é, eu tive a oportunidade, né, de conversar muito com ele. Sim. Nós nós trouxemos o Ritchie aqui na época quando ele tava explodindo com aquele sucesso enorme. Quer dizer, não era uma, ele não tinha um sucesso, era o disco inteiro, né? Voo de Coração, o nome do Disco Voo de Coração. Rodou tudo, tudo do disco dele, você podia rodar. E nós trouxemos ele aqui. Foi, acho que talvez a primeira vez que teve superlotação no ginásio de esportes, que tivemos que fechar as portas do ginásio esportes, porque não comportavam mais ninguém. Se fosse hoje a a segurança não permitiria um público de interditava na hora, não ia permitir um público daquele porque não tinha condições mais de de entrar ninguém. Mas eh o que as pessoas não sabem é que antes e depois do show nós tivemos um contato muito bom e ele tava não era exatamente o início de carreira, mas ah era um início de um grande sucesso e nós conversamos muito sobre isso, né? e tinha um um cantor, depois fez muito sucesso também, meu Deus, que que era era da banda do Ritchie e ai me falha agora, não me lembro agora o nome, mas a gente tocou muito ele também e foi um contato maravilhoso e foi muito bom.

Elton Becker: Nós estamos conversando aqui na Brasil FM com o Rubem do Prado. Estamos falando um pouquinho da memória do rádio de Vitória da Conquista. Rubem, como é que você fazia, digamos assim, o processo de seleção das músicas que entravam no programa? Você tinha algum critério ou você sabe que Drummond, grande poeta Drummond, foi radialista também, né? E você tinha algum critério ou você fazia como Drummond seguia assim a pressão do sentimento? Como é que era?

Rubem do Prado: Olha, eu vivia o rádio 24 horas por dia, né? Então eu chegava em casa à noite e e e já ficava já pensando o que que eu vou tocar amanhã. Aí eu começava na na minha cabeça já fazer a programação. Então quando eu chegava na na emissora, eu só ia separar os discos porque a programação já tava pronta, já tava na cabeça e isso acontecia todos os dias. Não tinha esse negócio de que eu fiz hoje a programação, depois eu ia ver se deu certo, ao longo do dia, eu ia eu ia saber se deu certo e tal.

Elton Becker: Mas porque tinha uma coisa também que nem sempre você tocava a chamada música de trabalho, né? Eu me lembro de você ouvir o disco inteiro e aí me lembro até de uma situação que aconteceu que você tocou uma música do Zé Ramalho que era de um uns dois, três discos anteriores. Aí o ouvinte ligar e fala assim: "Eu não conhecia essa música nova de Zé Ramalho, né? Porque os ouvintes eles interagiam imediatamente ali por telefone contigo, né?"

Rubem do Prado: Era sim, era, era de imediato. Sugeriam música, muito, muito, muita gente chegava, poxa, dava para você colocar na sua programação, falar na programação de hoje não, mas você me diz qual é a música e eu vou colocar na programação de amanhã. Então eu ia ouvir a música e aí colocava na programação do outro dia. Mas era uma coisa assim fantástica, né, mas a participação, porque é uma coisa que eu acho muito importante até hoje, é exatamente isso, é quando você tem a participação do ouvinte, né? se o quando ele interfere na programação, porque aí você sabe se ele tá gostando ou se ele não está gostando. Quando ele lhe pede para ele incluir, para incluir uma música, aí você vai ouvir aquela música e tal. Poxa, cabe sim, cabe na programação, eu vou colocar e você coloca, né? Então, quando você tem autonomia para fazer a programação e que você interage com o ouvinte, isso facilita e e isso me facilitou o tempo todo.

[Minuto 20]

Elton Becker: Então, a programação não era feita só por mim, a programação era feita principalmente por quem ouvia. Rubem, algum feedback assim, algum retorno marcante assim que você já recebeu de algum ouvinte? Você já falou de artistas, mas é de ouvinte assim, um feedback marcante assim para você?

Rubem do Prado: Não tem números, né? Tem inúmeros. Tem inúmeros. É, é, é difícil até você...

Elton Becker: Algo curioso assim, inesperado, não era?

Rubem do Prado: Era assim quando eu chegava na rádio, porque antes de antes de ir pra rádio que as pessoas, eu chegava, entrava no às 5 da manhã, mas não chegava na rádio às 5 da manhã, né? Primeiro passava no transmissor, né? para ir ligar o transmissor. Bendito o transmissor. Era 10 minutos só para eu esperar para aquecer para aquecer a a válvula, sei lá o que que era que ficava esperando lá. E na no topo da serra, naquele frio, 4:30 da manhã, não era fácil. E o durante aquele tempo que a gente tava esperando ali, era eu me via ali no estúdio e já começava o programa. O programa já tava na cabeça naquele momento, sabe? Então, eh, e aí vinha aquela história de que o ouvinte, né, ele olha, amanhã eu vou acordar às 5:10 para ouvir essa música, porque você tinha que colocar às 5:10. Caramba, eu vou acordar às 5:30. Você pode colocar 5:30? Posso. Aí você tinha que colocar 5:30. Então tinha muito disso também. e os tantos artistas, né, que a gente teve oportunidade assim de de trabalhar, de lançar o artista, foi uma coisa assim fantástica. Eu eu me lembro de de muitos casos eh de grandes artistas que hoje tão aí no cenário ainda, graças a Deus até hoje fazendo sucesso, mas que começaram naquela época lá na Rádio Bandeirantes.

Elton Becker: Olha, eu vou abrir espaço aqui para repercutir a entrevista com alguns ouvintes. Não é como naquela época por telefone, mas hoje é pelo WhatsApp. O Plácido, que é um pesquisador da música local, escreveu o seguinte: "nunca conheci o Rubem pessoalmente. Me lembro da voz dele, do Nossa Terra com muito carinho. Me lembra a sensação de retorno ao lar quando eu vinha de Salvador, de ônibus e o motorista sempre ligava o rádio no programa bem cedinho, como já era possível captar o sinal. Descendo na atual avenida da Integração, naquela época Rio-Bahia, né, ouvindo a sua voz. Um grande abraço e obrigado por ter feito parte das nossas vidas. Eu era criança nessa época, não precisa falar isso."

Rubem do Prado: Não, eu eu sabia que eh era qual era a empresa? Camurujipe.

Elton Becker: Camurujipe.

Rubem do Prado: Camurujipe, né, que fazia a linha Conquista Salvador. Aham. Então eu eu sabia disso que a partir de Planalto para cá eles colocavam, sintonizavam na rádio Bandeirantes e e eu aproveitava, é claro, né, para poder dar as boas-vindas, né?

Elton Becker: Exatamente.

Rubem do Prado: E eu fazia isso, nossa, todos os dias.

Elton Becker: O Beto Veron escreveu aqui, ó, eh, vale a pena gastar a orelha com Rubem do Prado.

Rubem do Prado: Beto é Beto é um um um intelectual. É uma pessoa fantástica, é um cara da comunicação, um cara que eu não sei por ele, uma hora se ele deixar, eu quero trazer ele aqui, viu, Beto? Uma hora, se você deixar, eu quero trazer você aqui pra gente conversar.

Elton Becker: Pode ter certeza que vai ser, nossa senhora, vai ser fantástico. Luizinho, que é motorista de táxi, Luiz Barros tá mandando um grande abraço para você. E o Jânio Freitas, que é amigo nosso, escreveu aqui, ó, eh, tamanha e sincera emoção ouvir o mestre dos mestres do rádio, o papa radiofônico, um papa radiofônico, um amigo diferenciado. Grande beijo nesse coração gigante, meu querido amigo, irmão, luz e paz, Jânio Freitas. E tem um áudio aqui do seu Zé Augusto Rocha que mandou para você. Vamos ouvir.

[Minuto 25]

Zé Augusto Rocha (áudio): Boa noite, Elton. Um abraço, Rubem do Prado, esse excelente comunicador. Valeu. Boa noite.

Rubem do Prado: Fala, seu Zé do Coco, o que me chamava atenção no seu programa é na não só o Nossa Terra que você fazia de 5 a 7, mas depois você voltava depois do jornal, né, de 8 às 10. De Bom Dia. Exato. Depois virou Manhã Matinal, na Manhã Matinal que depois virou Band Bom Dia.

Elton Becker: E o que me chamava a atenção é que você conseguia reunir o público mais simples até aquele público mais, digamos, mais letrado, mais intelectual, isso, né? E era isso que me impressionava no seu programa, como conseguia atingir diferentes públicos. A gente até tinha uma, deixa eu revelar uma coisa aqui para você, a gente até tinha uma brincadeira lá na rádio internamente que a gente falava assim: "O Ruba, o Rubão é Ruba, o Rubão toca de tudo, só não toca Menudo, lembra disso?"

Rubem do Prado: É. E depois no fim a gente acabou fazendo um programa eh aos domingos, né? Fazia o programa Domingo de Manhã, um programa bem infantil e que foi assim fantástico. Eu me senti uma criança aos domingos. Quer dizer, gente, era de domingo a domingo, mas era era muito prazeroso. E eu eu quero dizer às pessoas que estão nesse momento nos ouvindo e que eh acompanharam o meu trabalho naquela época, eu queria dizer a vocês da emoção de vocês me darem oportunidade para que eu pudesse fazer aquele trabalho, porque ah, a a força que eu tinha vinha de vocês. Quer dizer, eu eu quando abri aquele programa às 5 horas da manhã, que depois a rádio passou a ser 24 horas por dia, então aí eu já recebia de alguém, né? E um um uma das figuras fantásticas que eu gostava de receber o horário dele era Nilton Júnior, né, que fazia de meia-noite às 5 da manhã. Eu adorava receber o horário de Nilton Júnior. E aí o que que acontece? eh essa essa força que vinha do carinho das pessoas eh eh em acompanhar o nosso trabalho nos dava realmente um um ânimo, um gás todos os dias, todos os dias, porque eu procurava eh dentro das minhas limitações fazer o que eu poderia fazer de melhor. e deixei alguma coisa e que se foi uma coisa assim positiva, eh, eu fico feliz e vou carregar esse esse mérito pro resto da minha vida, porque eh a única intenção que tinha era isso, era de fazer dentro do possível o melhor.

Elton Becker: Ah, boa noite, Elton. Deixa eu ver aqui um ouvinte que ele tá lembrando, é o Valdiran, ele tá lembrando, né, que você, irmão do Edmilson do Prado, isso, né, que deixou de saudosa memória, né?

Rubem do Prado: Muito, muito, muito. Ele, ele foi uma das partes mais importantes, né, do meu trabalho, então o cara que me incentivou a vida toda. Eh, mas é isso. Uhum. Isso. O tempo passa, né? E e o o rádio é uma coisa muito bacana e eu e que nos ajuda inclusive a superar essas essas dificuldades da vida, né? Tudo tudo. O rádio, o rádio, a partir do momento que você eh que você se dá conta de que a responsabilidade desse microfonezinho que tá aqui na sua frente é muito grande, né? Porque você não tá falando, não, não sou eu e você aqui, né? Nós estamos falando para sabe-se lá quantas pessoas e se essas pessoas estão eh agradando da conversa ou não. Ah, aí você tem essa responsabilidade. Você não vai chegar aqui e querer fazer besteira porque o microfone não permite isso. E quando você faz alguma besteira para consertar, compadre, é muito complicado.

Elton Becker: Tem, é uma das coisas que eu aprendi com você, tem de ter muito respeito com ele.

Rubem do Prado: Muito.

Elton Becker: Vamos repercutir mais aqui. Luiz Barros tá dizendo assim: "Curti muito a programação de Rubão quando amanheci o dia trabalhando. Grande Rubão, grande abraço para Rubão. O professor Benivaldo tá mandando palminhas aqui. Professor Dirceu Góes da UESB tá dizendo assim: "Olha, maravilha. Vou até eh reproduzir a entrevista. Acho que ele deve estar gravando para os estudantes da UESB. Parabéns. E o Júnior Patente mandou um áudio dizendo o seguinte, que a gente tem de ir lá no programa dele.

Rubem do Prado: Grande da Júlia. Da Júlia é uma figura especial, um cara super bacana.

Elton Becker: E e Massinha botou aqui Rubão Sumido.

[Música]

Rubem do Prado: Ah, Massinha, Massinha uma pessoa muito bacana.

Elton Becker: Paulo Barros tá mandando palminha para vocês.

Rubem do Prado: Palminha é uma figura, né? Gosto demais.

Elton Becker: Outros colegas de rádio aqui. Freitas.

Rubem do Prado: não pode deixar de falar, né, dessa dessa figura, porque eh além de de colega de de profissão durante muitos e muitos anos, é a pessoa dele, né, é um ser humano especial, é um ser humano fora de série, um ser humano espetacular. Então, eh, eu eu aprendi a gostar de Jânio quando eu conheci, não me lembro quando foi, e gosto dele até hoje porque ele realmente tem um coração enorme e a gente, eu fico muito feliz por ser amigo dele.

Elton Becker: Falando em coração, em outubro, setembro, outubro de 2023, você passou por um momento delicado, teve de fazer mamária, safena, foi. Como é que tá a recuperação? Como é que tá esse coração aí, Rubão?

Rubem do Prado: Muda tudo, né? Muda tudo depois que você passa por esse processo, muda tudo, porque os cuidados são enormes, né? E e aquela rotina que você tinha, você deixa de ter, mas você se adapta à nova realidade, né? E eu tô me adaptando a uma nova realidade, não tem sido fácil, mas eu eu tenho consciência das minhas limitações e dentro dessas limitações eu venho tranquilo. Eu não não tenho do que reclamar não, né? Mas tá, foi um processo muito difícil, muito muito difícil, mas felizmente tá aqui, ó. Tô vivo.

Elton Becker: Não dê susto na gente mais não. Não dá susto na gente mais não. Olha, eh, o Plácido tá dizendo o seguinte aqui, que ele tá gravando a entrevista o subprojeto dele, acervo de entrevistas, que ele tem um projeto que chama-se Memória Musical do Sudoeste da Bahia. Eu convido você até conhecer o site dele, Memória Musical do Sudoeste da Bahia. E entre outras coisas tem você lá também.

Rubem do Prado: Que ótimo, que bom. Eu fico feliz eh eh todos os dias ao me lembrar que dessa parte da história do rádio de Vitória da Conquista, eu tenho uma pontinha bem pequenininha, mas eu tenho uma uma pontinha lá pelo que pelo que a gente fez. E eu só tenho que agradecer as pessoas que eh me acompanharam e principalmente os artistas por por eles terem me dado a oportunidade de fazer esse trabalho, né? Porque eu costumo dizer, eh, não, não é o artista que tem que agradecer a pessoa que tá ali trabalhando com a música dele. É quem tá trabalhando que tem que trabalhar, que tem que agradecer o artista por ele ter feito aquele trabalho fantástico e por ter me dado a oportunidade de trabalhar com a música dele, né? Então, eh, eu vou pedir Elomar para ele me agradecer, por quê? Eu que tenho que eu tenho que ajoelhar e agradecer a Elomar por ele ter feito tudo que ele fez e por ele ter me dado a oportunidade de jogar isso para pras pessoas e para as pessoas que como o o você acabou de falar, né, que tá isso.

[Minuto 30]

Elton Becker: E que fantástico, que coisa Paulo.

Rubem do Prado: Ah, meu amigo Paulo Guimarães. Paulinho. Paulinho é meu amigo. Nossa Senhora.

Elton Becker: Olha, e tem uma pessoa aqui aí, eu sou suspeito para falar. Sirley, tá ouvindo? Tô mandando um beijão para você.

Rubem do Prado: Nossa senhora. Muitas a gente não vamos nem falar anos, né? Mas são, né, algum alguns algumas décadas, né, de de uma parceria fantástica e que o que eu costumo dizer é que a sorte que eu tive na Rádio Bandeirantes de ter começado no momento especial da música no Brasil e no mundo, porque não foi não era só a nível de Brasil também, nós temos que lembrar que a música estava explodindo da melhor forma no mundo inteiro, né, com Michael Jackson, com com Stevie Wonder com tantos outros da tava. Então, foi uma efervescência enorme da música no Brasil e no mundo. E eu peguei esse período. Mas, eh, para completar, para você ter a oportunidade de também dar ênfase ao seu trabalho, é preciso que tenha o ambiente. o ambiente, você não consegue fazer, você não vai desenvolver um trabalho dentro dos da sua capacidade, se você não tiver um ambiente legal para você trabalhar,

Elton Becker: chamadas condições de possibilidade.

Rubem do Prado: É, e era uma coisa que a gente tinha lá, isso era uma coisa que nós tivemos durante bastante tempo, era uma família. Aquilo lá é como se fosse uma família. Então, a gente eh sabia do do de vida particular de cada um dos colegas de trabalho, participava da vida dos colegas e ouvia e falava sobre os problemas e eh a gente era, então essa essa família, isso também ajudava, ajudou muito. E eu eu soube aproveitar tudo isso. Então eu aproveitei a parte artística de quem me dava essa oportunidade para trabalhar e aproveitava também o ambiente, o local de trabalho e mantenho isso felizmente até hoje.

[Minuto 35]

Elton Becker: Muito bem. Olha o Adão Albuquerque tá mandando beijo grande para você. O pessoal nossos colegas também escutando figura, né? Antônio Sena, Pedro, Marcelo Bonfá que tá ouvindo Marcela, Marcel. O Tiso também tá ouvindo. Zenon Barbosa.

Rubem do Prado: Caramba.

Elton Becker: Nagib, grande Rubão.

Rubem do Prado: Nagib, um grande abraço, Nagib, Zenon Barbosa, um beijo no coração. É o Marceleta, Marceleta, nós trabalhamos juntos e a partir de 1989 lá na Rádio Bandeirantes, eu acho que até 92, 93 por aí. Ele não ficou muito tempo, acho que 3, 4 anos, não mais do que isso. E depois voltamos a trabalharmos juntos numa numa rádio web eh aqui em Conquista na Mega Rádio. Nós fizemos Mega Rádio, eu, ele, hoje a prefeita, né? Eh, Sheila Lemos. Para quem para muita gente não sabe, né? Mas Sheila foi de rádio. Ela também.

Elton Becker: Olha só, eu mesmo não sabia.

Rubem do Prado: É, as pessoas não sabem, mas Sheila também trabalhava com a gente. Então era eu, Marcelo, Sheila e Luciano Pina.

Elton Becker: Mateus Araújo aqui mandando um abraço para você. Geovani Viana, Paulo Nunes, Sui, Lucas, Paulo,

Rubem do Prado: Paulo Nunes, não vejo há décadas que eu não vejo Paulo

Elton Becker: com a gente repercutindo sua entrevista aqui. Que coisa boa. O Washington, caramba, olha, muita gente boa.

Rubem do Prado: Que maravilha. Eu fico muito feliz e eu eh agradecia a todos os dias, né, e fiz isso durante muitos e muitos anos. E eu aproveito para agradecer de novo e dizer a a todos que o trabalho que foi feito naquela época foi feito com muito carinho, né? sempre com muito amor, com muita dedicação, mas com muita dedicação mesmo. E eh se claro que a quem sou eu para ter a pretensão de de agradar a todos, mas a gente procurava fazer um trabalho no sentido de agradar sempre a maioria. E eu não sei se eu consegui, mas de qualquer maneira, pelas manifestações que estão tendo aí, eu acho que o trabalho foi mais ou menos.

Elton Becker: A gente conversou aqui com o Rubem do Prado, ele que foi um dos primeiros locutores da rádio Bandeirantes FM de Vitória da Conquista, que entrou no ar oficialmente no dia 20 de agosto de 1983. Entre as décadas de 80 e 2000, Rubem foi uma das principais vozes do rádio de Vitória da Conquista. E como você pode perceber na entrevista de hoje, é ainda uma grande voz potente do rádio de Vitória da Conquista. E tem gente perguntando quando é que é que você volta. É sério, tem pergunta aqui.

Rubem do Prado: Ah, eu escuto sempre essa pergunta, né? Eu eu só respondo as pessoas da seguinte forma. Eu digo: "Olha, eu saí do rádio, mas por incrível que pareça, o rádio ainda não saiu de mim". Então, eu não sei se eh se é definitivo, quem sabe de repente, né?

Elton Becker: Contamos aqui em quase 50 minutos um pouco da história do rádio de 30 anos, né? Mais ou menos.

Rubem do Prado: Contamos aqui um pouquinho, é um pouquinho mais de 30, né? 40 42 anos, né? Porque foi em 83, em agosto de 83, no mês que vem, né? completando aí 43 anos.

Elton Becker: Eh, e

Rubem do Prado: eu quando eu começo a falar a respeito da da do início do trabalho no rádio, quer dizer, na rádio Bandeirantes naquela época, é um filme que volta na cabeça assim e tal. E eu consigo eh lembrar de de do do primeiro dia, do primeiro dia, quando eu cheguei no estúdio às 5 da manhã para colocar a rádio no ar, porque foi no dia 19 de agosto, né, que foi feito à noite, né, 19 de agosto que foi feito a festa lá e tal e era meu aniversário. Então eu não fui, né, eu não fui. Eu dei uma passada lá e tal, cumprimentei as pessoas, mas não fiquei para a festa mesmo, porque eu queria descansar para chegar no outro dia. E no outro é e no outro e no outro dia era aniversário de Mac.

Elton Becker: Ah, olha, velho.

Rubem do Prado: Era aniversário de Mac. Então foi um estímulo sim a mais até para começar bem o programa. E aquele negócio, né? Os colegas ficavam todo mundo ouvindo o tempo todo. Eu tava fazendo o programa, mas eu sabia que Paulo Sérgio tava ouvindo, Marcelo tava ouvindo, Marcelo tava ouvindo, tava todo mundo ouvindo, porque a gente ficava o tempo todo ouvindo até para ajudar um ao outro, né? tava todo mundo iniciando, então era uma oportunidade que a gente tinha de poder tá ajudando o outro, era ouvindo o que o trabalho que cada um tava fazendo. Mas eh eu acho que conseguimos fazer um bom trabalho, graças a Deus.

Elton Becker: E e pessoal tá aí dando sequência, Zenon, Marcelo, eh, Paulo Martins, enfim, o pessoal lá da fazenda, eh, do Poço Verde, a, eh, o pessoal da Fazenda Pirajá, que acho que foi vizinho de seu irmão, e tem vários aqui repercutindo sua entrevista.

Rubem do Prado: A Fazenda Pirajá era do meu irmão. A fazenda Pirajá era dele.

Elton Becker: Impressionante aqui o pessoal repercutindo a sua entrevista aqui.

Rubem do Prado: Que maravilha. Que ótimo.

[Minuto 40]

Elton Becker: É, é impressionante aqui o pessoal aqui mandando mensagem, né? Assim. E tem uma pessoa aqui, ah, o Cássio Nunes, gordinho,

Rubem do Prado: gordinho, grande gordinho.

Elton Becker: Olha, Rubem, raríssimas vezes eu fiquei um programa inteiro com uma pessoa só, só com presidente da República, governador do estado, senador. Sério, muito obrigado. Stephanie do bairro do bairro Alto Maron disse assim: "Eu acordava todos os dias de manhã e antes de ir pra escola ligava o rádio para ouvir o Rubem do Prado." Só tenho uma palavra para dizer para você, Rubem. Muito obrigado. Se meus filhos hoje gostam de Elomar, de Xangai, de Vital Farias e de Geraldo Azevedo, de Elba Ramalho. E ela faz uma lista enorme aqui, graças a você. Poxa, muito obrigado.

Rubem do Prado: Com essa a gente terminou aqui. É, é, e eu já eu já tinha escutado eh essa mesma coisa alguma algumas vezes, mas realmente me emocionou.

Elton Becker: te tirou, é, te tirou do chão.

Rubem do Prado: Eu eu saí do chão agora. Que muito obrigado. Eu lhe agradeço muito por isso. Eu fico muito feliz por essa sua manifestação e outras pessoas com certeza fizeram, talvez não a mesma coisa, mas para manifestar dessa forma emocionante. Eu gostei muito.

Elton Becker: Qual o nome da pessoa?

Rubem do Prado: Stephanie.

Elton Becker: Stephanie. Ela mora no Alto Maron.

Rubem do Prado: Muito obrigado, Stephanie. Saía todos os dias, assim como muita gente. Muito obrigado mesmo. Eu tô, eu tô muito feliz

Elton Becker: casa para escola para escutar se ela é mesmo era uma delas, tá?

Rubem do Prado: É neném, né? Neném.

Elton Becker: Ex. Então, a Marcelo tá dizendo aqui, parabéns, Rubem. Muito obrigado. Olha, eu teria muitas coisas para te dizer. a gente já pode marcar uma segunda entrevista, mas ao mesmo tempo queria dizer muito obrigado, assim, obrigado por estar aqui hoje, obrigado por ser você e obrigado por ter acho que você acreditou primeiro em mim do que em eu mesmo. Muito obrigado.

Rubem do Prado: Marcelo tinha um potencial muito grande. Não tinha como não acreditar em Marcelo, porque Marcelo quando ele chegou no rádio, ah, aí eu ficava pensando, eu ficava ali, ah, tentando aprender com Marcelo. Marcelo tava começando e para mim ele era um grande profissional. Fala: "Caramba, esse cara sabe tudo, né?" E ele continua até hoje eh mostrando esse seu profissionalismo. Ele é fantástico. Marcelo é um cara pra gente aprender todo dia. Todo dia.

Elton Becker: Valeu, Rubão.

Rubem do Prado: Poxa, que bom. Eu fiquei muito feliz e eu queria agradecer a todas as pessoas que tiveram a oportunidade de fazer essa manifestação. vocês não sabem, vocês não não não conseguem talvez dimensionar o quanto isso eh faz com que o profissional do rádio ele se sente agradecido e grande e e não sei, eu não sei assim até dizer eh da minha felicidade de poder ter feito tudo que eu fiz. Então, muito obrigado a todos vocês. Muito obrigado mesmo de coração.

[Minuto 45]

Elton Becker: Acabei, acabei de criar a próxima pauta aqui da próxima entrevista que a gente sequer falou de a partir de 1989, quando entra no ar a Bandeirantes AM que você é uma das pessoas que vai compor o quadro da Bandeirantes. É a próxima entrevista.

Rubem do Prado: Viu rapaz, aí agora nós temos histórias juntos, né? Porque aí nós temos aí a história, a história de você.

Elton Becker: E inclusive o Rubão é um dos responsáveis por ter criado o pior apelido que eu já recebi na vida. Ele e o Nilton Júnior. Tchau gente.

Rubem do Prado: Não fui eu. Não fui eu, foi o Mac.

Elton Becker: Tchau, gente. Boa noite. Valeu. Valeu. Muito obrigado. Boa noite. Que conquista de todos!

* = A transcrição ainda pode conter erros, e será corrigida. Caso identifique algum, avise-nos através do campo de comentários ou clique aqui.

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Neste sábado (30), Vitória da Conquista recebe a festa Noite Indie, que será realizada no restaurante Culinária Intuitiva, localizado na Rua Joaquim Padre, nº 25, no bairro Recreio, a partir das 19h. O evento terá como principal atração o show de lançamento do EP “Ela, o Mar e Eu”, da artista conquistense Pipa, e contará também com apresentações de Vinih Fonseca, da banda Há Vida em Marte, e do DJ ARQ-X.

Durante a festa, Pipa e sua banda apresentarão as músicas do seu novo projeto ao vivo pela primeira vez. Desde o lançamento, o EP já soma mais de 9 mil execuções na plataforma de streaming Spotify.

Este é o primeiro lançamento autoral da artista Pipa e reúne quatro faixas com direção do produtor Diego Oliveira, com letras que exploram relações afetivas de mulheres lésbicas e bissexuais, em um estilo indie rock marcado por chorus e reverb.

Os ingressos antecipados para a Noite Indie estão disponíveis e podem ser adquiridos pelo site do Sympla (clique aqui). O evento é promovido pela Planeta Vermelho Produções, uma iniciativa de artistas independentes de Vitória da Conquista.


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Publicado originalmente em 26/08/2025, em Jornal Conquista.

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“Uma Cantoria para Vital” – A Celebração da Obra de Vital Farias em Vitória da Conquista


Um encontro de gerações, de memórias e de poesia. O espetáculo “Uma Cantoria para Vital” nasce como uma homenagem ao cantor, compositor e poeta paraibano Vital Farias, que nos deixou neste ano, mas permanece eternamente vivo através de sua obra, que se tornou pedra fundamental na construção da música popular brasileira e nordestina.


Em formato de cantoria, este espetáculo une grandes mestres da música do sertão e do Brasil: Elomar, Xangai, João Omar e João Farias – filho de Vital – que assume o papel de fio condutor desse tributo emocionante.


Juntos, eles transformam o palco em uma grande roda de histórias, canções e celebrações, revisitando o legado poético e musical de Vital Farias, que eternizou clássicos como “Saga da Amazônia”, “Ai Que Saudade D’Ocê”, “Caso Você Case” e tantos outros hinos do cancioneiro popular brasileiro.


Mais do que um show, é uma reverência à força da palavra, da música e da cultura nordestina. É resistência, é beleza, é memória viva.

 

Elenco:

Elomar

Xangai

João Omar

João Farias (filho de Vital)


“Uma Cantoria para Vital” é um abraço coletivo na cultura brasileira. Um convite para se emocionar, cantar junto e reverenciar um dos maiores poetas que o Brasil já viu nascer.

 

SERVIÇO

LOCAL: Centro de Convenções Divaldo Franco - Vitória da Conquista, Bahia. Av. Rosa Cruz, 1035 - Alto Maron, Vitória da Conquista - BA, 45005-362.

DATA: 27 de dezembro.

HORÁRIO: 20:00

ABERTURA DOS PORTÕES: 19:00

DURAÇÃO: 1h30

CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: 18 anos (menores deverão estar acompanhados dos pais ou responsável legal).

 

VENDA E TIPOS DE INGRESSOS


Inteira - Ingresso único. Inteira.


Meia entrada - Meia-entrada garantida para todos que tem direito através da Lei Federal nº12.933/2013, de 26 de dezembro de 2013 e decreto 8.567, de 5 de dezembro de 2015, que vigora em todo o território nacional. Sendo essa modalidade representada por 40% do total de ingressos.

Confira as regras de meia-entrada em: https://ajuda.sympla.com.br/hc/pt-br/articles/360026413972-Meia-entrada-confira-tudo-o-que-voc%C3%AA-precisa-saber-para-produzir-seu-evento


Ingresso social - ingresso destinado às pessoas que NÃO se enquadram na política de meia-entrada. Válido apenas mediante a entrega de 1kg de alimento não perecível na entrada do evento. Os alimentos arrecadados serão doados na cidade de Vitória da Conquista.


Caso não tenha recebido o ingresso (ou inscrição) em seu e-mail, você pode acessa-lo a qualquer momento através do aplicativo da Sympla, disponível na App Store ou Play Store (www.sympla.com.br/app), no site da Sympla (menu “Meus pedidos”), entrando em contato através do link:

https://ajuda.sympla.com.br/hc/pt-br/requests/new?ticket_form_id=360000011203


Ingressos
Lote Único - Ingresso social + 1kg alimento

R$ 200,00 (+ R$ 20,00 taxa)

em até 12x R$ 22,75

Vendas até 27/12/2025

0
Lote Único - Inteira

R$ 300,00 (+ R$ 30,00 taxa)

em até 12x R$ 34,13

Vendas até 27/12/2025

0
Lote Único - Meia entrada

R$ 150,00 (+ R$ 15,00 taxa)

em até 12x R$ 17,06

Vendas até 27/12/2025


VENDAS ONLINE ATÉ ÀS 12HRS DO DIA 27/12.


A produção do evento não se responsabiliza por ingressos adquiridos em pontos de vendas não oficiais ou por terceiros.

 

Realização: Grupo Rossane Comunicação e Cultura em parceria com a Fundação Casa dos Carneiros.


Sobre o produtor
O Grupo Rossane Comunicação e Cultura, de Vitória da Conquista (BA), atua na produção cultural, comunicação integrada, educação e agenciamento artístico há mais de 30 anos. Reúne a agência de publicidade, o audiovisual com a Casa do Vídeo, o canal LinkNews e o agenciamento a artistas na produção de shows e no agenciado exclusivo a Elomar Figueira Mello. Realiza e produz espetáculos, feiras, mostras, oficinas e projetos, destacando-se na valorização da cultura brasileira e inclusão social.


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Publicado originalmente em Sympla.

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